Reino é novamente notícia no mundo Macro

Súditos da Coroa,

É com alegria que vos informo que mais uma vez nossa nação foi citada por uma jornal macronacional. Dessa vez a matéria foi produzida por um dos maiores micronacionalistas da lusofonia - Alberto Fioravanti, de Reunião -, para o jornal Diário de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Acompanhe abaixo o texto da reportagem onde nossa Nação é citada como exemplo:

REDESCOBRINDO LILLIPUT – AS MICRONAÇÕES VIRTUAIS.
por Alberto Rosa Fioravanti, sexta, 10 de junho de 2011 às 20:35

"Crônica publicada hoje, 10 de junho de 2011 no jornal O Diário de Campos dos Goytacazes"

Certamente os leitores se lembram das “Aventuras de Gulliver” escritas por Jonathan Swift em 1726, mas não me refiro aqui à Lilliput descrita por ele, mas às Lilliputs de verdade que existem no dia de hoje. Em 1997 o historiador Luiz Gintner escreveu o livro, “Em Busca de Lilliput”, que conduz os leitores aos mais interessantes micro-países do mundo – como o Vaticano, o Principado de Mônaco, o Principado de Liechtenstein, a República de São Marino, o Principado de Andorra, e outros. Como visitei muitas dessas nações, durante meu trabalho com as Nações Unidas, considero seu livro histórica e geograficamente preciso e recomendo sua leitura.

Gintner, além dos países que todos nós já escutamos falar, também descreve micro-países originais, localizados em pequenas ilhas no Oceano Pacífico ou em enclaves perdidos em montanhas da Europa, cujas origens são anteriores à Idade Média. Ele registrou também a existência de “países” que se classificariam como de fantasia, como o Principado de Sealand, estabelecido numa plataforma petrolífera abandonada em águas internacionais no Mar do Norte, e comprada por um milionário inglês – o mesmo país que já foi tema dos noticiários, pois uma sua pseudo “embaixada” na Espanha, estaria envolvida num comércio ilegal de “Passaportes Diplomáticos”.

Ao pesquisar sobre esses pequenos países, descobri referencias sobre as micro-nações virtuais. Elas são muitas e com formas de governo das mais variadas: repúblicas presidencialistas; repúblicas parlamentaristas, monarquias constitucionais, monarquias absolutas, etc. Possuem constituições e leis bem elaboradas, até mais avançadas e completas que em muitos países verdadeiros, que estabelecem claramente os direitos e deveres dos cidadãos e o funcionamento dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

O processo de participação popular nas micronações virtuais é quase sempre democrático, com eleições regulares a cada seis meses e com uma intensa atividade político-partidária, onde partidos de todas as cores discutem abertamente seus pontos de vista. Estou certo que se alguns dos políticos brasileiros tivessem participado da vida de uma dessas micronações virtuais, teriam tido uma “boa escola” e certamente atuariam mais eficientemente que agora.

Uma dessas nações é Porto Claro, país imaginário criado por Pedro Aguiar em 25 de setembro de 1992 que funcionou como micronação entre 1992 e 2002, e é considerada, por isso, a micronação mais antiga da América Latina e a primeira fundada por um brasileiro. Sabe-se hoje que praticamente todas as demais micronações lusófonas são, direta ou indiretamente, derivadas da iniciativa de Porto Claro.

Não há, até hoje, nenhuma medição precisa para quantificar o número de micronações que existem no mundo. A lista é grande e destaco o Sacro Império de Reunião, de regime monárquico, fundada em 1997 por Cláudio de Castro, então um brilhante estudante de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Hoje é uma micronação bem ativa e organizada e conta com um grande numero de cidadãos, de todas as idades, espalhados pelo globo. Sua experiência já foi divulgada em jornais de 17 países do mundo real. Lá os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (além do Poder Moderador que recai no Imperador, à semelhança do Império Brasileiro) funcionam harmoniosamente. Em Reunião existem leis, partidos políticos, diferenças de idéias e discussões, e é claro, cidadãos de verdade como você! O idioma oficial é o português, a religião é livre, e cristãos e muçulmanos convivem fraternalmente, e a imprensa atuante. Os cidadãos dispõem de um interessante fórum de discussão.

É difícil descrever toda uma micro-nação. Assim, num momento de lazer, sugiro que entrem no mundo virtual e façam uma visita a uma delas. Sugiro o Reino da Itália ( www.reinodaitalia.org/ ) que há sete longos anos permanece firme e em crescimento no micronacionalismo lusófono. Ali encontrarão informações interessantes. Depois me contem...