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Homilia no 4º Domingo da Quaresma

  • SA Neimar Bionaz (neibionaz)
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22 Mar 2020 00:39 - 22 Mar 2020 00:42 #41691 por SA Neimar Bionaz (neibionaz)
Homilia no 4º Domingo da Quaresma foi criado por SA Neimar Bionaz (neibionaz)
Cari fratelli e sorelli, deixo aqui para leitura e reflexão a minha homilia neste 4º Domingo da Quaresma. Deixo também o link da live no facebook da Santa Missa delebrada hoje às 18h30 na Paróquia Santa Rita em Nova Santa Rita - RS.

web.facebook.com/paroquiasantaritansr/videos/269658174025914/

web.facebook.com/paroquiasantaritansr/videos/1107443036264160/

Irmãos e irmãs, celebramos hoje (vésperas) o QUARTO DOMINGO DA QUARESMA, o DOMINGO DA ALEGRIA, DOMINGO DA LUZ. Sim, apesar de nosso isolamento social, em função da pandemia do coronavírus, nós devemos celebrar este domingo, dia do Senhor com alegria, fé e esperança.

A Liturgia de hoje continua a CATEQUESE BATISMAL da Quaresma. Vimos no domingo passado o símbolo da ÁGUA, com o episódio da Samaritana. Neste domingo prossegue o tema da LUZ, com a cura do cego. E veremos no próximo domingo o tema da VIDA, com a ressurreição de Lázaro.
As Leituras nos lembram a Luz da fé recebida no Batismo com a vela acesa na mão, e também nos convidam a "viver na Luz".

Na 1ª leitura (1Sm 16,1b.6-7.10-13a), Davi é UNGIDO para rei de Israel. A Unção de Davi, eleito pessoalmente por Deus, é figura profética da Unção Batismal dos cristãos.

Na 2ª Leitura (Ef 5,8-14), Paulo salienta a necessidade de viver como filhos da "Luz". No Batismo, recebemos a Luz de Cristo e fomos convidados a ser Luz e caminhar sempre no caminho da Luz. Ser luz!

No Evangelho (Jo 9,1-41), o texto apresentado hoje é, exatamente, a terceira catequese (a da luz) colocada no contexto da "Festa das Colheitas”; um dos ritos mais populares dessa festa era, exatamente, a iluminação dos quatro grandes candelabros do átrio das mulheres, no Templo de Jerusalém.

Ante a fúria dos judeus, Jesus retira-se do templo, contudo, não desiste de sua missão. Nós também, por força do cornavírus, retiramo-nos em nossas casas, mas não perdemos de vista nossa missão de batizados. Em casa, através da oração e cuidado com a vida, com nossa saúde e a saúde de nossa família, de quem amamos, estamos vivendo nossa missão de batizados.

No centro do quadro aparece-nos (além de Jesus) um cego. Os "cegos" faziam parte do grupo dos excluídos da sociedade palestina de então. As deficiências físicas eram consideradas - pela teologia oficial - como resultado do pecado. Segundo a concepção da época, Deus castigava de acordo com a gravidade da culpa. A cegueira era considerada o resultado de um pecado especialmente grave: uma doença que impedisse o homem de estudar a Lei era considerada uma maldição de Deus por excelência.

O texto não é uma reportagem jornalística sobre a cura de um cego; mas é uma catequese, na qual se apresenta Jesus como a "luz" que veio iluminar o caminho das pessoas. O "cego" da nossa história é um símbolo de todos os homens e mulheres que vivem na escuridão, privados da "luz", prisioneiros dessas cadeias que os impedem de chegar à plenitude da vida.

Tudo começa com uma PERGUNTA dos discípulos a Jesus: "Por que esse homem nasceu cego?" Seria castigo de Deus? Quem pecou?

Jesus RESPONDE: "Nem ele, nem seus Pais pecaram..." E continua a sua resposta, passando das palavras aos atos. Na CURA, para dar a "Luz" ao cego, Jesus usa um método estranho: Com saliva faz "barro" na terra, unge com esse barro os olhos do cego e manda lavar-se na piscina de Siloé. A cura não é imediata: requer a cooperação do enfermo. - A disponibilidade do cego sublinha a sua adesão à proposta de Jesus; - O banho na piscina do "enviado" é uma alusão à "Água de Jesus"; - Lembra também a água do BATISMO para quem quiser sair das trevas para viver na luz, como Filhos de Deus.

Depois, o Evangelho coloca em cena vários PERSONAGENS: - Os VIZINHOS percebem o dom da vida que vem de Jesus, mas não dão o passo definitivo para ter acesso à Luz. Representam os que percebem a proposta libertadora de Jesus, mas não estão dispostos a sair da sua vidinha, para ir ao encontro da "Luz"; - Os FARISEUS conhecem a "luz", mas se recusam em aceitá-la. Acusam-no de transgredir a lei do sábado e expulsam o cego da sinagoga. Representam aqueles que conhecem a novidade de Jesus, mas não estão dispostos a acolhê-lo e até hostilizam os seus seguidores; - Os PAIS constatam o fato, mas evitam comprometer-se... É a atitude de MEDO dos que não tem coragem de passar das trevas para a Luz. Preferem a segurança da ordem estabelecida, do que correr riscos; - O CEGO é questionado pelas AUTORIDADES sobre a origem de Jesus. E ele, como "pessoa iluminada", mostra-se: Livre (diz o que pensa...); corajoso (não se intimida); sincero (não renuncia à verdade); suporta a violência (é expulso da sinagoga); - JESUS reaparece no fim: vai ao seu encontro, inicia um DIÁLOGO, que culmina com um belo ato de fé do cego: "Eu creio, Senhor".

A Transformação do cego é progressiva: Antes de se encontrar com Jesus, é um homem prisioneiro das "trevas", dependente e limitado. "Não sabe quem o curou"...- Depois, a "luz" vai brilhando aos poucos na sua vida. Forçado pelos dirigentes a renegar a "luz" e a liberdade recebida, recusa-se a regressar à escravidão...- Finalmente, encontrando-se com Jesus, que lhe pergunta: "Acreditas no Filho do Homem", manifesta sua adesão total: "Creio, Senhor". Prostra-se e o adora.

O Caminho de fé do cego é um itinerário para todo cristão: O Encontro com Jesus, ou seja, a Adesão à "Luz" e um progressivo amadurecimento no Conhecimento de Cristo. Esse caminho desemboca na adesão total a Jesus, ao ser lavado pelas águas batismais.

Nesta Quaresma, somos convidados a viver a experiência catecumenal, renovando o nosso Batismo. No Batismo, os nossos olhos se abriram a Cristo, se dissiparam as trevas e fomos ungidos pelo Espírito para servir a Deus e aos irmãos.

Quanto mais buscamos Jesus como "Luz", mais nossa vida terá sentido. Você que está em casa nos acompanhando, não perca a esperança, seja também luz. Trilhe o caminho quaresmal e prepare-se para celebrar a Páscoa do Senhor. Sabemos que será diferente, sabemos também que e o Espírito Santo que nos conduz. Estamos isolados, porém não estamos solitários, pois estamos em comunhão de coração.

Deus vos abençoe!

S.A. Neimar Bionaz
(Gerardo II - Grão-Mestre da Ordem de Malta)
Príncipe de Treviso
Presidente do Senado Real Italliano
Barão de São Simeão em Zadar, Croácia, Império Alemão
Cavaleiro Grão-Cruz da Ordem de Palermo
Cavaleiro Grão-Cruz da Ordem da Unificação Paulisa, Reino de Bauru e São Vicente
Comendador da Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Comendador da Ilustríssima Ordem do Cisne, Império Alemão
Cavaleiro da Ordem do Leão de Ouro - Nova Inglaterra
Cavaleiro da Soberana Ordem Imperador Carlos Magno - Reino da França
Cardeal Arcebispo de Reims-Paris - Reino da França
Súdito da Coroa Italiana
Last edit: 22 Mar 2020 00:42 by SA Neimar Bionaz (neibionaz).
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