Protesto sobre a cobrança do IROF

Caríssimos,

Antes de mais nada, fico profundamente feliz em vê-los discutir o Reino com essa paixão e esse nível. Sejam contrários ou favoráveis a A ou B o fato é que é uma discussão sobre o Reino.

No que compete à Coroa, é indiferente a questão da alíquota do IROF, enfim, convenhamos, não temos uma economia verdadeiramente ativa, apesar de termos conosco o melhor sistema bancário da história da lusofonia. Porém, não temos essa atividade porque ainda patinamos em geração de demanda e oferta de serviços que as satisfaçam. É algo desafiador? Certamente, mas é o que vejo na realidade.

Sobre a taxa do IROF, à época, ela foi consensual para a manutenção dos cargos e salários do Estado Italiano micronacional, porém, a Coroa, como sempre o fez, dispõe-se a rever essa tarifa se houver esse entendimento. O MN, como prática orgânica, está em constante evolução e transformação, então, podemos fazer tantos testes quanto sejam possíveis, dentro do que vocês, meus leais súditos, concordem.

Enfim, sigam com a discussão, ela é rica.

att

Caríssimo,

Não se pode desistir do debate. Em geral, a Itália tem medo demais de debater. Não é pessoal, é nacional o debate. Enfim, não tenham esse receio do debate ou do acaloramento do mesmo, pois isso é absolutamente normal e esperado.

Há uma filósofa belga, chamada Chantal Mouffe, que inclusive define que a democracia é e tem de ser conflito. A democracia nem sempre é consenso, ela é, também dissenso. Porém a filósofa destaca que ainda que jamais se venha a concordar com um tema, ainda se vê o outro lado como legítimo em sua posição, enfim, é democracia, logo assume-se o conflito como parte fundamental dela.

Portanto, nem vossa graça e nem ninguém neste Reino jamais tema o debate, o enfrentamento. O caminho é esse e creio que se olharmos para trás encontraremos diferentes momentos que, em nossa longa história, justamente construímos boas obras após debates acalorados.

Não receiem a política, tenham antes, sim, pavor da antipolítica.

att