MENSAGEM DE SUA MAJESTADE À CHANCELARIA REAL ITALIANA

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Roma, 28 de Maio de 2020.


Sua Alteza Augusto Aldobrandeschi, Duque de Carrara e Chanceler do Reino,
Membros da Chancelariaa Real Italiana:


Um dos maiores orgulhos pessoais desta Coroa a condução histórica de nosso serviço diplomático, marcada por inequívoco profissionalismo e ancorada em bases claras e sólidas, desde nosso Regimento Interno, originalmente de autoria de Sua Graça o Conde de Ímola. A Itália é reconhecida pela seriedade com que conduz suas relações com outros Estados da lusofonia.

Nesse sentido permitam-me fazer, aqui, uma breve reflexão sobre o que temos e como devemos manter. Enfim, ao longo de mais de 17 anos no micronacionalismo, são incontáveis as situações em que disposições pessoais foram elevadas à categoria de questão de Estado, o que é uma boa definição de erro crasso.

A diplomacia não pode ser, jamais, conduzida pela simpatia pessoal de um agente por uma Nação ou apenas por quem a lidera. Diplomacia envolve questões que devem ser marcadas muito mais pela impessoalidade do que pela pessoalidade. Isso é imperativo não só para a fiel condução dos negócios diplomáticos mas, também, pela própria manutenção de um sistema intermicronacional funcional e civilizado.

É claro que isso não é um convite a endossar atitudes tirânicas ou desrespeitosas e nem a coadunar com uma nação que tenha, eventualmente, se transformado em algum tipo de camarilha micronacional. Porém, tal reflexão vem no sentido de que no serviço diplomático, como bem explicita nosso Guia de Procedimentos, o conhecido GPD, o que achamos ou deixamos de achar de modo pessoal, não compete àquilo que o Estado Italiano precisa fazer para sua Glória e da Lusofonia.

Por isso, cumprimento Vossa Alteza e ao Corpo da Chancelaria por, no correr de tantos anos, sempre demonstrarem esse entendimento desempenhando suas funções de representação diplomática de nossa augusta Nação, acima de pessoalidades. A Coroa vê em cada membro de sua Chancelaria, provas de inequívoco profissionalismo e respeito para com nossas tradições.

Elevar simpatias ou antipatias pessoais ao nível de um interesse de Estado é romper, julgo, princípios básicos da diplomacia positiva, profissional e impessoal. Transformar conflitos pessoais em confrontos nacionais é de uma postura no mínimo temerária, razão pela qual reforço com Vossas Excelência que mantenhamos, sempre, nossa direção e nossa seriedade no trato com o bom serviço de representação do Estado Italiano Micronacional.

A lusofonia, infelizmente, nem sempre prima por tais princípios de profissionalismo e impessoalidade, mas creio que devemos insistir no mesmo, mantendo nossa postura de excelência, sempre inalterada.


Atenciosamente