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FILOSOFANDO NA COMUNA 01
- Nelson Weber (Nelson Weber)
- Autor do Tópico
- Visitante
19 Jul 2012 06:21 - 19 Jul 2012 06:25 #15884
por Nelson Weber (Nelson Weber)
FILOSOFANDO NA COMUNA 01 foi criado por Nelson Weber (Nelson Weber)
O que é a vida?
Alguns dizem que é um minuto no tempo da eternidade.
E garantem que há vida após a morte do corpo físico.
Alguns rebatem e afirmam que não há vida espiritual e tudo encerra-se com a morte.
Pois aí eu pergunto ao primeiro:
Quem dos residentes desta micronação já falou com alguém, que após a morte, fez contato?
E ao segundo pergunto:
Do que vale todo nosso empenho em aprender através de estudos e adquirir vários conhecimentos se após a morte tudo acaba?
Quem está com a razão?
A igreja afirmou, no passado, que o Planeta Terra era o centro do Universo e muitos foram para fogueira por dizerem ao contrário.
Até que aparece alguém chamado Galileu Galilei e prova o contrário.
No passado a terra era quadrada e só havia o Velho Mundo! Um dia alguém ousou (e por favor não me digam que foi por acaso!) e descobriu o Novo Mundo.
E as perguntas que continuam....
O homem esteve na lua? e por qual motivo não retornou lá? Vai a outros planetas e não retorna a lua?
Estamos sós? Se não, por qual motivo que não fazem contato conosco?
É, somos um ponto junto dos milhares de pontos brilhantes que existem no universo e temos muitas dúvidas e questões a serem respondidas.
Fico as vezes pensando que somos muito frágeis, pois estamos em um planeta no meio de um grande e infinito universo correndo o risco de entrarmos na rota de colisão de um cometa ou de um asteroide qualquer e sermos extintos da noite para o dia! Aí me pergunto:
Não valerá nada o dinheiro que tenho na poupança.
A casa própria virará em pó.
Os amigos, os colegas e familiares não existirão mais!
Também me livrarei das dívidas, mas também não estarei mais aqui para desfrutar da tranquilidade de não tê-las.
O carro e notebook não existirá mais, puxa nem haverá tempo para fazer a última postagem no facebook!
Mas aí retorna as velhas e já apresentadas perguntas:
Tudo acaba com a morte?
Ou meu espírito irá viver em outra dimensão?
O que é a vida?
Carpe Diem
Alguns dizem que é um minuto no tempo da eternidade.
E garantem que há vida após a morte do corpo físico.
Alguns rebatem e afirmam que não há vida espiritual e tudo encerra-se com a morte.
Pois aí eu pergunto ao primeiro:
Quem dos residentes desta micronação já falou com alguém, que após a morte, fez contato?
E ao segundo pergunto:
Do que vale todo nosso empenho em aprender através de estudos e adquirir vários conhecimentos se após a morte tudo acaba?
Quem está com a razão?
A igreja afirmou, no passado, que o Planeta Terra era o centro do Universo e muitos foram para fogueira por dizerem ao contrário.
Até que aparece alguém chamado Galileu Galilei e prova o contrário.
No passado a terra era quadrada e só havia o Velho Mundo! Um dia alguém ousou (e por favor não me digam que foi por acaso!) e descobriu o Novo Mundo.
E as perguntas que continuam....
O homem esteve na lua? e por qual motivo não retornou lá? Vai a outros planetas e não retorna a lua?
Estamos sós? Se não, por qual motivo que não fazem contato conosco?
É, somos um ponto junto dos milhares de pontos brilhantes que existem no universo e temos muitas dúvidas e questões a serem respondidas.
Fico as vezes pensando que somos muito frágeis, pois estamos em um planeta no meio de um grande e infinito universo correndo o risco de entrarmos na rota de colisão de um cometa ou de um asteroide qualquer e sermos extintos da noite para o dia! Aí me pergunto:
Não valerá nada o dinheiro que tenho na poupança.
A casa própria virará em pó.
Os amigos, os colegas e familiares não existirão mais!
Também me livrarei das dívidas, mas também não estarei mais aqui para desfrutar da tranquilidade de não tê-las.
O carro e notebook não existirá mais, puxa nem haverá tempo para fazer a última postagem no facebook!
Mas aí retorna as velhas e já apresentadas perguntas:
Tudo acaba com a morte?
Ou meu espírito irá viver em outra dimensão?
O que é a vida?
Carpe Diem
Last edit: 19 Jul 2012 06:25 by Nelson Weber (Nelson Weber). Razão: ajustes
O tópico foi trancado.
- S.A.R. Jardel Pellegrini (Veloso2009)
- Desconectado
- Muito Experiente II
Menos
Mais
22 Jul 2012 01:31 #15926
por S.A.R. Jardel Pellegrini (Veloso2009)
Respondido por S.A.R. Jardel Pellegrini (Veloso2009) no tópico FILOSOFANDO NA COMUNA 01
Parabéns Nelson pela excelente reflexão, já estou aguardando as próximas reflexões!!
Att.
Att.
O tópico foi trancado.
- Nelson Weber (Nelson Weber)
- Autor do Tópico
- Visitante
08 Set 2012 00:06 #16248
por Nelson Weber (Nelson Weber)
Segundo o dicionário on-line ( www.dicio.com.br/recomecar/ ) a palavra recomeçar significa:
Significado de Recomeçar
v.t. Começar de novo; refazer depois de interrupção: recomeçar um trabalho.
Retornar a fazer qualquer coisa: recomeçar a chorar.
V.i. Começar a ser, a produzir-se novamente: recomeça a chuva.
E é exatamente isso que precisamos, as vezes, na vida! Recomeçar algo que iniciamos e que por diversas questões acabamos engavetando ou simplesmente o colocamos de lado.
Uma das coisas que aprendi na vida é que por mais planejamentos que façamos, nos não sabemos o que pode acontecer daqui 10 minutos em nossa vida, inúmeras coisas podem acontecer, desde ganhar na loteria até ser atropelado ao atravessar a rua para ir comprar um pão.
E digo isso não da boca para fora, mas por experiência! Em determinada época de minha vida estava feliz e seguro de mim, morando sozinho, trabalhando e todos os benefícios que a vida nos oferece. Um dia fui visitar a mãe de um amigo pois ela tinha tido um "AVC" e como éramos muito ligados, fiquei preocupado e fui visitá-la. Mas ao voltar para casa fui atropelado por um ônibus e acordei no pronto-socorro de minha cidade, sem saber o que tinha acontecido e todo imobilizado na cama e é claro que precisei de toda uma estrutura e fiquei dependente novamente até me recuperar.
Então, volto a dizer que realmente não sabemos o que pode nos acontecer daqui alguns minutos, mas temos que ter coragem e confiança em nós mesmos em recomeçar quantas vezes forem necessárias até atingirmos novamente o reequilíbrio e prosseguirmos rumo ao nosso objetivo.
Carpe Diem.
Respondido por Nelson Weber (Nelson Weber) no tópico FILOSOFANDO NA COMUNA 01
RECOMEÇAR
[/b]Segundo o dicionário on-line ( www.dicio.com.br/recomecar/ ) a palavra recomeçar significa:
Significado de Recomeçar
v.t. Começar de novo; refazer depois de interrupção: recomeçar um trabalho.
Retornar a fazer qualquer coisa: recomeçar a chorar.
V.i. Começar a ser, a produzir-se novamente: recomeça a chuva.
E é exatamente isso que precisamos, as vezes, na vida! Recomeçar algo que iniciamos e que por diversas questões acabamos engavetando ou simplesmente o colocamos de lado.
Uma das coisas que aprendi na vida é que por mais planejamentos que façamos, nos não sabemos o que pode acontecer daqui 10 minutos em nossa vida, inúmeras coisas podem acontecer, desde ganhar na loteria até ser atropelado ao atravessar a rua para ir comprar um pão.
E digo isso não da boca para fora, mas por experiência! Em determinada época de minha vida estava feliz e seguro de mim, morando sozinho, trabalhando e todos os benefícios que a vida nos oferece. Um dia fui visitar a mãe de um amigo pois ela tinha tido um "AVC" e como éramos muito ligados, fiquei preocupado e fui visitá-la. Mas ao voltar para casa fui atropelado por um ônibus e acordei no pronto-socorro de minha cidade, sem saber o que tinha acontecido e todo imobilizado na cama e é claro que precisei de toda uma estrutura e fiquei dependente novamente até me recuperar.
Então, volto a dizer que realmente não sabemos o que pode nos acontecer daqui alguns minutos, mas temos que ter coragem e confiança em nós mesmos em recomeçar quantas vezes forem necessárias até atingirmos novamente o reequilíbrio e prosseguirmos rumo ao nosso objetivo.
Carpe Diem.
O tópico foi trancado.
- Nelson Weber (Nelson Weber)
- Autor do Tópico
- Visitante
26 Out 2012 02:37 #16546
por Nelson Weber (Nelson Weber)
Respondido por Nelson Weber (Nelson Weber) no tópico FILOSOFANDO NA COMUNA 01
Prezados Leitores desta Coluna,
A partir desta data irei mudar o formato desta Coluna para aproximar a minha realidade de estudos e que serve de parâmetro para construção de qualquer sociedade.
A teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades.
Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas.
Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, num sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem.
Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e minuciosamente como as coisas deverão ser feitas. Mas acaba se esquecendo dos aspectos variáveis que se devem ser considerados, o que na sua negligencia acaba trazendo diversas disfunções na realização de ações especificas Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais:
• Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
• Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.
• Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.
• Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.
• Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.
• Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem.
• Profissionalização dos funcionários.
• Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.
Uma dada empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo da maior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à máxima racionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa) organizado.
A partir desta data irei mudar o formato desta Coluna para aproximar a minha realidade de estudos e que serve de parâmetro para construção de qualquer sociedade.
BUROCRACIA - MAX WEBER
[/b]A teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades.
Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas.
Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, num sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem.
Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e minuciosamente como as coisas deverão ser feitas. Mas acaba se esquecendo dos aspectos variáveis que se devem ser considerados, o que na sua negligencia acaba trazendo diversas disfunções na realização de ações especificas Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais:
• Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
• Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.
• Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.
• Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.
• Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.
• Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem.
• Profissionalização dos funcionários.
• Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.
Uma dada empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo da maior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à máxima racionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa) organizado.
O tópico foi trancado.
- Nelson Weber (Nelson Weber)
- Autor do Tópico
- Visitante
06 Nov 2012 01:25 #16682
por Nelson Weber (Nelson Weber)
Ao idealismo da primeira metade do século XIX se segue o positivismo, que ocupa, mais ou menos, a segunda metade do mesmo século, espalhado em todo o mundo civilizado. O positivismo representa uma reação contra o apriorismo, o formalismo, o idealismo, exigindo maior respeito para a experiência e os dados positivos. Entretanto, o positivismo fica no mesmo âmbito imanentista do idealismo e do pensamento moderno em geral, defendendo, mais ou menos, o absoluto do fenômeno. "O fato é divino", dizia Ardigò. A diferença fundamental entre idealismo e positivismo é a seguinte: o primeiro procura uma interpretação, uma unificação da experiência mediante a razão; o segundo, ao contrário, quer limitar-se à experiência imediata, pura, sensível, como já fizera o empirismo. Daí a sua pobreza filosófica, mas também o seu maior valor como descrição e análise objetiva da experiência - através da história e da ciência - com respeito ao idealismo, que alterava a experiência, a ciência e a história. Dada essa objetividade da ciência e da história do pensamento positivista, compreende-se porque elas são fecundas no campo prático, técnico, aplicado.
Além de ser uma reação contra o idealismo, o positivismo é ainda devido ao grande progresso das ciências naturais, particularmente das biológicas e fisiológicas, do século XIX. Tenta-se aplicar os princípios e os métodos daquelas ciências à filosofia, como resolvedora do problema do mundo e da vida, com a esperança de conseguir os mesmos fecundos resultados. Enfim, o positivismo teve impulso, graças ao desenvolvimento dos problemas econômico-sociais, que dominaram o mesmo século XIX. Sendo grandemente valorizada a atividade econômica, produtora de bens materiais, é natural se procure uma base filosófica positiva, naturalista, materialista, para as ideologias econômico-sociais.
Gnosiologicamente, o positivismo admite, como fonte única de conhecimento e critério de verdade, a experiência, os fatos positivos, os dados sensíveis. Nenhuma metafísica, portanto, como interpretação, justificação transcendente ou imanente, da experiência. A filosofia é reduzida à metodologia e à sistematização das ciências. A lei única e suprema, que domina o mundo concebido positivisticamente, é a evolução necessária de uma indefectível energia naturalista, como resulta das ciências naturais.
Dessas premissas teoréticas decorrem necessariamente as concepções morais hedonistas e utilitárias, que florescem no seio do positivismo. E delas dependem, mais ou menos, também os sistemas político-econômico-sociais, florescidos igualmente no âmbito natural do positivismo. Na democracia moderna - que é a concepção política, em que a soberania é atribuída ao povo, à massa - a vontade popular se manifesta através do número, da quantidade, da enumeração material dos votos (sufrágio universal). O liberalismo, que sustenta a liberdade completa do indivíduo - enquanto não lesar a liberdade alheia - sustenta também a livre concorrência econômica através da lida mecânica, do conflito material das forças econômicas. Para o socialismo, enfim, o centro da vida humana está na atividade econômica, produtora de bens materiais, e a história da humanidade é acionada por interesses materiais, utilitários, econômicos (materialismo histórico), e não por interesses espirituais, morais e religiosos.
O positivismo do século XIX pode semelhar ao empirismo, ao sensismo (e ao naturalismo) dos séculos XVII e XVIII, também pelo país clássico de sua floração (a Inglaterra) e porquanto reduz, substancialmente, o conhecimento humano ao conhecimento sensível, a metafísica à ciência, o espírito à natureza, com as relativas conseqüências práticas. Diferencia-se, porém, desses sistemas por um elemento característico: o conceito de vir-a-ser, de evolução, considerada como lei fundamental dos fenômenos empíricos, isto é, de todos os fatos humanos e naturais. Tal conceito representa um equivalente naturalista do historicismo romântico da primeira metade do século XIX, com esta diferença, entretanto, que o idealismo concebia o vir-a-ser como desenvolvimento racional, teológico, ao passo que o positivismo o concebe como evolução, por causas. Através de um conflito mecânico de seres e de forças, mediante a luta pela existência, determina-se uma seleção natural, uma eliminação do organismo mais imperfeito, sobrevivendo o mais perfeito. Daí acreditar o positismo firmemente no progresso - como nele já acreditava o idealismo. Trata-se, porém, de um progresso concebido naturalisticamente, quer nos meios quer no fim, para o bem-estar material.
Mas, como no âmbito do idealismo se determinou uma crítica ao idealismo, igualmente, no âmbito do positivismo, a única realidade existente, o cognoscível, é a realidade física, o que se pode atingir cientificamente. Portanto, nada de metafísica e filosofia, nada de espírito e valores espirituais. No entanto, atinge a ciência fielmente a sua realidade, que é a experiência? E a ciência positivista é pura ciência, ou não implica uma metafísica naturalista inconsciente e, involuntariamente, discutível pelo menos tanto quanto a metafísica espiritualista? Nos fins do século passado e nos princípios deste século se determina uma crise interior da ciência mecaniscista, ideal e ídolo do positivismo, para dar lugar a outras interpretações do mundo natural no âmbito das próprias ciências positivas. Daí uma revisão e uma crítica da ciência por parte dos mesmos cientistas, que será uma revisão e uma crítica do positivismo.
Nessa crítica e vitória sobre o positivsmo, pode-se distinguir duas fases principais: uma negativa, de crítica à ciência e ao positivismo; outra positiva, de reconstrução filosófica, em relação com exigências mais ou menos metafísicas ou espiritualistas.
Fonte: www.mundodosfilosofos.com.br/comte.htm
Respondido por Nelson Weber (Nelson Weber) no tópico FILOSOFANDO NA COMUNA 01
POSITIVISMO
[/size][/b]Ao idealismo da primeira metade do século XIX se segue o positivismo, que ocupa, mais ou menos, a segunda metade do mesmo século, espalhado em todo o mundo civilizado. O positivismo representa uma reação contra o apriorismo, o formalismo, o idealismo, exigindo maior respeito para a experiência e os dados positivos. Entretanto, o positivismo fica no mesmo âmbito imanentista do idealismo e do pensamento moderno em geral, defendendo, mais ou menos, o absoluto do fenômeno. "O fato é divino", dizia Ardigò. A diferença fundamental entre idealismo e positivismo é a seguinte: o primeiro procura uma interpretação, uma unificação da experiência mediante a razão; o segundo, ao contrário, quer limitar-se à experiência imediata, pura, sensível, como já fizera o empirismo. Daí a sua pobreza filosófica, mas também o seu maior valor como descrição e análise objetiva da experiência - através da história e da ciência - com respeito ao idealismo, que alterava a experiência, a ciência e a história. Dada essa objetividade da ciência e da história do pensamento positivista, compreende-se porque elas são fecundas no campo prático, técnico, aplicado.
Além de ser uma reação contra o idealismo, o positivismo é ainda devido ao grande progresso das ciências naturais, particularmente das biológicas e fisiológicas, do século XIX. Tenta-se aplicar os princípios e os métodos daquelas ciências à filosofia, como resolvedora do problema do mundo e da vida, com a esperança de conseguir os mesmos fecundos resultados. Enfim, o positivismo teve impulso, graças ao desenvolvimento dos problemas econômico-sociais, que dominaram o mesmo século XIX. Sendo grandemente valorizada a atividade econômica, produtora de bens materiais, é natural se procure uma base filosófica positiva, naturalista, materialista, para as ideologias econômico-sociais.
Gnosiologicamente, o positivismo admite, como fonte única de conhecimento e critério de verdade, a experiência, os fatos positivos, os dados sensíveis. Nenhuma metafísica, portanto, como interpretação, justificação transcendente ou imanente, da experiência. A filosofia é reduzida à metodologia e à sistematização das ciências. A lei única e suprema, que domina o mundo concebido positivisticamente, é a evolução necessária de uma indefectível energia naturalista, como resulta das ciências naturais.
Dessas premissas teoréticas decorrem necessariamente as concepções morais hedonistas e utilitárias, que florescem no seio do positivismo. E delas dependem, mais ou menos, também os sistemas político-econômico-sociais, florescidos igualmente no âmbito natural do positivismo. Na democracia moderna - que é a concepção política, em que a soberania é atribuída ao povo, à massa - a vontade popular se manifesta através do número, da quantidade, da enumeração material dos votos (sufrágio universal). O liberalismo, que sustenta a liberdade completa do indivíduo - enquanto não lesar a liberdade alheia - sustenta também a livre concorrência econômica através da lida mecânica, do conflito material das forças econômicas. Para o socialismo, enfim, o centro da vida humana está na atividade econômica, produtora de bens materiais, e a história da humanidade é acionada por interesses materiais, utilitários, econômicos (materialismo histórico), e não por interesses espirituais, morais e religiosos.
O positivismo do século XIX pode semelhar ao empirismo, ao sensismo (e ao naturalismo) dos séculos XVII e XVIII, também pelo país clássico de sua floração (a Inglaterra) e porquanto reduz, substancialmente, o conhecimento humano ao conhecimento sensível, a metafísica à ciência, o espírito à natureza, com as relativas conseqüências práticas. Diferencia-se, porém, desses sistemas por um elemento característico: o conceito de vir-a-ser, de evolução, considerada como lei fundamental dos fenômenos empíricos, isto é, de todos os fatos humanos e naturais. Tal conceito representa um equivalente naturalista do historicismo romântico da primeira metade do século XIX, com esta diferença, entretanto, que o idealismo concebia o vir-a-ser como desenvolvimento racional, teológico, ao passo que o positivismo o concebe como evolução, por causas. Através de um conflito mecânico de seres e de forças, mediante a luta pela existência, determina-se uma seleção natural, uma eliminação do organismo mais imperfeito, sobrevivendo o mais perfeito. Daí acreditar o positismo firmemente no progresso - como nele já acreditava o idealismo. Trata-se, porém, de um progresso concebido naturalisticamente, quer nos meios quer no fim, para o bem-estar material.
Mas, como no âmbito do idealismo se determinou uma crítica ao idealismo, igualmente, no âmbito do positivismo, a única realidade existente, o cognoscível, é a realidade física, o que se pode atingir cientificamente. Portanto, nada de metafísica e filosofia, nada de espírito e valores espirituais. No entanto, atinge a ciência fielmente a sua realidade, que é a experiência? E a ciência positivista é pura ciência, ou não implica uma metafísica naturalista inconsciente e, involuntariamente, discutível pelo menos tanto quanto a metafísica espiritualista? Nos fins do século passado e nos princípios deste século se determina uma crise interior da ciência mecaniscista, ideal e ídolo do positivismo, para dar lugar a outras interpretações do mundo natural no âmbito das próprias ciências positivas. Daí uma revisão e uma crítica da ciência por parte dos mesmos cientistas, que será uma revisão e uma crítica do positivismo.
Nessa crítica e vitória sobre o positivsmo, pode-se distinguir duas fases principais: uma negativa, de crítica à ciência e ao positivismo; outra positiva, de reconstrução filosófica, em relação com exigências mais ou menos metafísicas ou espiritualistas.
Fonte: www.mundodosfilosofos.com.br/comte.htm
O tópico foi trancado.