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Arco & Íris

  • Líryan Umbria (liryan)
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24 Abr 2019 01:32 #39934 por Líryan Umbria (liryan)
Arco & Íris foi criado por Líryan Umbria (liryan)
Arco & Íris
Seu refúgio LGBTQI+

Acredito que nenhuma pessoa trans tenha problemas por ser trans. As pessoas trans têm problemas na sociedade por estarem inseridas em um meio social transfóbico! Assim como um negro não tem problemas por ser negro, ele tem problemas por estar inserido em uma sociedade que é, toda à sua volta, majoritariamente racista. Uma mulher não tem problema em ser mulher, os problemas por sermos mulheres surgem por estarmos todas, o tempo todo, rodeadas por machistas e misóginos, que com suas crenças religiosas nos caçam como bruxas. Por isso nenhum índio tem problema por ser índio, infelizmente os índios tem problemas pois estão inseridos em um país, com um governo, e dentro de uma sociedade que os quer extintos. Não muito diferente de todo o restante de nós.

Quando uma adolescente começa a se entender lésbica ela não tem problemas por gostar de garotas. Assim como um adolescente ao se entender gay, não tem problemas por ser gay. Os problemas de gays e lésbicas se dão por estarem inseridos em uma sociedade, cujas crenças religiosas e morais, induzem uma heterossexualidade compulsória, desconsiderando o “cogito” da criança, o bloqueando ou impedindo de manifestar de forma saudável sua sexualidade, a obrigando a uma sexualidade hétero. E isso é ideologia de sexo! Assim como crianças trans, ao manifestarem seu gênero, esbarram na ideologia de gênero da cis-heteronormatividade compulsória, e sofrem. Mais uma vez, não sofrem por ser trans, e sim, pela sociedade ao redor.

Uma garota ou um garoto que não se interesse por sexo, não sofre por não se interessar, sofre por estarem inseridos em uma sociedade que os impele ao sexo, sempre hétero, e os obriga a aceitar a ideia de fazer sexo, de procriar. A menina não sofre por não se interessar por homens ou mulheres, ela sofre pois lá com onze anos, ainda criança, já tem que aguentar a mãe e as tias perguntando “dos namoradinhos da sala”. O garoto, idem! Que já, ainda mais novo, é interrogado sobre as “princesinhas da turminha”, muitas vezes, já no maternal!

O índio, o negro, a pessoa intersexo, a trans, o trans, a lésbica, o gay, as mulheres, as crianças... Não sofrem por serem trans ou gays ou lésbicas ou índios ou negros ou mulheres ou crianças, sofrem por estarem inseridos em uma sociedade cuja cultura religiosa, moral e social declara: vocês não podem existir! Ou, deve existir em pecado, ou submissão. Aqui a “liberdade de crença religiosa” precisa morrer, no exato momento que nasce o ser humano, em toda sua pluralidade e esplendor, pois nenhuma moral deve sobressair-se à ética humana.

Curiosamente, nenhum ícone que inspirou alguma religião, declarou desamor por estes grupos. Nenhum messias, nenhum iluminado ou qualquer outro declarou de sua própria voz que “pessoas assim ou desta outra forma” deve ser tratadas de formas diferentes. Apesar destes ícones terem, diretamente, pregado amor incondicional ao próximo os livros que os dizem representar constroem códigos morais excludentes.

E assim seguimos em luta e vigília, contra aqueles que nos crucificam e queimam! Que nos condicionam e tentam obrigar a seus pensamentos, sua moral, que é imoral, hipócrita e não sobrevive à mais rasa observação da ética. Com este breve texto abro este espaço em Avola, voltado para exatamente o que texto se propõe: um espaço para a comunidade LGBTQI+

Bem vindos os bons, para nos ajudar. Bem vindos os maus e preconceituosos, para que os possamos concertar!

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24 Abr 2019 15:50 #39935 por Samuel Cintra (murtagh)
Respondido por Samuel Cintra (murtagh) no tópico Arco & Íris
Vem aquela reflexão automática de que o que torna algo ''errado'' é a regra social e moral, fato.
Esta é uma reflexão de duas faces.

Vou nomear essas regras sociais e morais como ''ruim", e para exemplificar a outra face com as reflexões de liberdade de corpo e mente como ''bom''.

Tanto para os que sofrem pela imposição do ''ruim'' quanto os que sofrem pela imposição do ''bom'', ambos vivem em um conflito diário.

O marco de estudo e análise dos fenômenos sociais é a declaração universal dos direitos humanos, é a nossa ''regra moral e social mor'', independente de bom ou ruim, se algo fere princípios universais da Declaração de DH, tem algo errado.

Quando um grupo de cidadãos diz que ''trans ou gays ou lésbicas ou índios ou negros ou mulheres ou crianças'' não devem existir, eles impõem o ruim por acreditarem que é o certo.
Na antropologia devemos estudar, e tenho absoluta certeza que existe material farto sobre esse tema, do por que nossa sociedade é machista, misógina e transfobica.
Somos um maldito país conversador, sem desonrar a nossa história, acredito que os transtornos mentais de sociopatia e psicopatia não são tão bem avaliados e condenados como deveriam.
Nossa sociedade, mesmo com sua história explicando o porque de termos regras ''ruins'', ainda não condena esses transtornos que reafirmam o ruim e desacreditam ou lutam contra o bom.

Penso que as regras sociais e morais boas, alicerçadas pela Declaração dos DH, são facilmente entendidas como corretas, ora pois, por que eu deveria condenar alguém por ser quem é??????????

Além dessa face, preciso também refletir sobre a imposição do bom para os que vivem internalizados do ruim.

Vou deixar para continuar em outra postagem. :cheer:

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24 Abr 2019 16:26 #39936 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Arco & Íris
Olha, este recorte: "Somos um maldito país conversador, sem desonrar a nossa história, acredito que os transtornos mentais de sociopatia e psicopatia não são tão bem avaliados e condenados como deveriam." me fez pensar em uma coisa curiosa...

Há alguns dias estava vendo uma palestra sobre TEA, transtorno do espectro altista, que é como atualmente se posiciona todo o grupo de indivíduos que possuem algum tipo de grau de altismo. Sabe-se hoje, diferente de "ontem" que é muito improvável existirem dois altistas iguais, e que no espectro do transtorno existem indivíduos que vão desde dificuldades de comunicação e socialização até os casos em que não existem possibilidades de comunicação e socialização do indivíduo que precisa de apoio constante.

O que quero aqui é chamar a atenção para o fato de que até bem pouco tempo se sabia pouquíssimo sobre TEA e que um número muito pequeno de crianças era diagnosticada como pertencente ao espectro. O caso é: não se tinha menos autistas antes, eles apenas não eram diagnosticados por desconhecimento.

Então quando eu volto no seu recorte e sei que há um homem absolutamente misógino, racista, fóbico socialmente, que penso no quão não se diagnostica os transtornos de ondem mental, sociopáticas e psicopáticas por não os investigar! Então não se diagnostica, pois o comportamento sociopata é visto como "culturalmente normal", em razão de estar sinérgico à moral. Me lembra Foucault (rs) o aplicando aqui com sua "crítica à normalidade".

E ai a gente pega uma pessoa trans, que quase ninguém sabe "do que se trata", a ponto de 99,99% dos endocrinologistas não fazerem ideia de como conduzir uma transição hormonal (pois não há estudos em grande escala) ei estas pessoas que estão apenas se expressando (em acordo com seu cogito - que não é escolha) são taxadas de "doentes", "delinquentes", "que ofendem as famílias" (por sua imagem - a aparência identificada com trans que ofende "os bons") enquanto o discurso de extinguir seres humanos e suas expressividades, se normaliza em harmonia com moral social e religiosa.

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24 Abr 2019 21:07 #39938 por Samuel Cintra (murtagh)
Respondido por Samuel Cintra (murtagh) no tópico Arco & Íris
Eu tinha certeza que esse parte iria provocar uma reflexão. hahahah

Sim, eu concordo totalmente com você.

Eu ainda na Psicologia (Política e Sociedade / Social) pensava muito no que fazia as pessoas agirem como agem nessas postagens políticas de Direita e Esquerda, sabe?
São exemplos loucos, de verdade, são totalmente insanos alguns comentários.

E algumas pessoas com preconceitos que extrapolam a consciência humana, um exemplo popular é a do cara da ''lampada de luz'', uma porra de expressão que virou até piada!
Onde existe racionalidade e sociedade quando alguém pega uma porra de uma lampada de luz e bate em outra pessoa por ser Gay??????????


Eu me provoco esses pensamentos constantemente, principalmente por ter vontade de contribuir socialmente com alguma coisa estruturante da sociedade.


Esse pensamento que recortou é o que penso quando vou repartir os preconceituosos sociopatas e os preconceituosos internalizados, como eu.
Seria uma grande mentira e possivelmente presunção achar que eu não seria preconceituoso de alguma forma, nasci e vivo em uma sociedade majoritariamente machista sim e severamente estruturada no patriarcado.
A diferença é a patologia, mesmo sabendo que cresci e fui criado nessa mistura de ''bom'' e ''ruim'', eu sofri influências de ambos os lados e sofro até hoje. Mas como vejo isso? Eu entendo a dicotomia e eu tento lidar com ela, aprendizado e estudo, empatia e consideração, respeito e consciência, é como me educo.

Agora, os patológicos, os sociopatas e psicopatas estão ai, no PT e no PSL, na Direita e na Esquerda, no Nacionalismo e no Liberalismo, estão ai destilando ódio acreditando piamente nos seus conceitos, não apenas internalizados, mas sem nem um 1% de conflito interno ao proferir seus verbetes.

Enfim, um excelente tópico.

at.te

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25 Abr 2019 09:48 #39941 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Arco & Íris
Pois é, nisso eu vou deixar duas menções aqui que envolvem todo estes casos, a postura religiosa, as patologias sociológicas e, caso for, escrevo sobre depois: Hannah Arendt e o conceito de Banalidade do Mal e Michel Foucault com sua crítica à normalidade que, especialmente neste momento de mundo, estão mais "vivos do que talvez estiveram antes"! E são ainda mais necessários.

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