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Notícias do Senado

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26 Dez 2015 03:39 #28374 por
Respondido por no tópico Notícias do Senado

Amigos Italianos,
Nessa data especial, o Talk Show trás a todos os Italianos uma entrevista pra lá de especial, tivemos a honrar de entrarmos no reduto do Duque mais estranho e mais fantástico do Micronacionalismo.

THE TALK SHOW EM AVOLA - ESPECIAL DE NATAL !!!



Avola, a comuna sempre cinzenta. Seja pelo clima, seja pelos humores... Aqui encontramos o grande castelo, velho e úmido, atualmente a única construção habitável da localidade e que nos remete ares medievais. As pedras, os musgos sobre ela, a terra... Neste castelo encontraremos seu morador mais antigo, motivo de nossa empreitada para a entrevista. Sua Alteza o Duque Líryan Kawsttryänny Umbrio de Avola, Duque nestas terras, que nos espera em meio a grifos, gatos, fantasmas e lendas locais.

A Comuna é conhecida por suas lendas, por casos e mais casos de desaparecimento de pessoas, pelos animais míticos. Pelas masmorras que abrigam adegas e fantasmas. Pelos gatos, pelos contos, pelo clima... Onde o tempo parece extático. A condição para esta entrevista seria nos encontramos com o Duque aqui, nestas terras, neste castelo. Em meio à bruma e à noite potencialmente chuvosa. O motivo, será que saberemos?



--
(Entrando no Castelo)

As portas do castelo rangem e se abrem com nossa proximidade, parecendo saber que estávamos para bater-lhes. Grifos cortam um céu tempestuoso, um espetáculo curioso e aterrorizador, um gato passa por nós entrando no castelo e venta o vento úmido destas terras. Do escuro saguão de entrada vem surgindo um vulto, magro, cabelos compridos e escuros, com um sorriso que poderia esboçar alegria ou sarcasmo. Uma figura andrógina e calma, que nos recepciona.

Césare Bórgia > Salve Duque de Avola.... (medo) (arrependimento) (saudade da minha mãe)

Duque de Avola > - Vejo os grifos como animais esplêndidos! São ágeis e fortes, e bastante justos! Este, por exemplo – diz fazendo um gesto com a cabeça, é um grifo bastante inteligente para um grifo, ele já percebeu que você não é uma ameaça, sei disso pois, você continua inteiro! – apontou para um enorme grifo que pousara atrás de nossa equipe e ficou ali, observando o tempo.

Mas me diga, o que prefere para acompanhar a entrevista, cerveja, scotch ou vinho?

Césare Bórgia > Uma cerveja, por favor.

(Pausa para beber)
(Admirando uma mulher semi nua acorrentada no chão perto da escada)
(Sentando em uma poltrona perto de uma sala incrivelmente bem decorada)


Césare Bórgia > Vamos lá meu Duque, vamos começar: : É sabido em toda a Itália sua habilidade na escrita e eloquência nos debates. Como desafio, proponha que escreva, em resumo, toda sua experiência micronacional de mais de uma década.


Duque de Avola > Acredito que, de uma forma geral, exista no Reino da Itália uma supervalorização de tudo que eu faço, especialmente da maneira como me manifesto e minhas opiniões. Não me vejo com grande habilidade na escrita, eu apenas me esforço para ser claro dentro das limitações que temos no nosso ambiente natural.

Falando de minha experiência micronacional, eu comecei no micronacionalismo no extinto Magno Império de Hibérnia, e isso foi, se me lembro bem, por volta dos anos dois mil. Cheguei em Hibérnia por um convite do Imperador, Edgard, convite este surgido em um grupo de discussões no qual coincidiu participarmos. Em Hibérnia optei por não entrar para nenhuma das grandes famílias existentes, o que já iniciou uma situação onde interpretaram como se eu tivesse desdenhando das importantes “gens” hibérnicas. Na ocasião as famílias tradicionais disputavam os novatos, e elas me disputaram e optei por nenhuma, interpretaram isso como uma atitude esnobe da minha parte, pura vaidade deles, eu queria apenas ser eu mesmo. Fiquei no Império, tentei ser produtivo, o micronacionalismo naquela época era bastante diferente, era em listas de e-mail´s. Fundei minha primeira família micronacional ao optar pela solidão, e segui o meu caminho em acordo com o que considero correto, em uma visão ética.
Isso me rendeu alguns problemas com pessoas importantes na época, e tempos depois fui preso, quando estive à favor da razão na guerra que surgiu entre Hibérnia e o então fundado Reino das Duas Sicílias, que hoje é o Reino da Itália. Ao escolher o lado da razão eu tive que ficar contra a maioria hibérnica e assim me mantive até que vi que não era possível fazer as pessoas ali verem o que de fato era importante. Ou o que eu considerava importante: que Hibérnia precisava voltar para si e deixar as outras micronações vivessem em paz, assim como fazer que as famílias voltassem para seus membros e largassem as guerras de vaidade, as mesquinharias, a tara por títulos...
Saí de Hibérnia decidido a sair do micronacionalismo, pois havia entrado lá com a expectativa de conhecer pessoas muito inteligentes e interessantes, evoluídas até, mas só vi “mais do mesmo”. Então resolvi ser turista no Reino da Itália e, tirando um momento em que tive que me ausentar por motivos macro, estou até hoje.
Acabam sendo muitos anos de experiência micronacional para se falar em uma só resposta, mas, o que posso dizer num aspecto geral é que hoje estamos, de fato, com a possibilidade de exercer micronacionalismo. Diferente de mais de uma década atrás onde vivíamos um “sonho” micronacionalista. Neste caminho vi a índole das pessoas no ambiente virtual difere muito pouco – se é que difere - da índole delas no ambiente macro, e percebi o micronacionalismo como uma possibilidade fantástica de investigar a sociedade humana. E acabei vendo no micronacionalismo, especialmente na política, exatamente os mesmos problemas que assolam a sociedade macro. Claro, a sociedade macro que compõe a sociedade micro e temos que ter em mente da “importação” cultural que toda micronação recebe das sociedades macro que as compõe.

(Lagrimas)
(Uma anã semi nua com uma coleira me entrega um lenço)

Césare Bórgia > Você se considera polêmico?

Duque de Avola > Não. Mas parece que as pessoas me consideram polêmico em razão de minhas opiniões. Ou melhor dizendo, em razão da maneira como elas interpretam as minhas opiniões. Eu me interesso por vários assuntos, em razão disso eu acabo conversando sobre vários assuntos, e como tenho opiniões geralmente diferentes do convencional, as pessoas parecem me ver como “pessoa polêmica”. De qualquer maneira, me parece que “polêmico” é um rótulo que só nos dão, não vejo sentido em uma pessoa considerar a si mesma polêmica.

Césare Bórgia > Se o Rei te convidasse mais uma vez a ser um Senador Aristocrático, você obedeceria seu desejo?

Duque de Avola > Penso que um convite do Rei, neste sentido, para assumir um cargo, qualquer que seja, nunca se trate apenas de um convite. O Rei não convida porque quer, ele convida alguém para algum cargo porque o Estado precisa de uma ocupação naquele cargo. E o Rei irá convidar aquele que, dentro de seu entendimento, possuir qualificações para assumir o que o Reino precisa.
Neste sentido negar um convite real é, na verdade, negar a uma necessidade do Reino. Não é, em nenhum momento, vontade minha retornar à política, qualquer política que seja – inclusive da macro estou buscando me distanciar. Mas se fosse para negar as necessidades do Reino, não faria sentido continuar neste Reino.
Não quero voltar ao Senado, mas se o Rei precisar, se para o Reino for necessário, é meu dever. Apenas um dever, e dever não é algo a aceitar ou recusar, é algo a assumir com responsabilidade.
Entretanto, cabe enfatizar que a necessidade de um Senador Aristocrático significaria que o povo do Reino ainda não está preparado para ter um Senado cujas cadeiras sejam disputadas por partidos populares. Algo muito simples aliás: a necessidade de um Aristocrata desconstrói a necessidade do Senado. É um divisor de águas esta coisa do Senador Aristocrático. Um cenário político em que o povo se empenhe e gere competição política não é um cenário compatível com aristocratas no Senado. E o contrário não é compatível com um Senado.
Então, penso que seja mais importante entendermos que: a necessidade de um Aristocrata nos mostra que não devemos reabrir o Senado. Pois não estamos preparados para isso. Se temos esta necessidade não devemos reabrir o Senado, não mesmo! Pois voltaríamos ao mesmo do passado, onde se tinha um Aristocrata “segurando a onda” em um Senado com duas vagas disponíveis para dois partidos. Tivemos problemas demais com isso para pensar em repetir isso. Pois não há competitividade, e assim não há empenho.

Césare Bórgia > Porque renunciou ao cargo de Magistrado Maior?

Duque de Avola > Nunca quis ser Magistrado! Foi culpa do “maldito” Catanzaro – melhor magistrado que já tivemos (me desculpe Fernando!). Catanzaro e eu sempre tivemos impasses bastante charmosos, ele, levando a melhor em uma, resolveu me punir com a Magistratura e se retirou dela! Perdi esta... Realmente nunca quis e nunca gostei de me envolver em qualquer poder micronacional.
O caso é que aconteceu de ser necessário ter um Magistrado Maior – com a saída de Catanzaro -, e aconteceu de eu ser a única opção para o cargo. Não porque eu fosse o melhor, mas porque eu era mesmo a única opção! Eu era o único apartidário, o único que não estava envolvido com alguma religião micro, o único sem coligações, sem vínculos com outros poderes, sem uma família numerosa... Grosso modo eu era a “neutralidade” que exige um cargo como o de Magistrado que, sobretudo, não pode ter ligações pessoais ou que movam interesses pessoais.
Então fiz o meu dever e tentei fazê-lo da melhor forma. Fazer algo da melhor forma, visando seguir a lei, visando o bem do Estado, sempre significará conflitos. A maneira como sou, por minha personalidade, não ajuda a minimizar estes conflitos. Assim, quando me foi possível sair da Magistratura eu o fiz. Como todos sabem e foi notificado no Avola Rock, arranquei minhas roupas e corri de lá aqui, nu.
O motivo então é simples: renunciei, quando pude, de um cargo no qual nunca quis estar. E é uma pena que sempre andemos com baixo contingente pois isso contribui para que tenhamos que assumir cargos e tensões que, na verdade, não pretendíamos assumir. Mas é a coisa da necessidade, se o Reino necessita precisamos atender. Do contrário não faz sentido permanecer.
Por mais que, por limitações micronacionais, seja difícil atender e fazer o trabalho e atender as expectativas. Mas isso é a vida, a vida é trabalho, e é mais um ponto no qual o micronacionalismo se torna brilhante em nos permitir este laboratório sobre a vida. Tudo é trabalho ativo e não adianta nada ficarmos somente no diálogo!

Césare Bórgia > Você ainda se considera o Rei de Armas?

Duque de Avola > Me considerar eu me considero... melhor não falar, podem ter menores em idade nos lendo. Sobre ser Rei de Armas, pelo bem ou pelo mal, eu ainda o sou. A Aráldica não agrega nenhum tipo de poder, isso me agrada. Por outro lado tem sua importância cultural e histórica e não tenho tido como atuar como ela merece.
Já pensei em como dividir os trabalhos, mas não é simples como se pode imaginar inicialmente por várias razões. Então, neste momento estou pensando que, uma das partes mais complicadas e que requerem tempo são os símbolos pessoais que vão ao centro dos escudos. Assim como as Bandeiras de Comunas. A minha ideia é, justamente, tentar terceirizar estes símbolos e bandeiras, que são de criação livre. Sendo possível terceirizar isso seria possível agilizar muita coisa pois quase todo o resto é amenas “montar o escudo” com elementos já prontos.
Caso alguém tenha uma empresa de terceirização de imagens já pode entrar em contato comigo. E aqui temos uma estrutura simples e que pode funcionar pois a Araldica pode passar as regras básicas destas peças, como tamanho e tal. As pessoas podem contratar diretamente a empresa e pagar a empresa pelas peças. Depois as pessoas já mandavam para a Araldica o símbolo pessoal e solicitavam o Escudo ou Brasão.
Com um processo assim, não só a Araldica ganha como a economia também, pois se faz necessária uma empresa que possa atuar nesta área. E esta empresa também pode pensar mais adiante e produzir joias e outras imagens. Então, algum interessado?

(Chateado)
(Sentindo falta de um brasão =s)

Césare Bórgia
> Qual sua opinião sobre os atuais partidos politicos no Reino, a ND e o PNPI?

Duque de Avola > Eu ainda não conheço os integrantes e as propostas do ND, então, com o perdão do trocadilho, nada a declarar. Sobre o PNPI, bem... O PNPI é um partido experiente e que acumulou boas participações no Senado, as melhores, aliás. Seus Senadores sempre estiveram presentes entre os mais ativos e foram os que menos abandonavam os cargos. Por este motivo as expectativas também se tornam maiores para se ver uma gestão impecável e exemplar do partido.
Pessoalmente não tenho preferências partidárias, e não gosto do nosso modelo político que se baseia no voto no partido, eu ainda penso que é mais útil votar em pessoas e não em partidos. Pois seria mais fácil cobrar pessoas e uma má atuação encerraria a vida política do dito cujo. O partido, por sua vez, na nossa cultura, que deriva da macro, acaba saindo “impune” em várias circunstâncias pois se vota no partido, mas os erros geralmente são “das pessoas”. Um partido, por exemplo, não deixa de existir por causa de uma má atuação. O cara faz porcarias no Senado, queima o filme, mas o partido coloca outro e a vida segue... Para mim há algo de desagradável nisso.

Por outro lado, outros modelos são complicados, pois tendem a minar a satisfação das pessoas que lideram e gostam dos partidos. E que são as pessoas que podem dar rumo e utilidade à nossa política. Modelos voltados para o voto na pessoa podem ser bons, ou podem ser piores. O resultado dependeria das pessoas, e as nossas parecem preferir o modelo partidário.

Seja como for, qualquer partido que seja, terá como maior tarefa, e também mais importante, a de mostrar que o Reino precisa de um Senado, de que este Senado pode ser útil ao Reino e ao Povo e que nosso sistema consegue sustentar um Senado, ainda que com três cadeiras. E isso em si não é nem de longe uma tarefa fácil. Temos poucos ativos, atualmente não temos Magistrado, há muitos problemas... Por exemplo, no que se baseará as eleições na contabilização dos votos? Será por maioria simples? Será coeficiente? Coeficiente não funciona, maioria simples pode colocar um partido com dois representantes – já é positivo pois passamos a ter disputa... Enfim, o pessoal tem muito trabalho a fazer!


Césare Bórgia > Na sua visão, como está o micronacionalismo hoje?

Duque de Avola > Só posso falar do micronacionalismo que fazemos no Reino da Itália, não conheço outras micronações atuais. Dito isso só posso comparar o micronacionalismo do Reino da Itália de hoje com o micronacionalismo do Reino da Itália “de ontem” e do micronacionalismo praticado há mais dez anos.

Dentro deste contexto, o micronacionalismo no Reino atual é muito parecido com o do passado. Continuamos contando com poucas pessoas, continuamos com profundas dificuldades em reverter este quadro, continuamos a produzir um micronacionalismo sério e voltado para o princípio de constituir em um modelo reduzido uma nação completa. Continuamos com liberdade, discutindo assuntos originalmente micronacionais e produzindo cultura originalmente micronacional. Em suma, continuamos como há mais de dez anos, fazendo micronacionalismo para além da socialização da lusofonia e com uma abordagem bastante centrada e responsável.

Em outras micros, no passado há mais de dez anos, pouco se fazia de micronacionalismo. Eram estas micros muito mais redes sociais pomposas que micronações propriamente ditas. Estavam preocupados mais com a acumulação inconsequente de títulos que com produção cultural. Mais preocupados em abraçar territórios imensos que em centrar no próprio Estado e o desenvolver de maneira eficiente. Pensando em Heidegger, talvez, as micros do passado fossem as pessoas do cotidiano que seguem a “onda”. Enquanto o Reino é o “Dasein”.

Dentro do que conheço o micronacionalismo brasileiro possui o Reino da Itália como um divisor de eras, antes eram redes sociais em grupos de e-mail misturando diversas “tribos” sob uma mesma “bandeira” de Estado Micronacional. Com o Reino da Itália passamos a ter uma outra era, marcada por um empenho em criar cultura, manter cultura, ver um povo se identificando com uma constituinte, com as leis de um Reino. Todo o micronacionalismo se admira com uma coisa: uma vez Italiano, sempre Italiano! É incrível a força que isso tem! Então é muito diferente o micronacionalismo do Reino da Itália de hoje com o micronacionalismo não italiano do passado.

Mas esta situação nos gera um problema, pois o micronacionalismo verdadeiramente estruturado para esta atividade hoje, parece, não atrair o contingente de pessoas desejosas de redes sociais pomposas do passado. O micronacionalismo hoje se tornou sério, motivo de estudo, abrigando acadêmicos... Saímos de um cenário de vários adolescentes “super-nerd´s” para um cenário com filósofos, historiadores, linguistas, sociólogos, advogados - que foram “super-nerd´s” no passado. Menos eu, eu não sou nerd – risos. Este nível elevado, em si, requer um grupo naturalmente selecionado e isso talvez impeça um crescimento mais confortável em contingente. Pois o número de pessoas com este perfil e tempo disponível é demasiado pequeno. A grande maioria dos antigos abandou a atividade para cuidar da família e se dedicar à carreira. E talvez o resto tenha abandonado por antipatia a mim.

Enfim, a questão agora é como nos adaptarmos e conseguirmos encontrar os adolescentes “super-nerd´s” da atualidade e apresentar para eles os princípios micronacionais de forma a conquista-los à atividade. E alguns estão aqui, eles estão clamando por nós, nós urgimos em atende-los! Porque não podemos cair no erro de gerar um micronacionalismo pomposo de títulos macro. Precisamos construir este micronacionalismo sem pompas, que somos bons e conseguir apresentar aos jovens suas potencialidades que lhes permitam desenvolver habilidades enquanto aprendem sobre sociedades humanas, políticas, filosofia, cultura... É para isso que serve o micronacionalismo. Para um laboratório humano das ciências humanas.


Cesáre Bórgia > Meu caro Duque, estou interessado em conhecer Avola, conta mais sobre essa selvagem e mistica paisagem.


Duque de Avola > Quando entrei no micronacionalismo, coisa que aconteceu no milênio passado, eu vi que meus interesses eram basicamente nas áreas da filosofia e da cultura. Na ocasião eu até pensei em abrir uma escola filosófica, mas é claro que eu não tinha nenhuma condição de fazer isso. Então fui para a cultura, ou tentei, já que assumi quase que imediatamente a Imigração, ministério mais importante em qualquer micro, isso no Magno Império de Hibérnia, onde depois fui outras coisas, Senador, inclusive...

Quando cheguei no Reino e vim conhecer Avola vi toda aquela possibilidade de cultura! Isso me encanta, aliás, é uma pena não temos maiores construções culturais nas outras comunas, e divulgação destas culturas. Se poderia ter, quem sabe, uma comuna fortemente política, como um “polo político”, talvez até com uma faculdade formadora de senadores e eleitores. Se poderia ter outra culturalmente comercial... Assim por diante de forma que cada comuna tivesse uma identidade tão única quanto Avola possui.

Enfim, vim para o Reino, trabalhei, num dado momento viro Visconde de Avola, foi quando cheguei em Avola e vi esta terra que gritava cultura! Um lugar, mais ou menos sinistro, com pântanos, com bosques, lendas, fantasmas, criaturas de toda espécie!

Assim que pude me mudei para cá, só tinha o velho castelo, ainda é tudo que tem de construção. Já era assombrado, ficou mais. E eu fui tendo sempre mais certezas de que, meu “negócio” nesta coisa de micronacionalismo, é mesmo cultura e filosofia. Aqui, em todos estes anos, só tive um único pesar, entre todas as coisas ruins que fiz e todos os erros que cometi, acertei algo grande e fui punido. Era Conde, virei Duque... Ainda descubro o motivo disso... Tenho minhas suspeitas sabe, talvez tenha cantado a pessoa errada, Charikléia talvez...

De qualquer forma Avola é incrível! Pulsa culturas e lendas... Venha, olhe aquele vale à direita... Aquela parte mais escura ali, é um pântano... Não é um pântano qualquer, pessoas somem ali todos os anos, é incrível! Claro que alertamos, mas elas parecem acreditar que tem um tesouro lá, vão e não voltam. Agora, ali, à esquerda, vê aquela ponte velha? Aquela feita com cordas e tábuas, ligando uma passagem do Castelo, então, há uma fantasma pressa àquela ponte, às noites você ouvirá os gritos que vem de lá! Assim é Avola, por todos os lados, em todos os cantos, em quaisquer detalhes, é fantástico! Estou catalogando estas lendas, expondo em contos, podem encontrar isso no Reino...

(Parada)

Césare Bórgia > Duque, é normal aquele bicho estranho com asas encarar? Não há perigo ? Conte me sobre eles, se for seguro.

Duque de Avola > Perigo sempre há, afinal vivemos para a morte, estou heideggeriano hoje... informação é sempre necessária para segurança... Mas se acalme, aquele, lindo bicho estranho com asas é um Grifo! E, ainda, é um Grifo Real... Olhe esta juba mais densa e preta – mostro passando a mão na juba - , o porte, ele á maior que os Grifos comuns. É um pouco mais feroz também, mas grifos não são problema. Veja, Grifos são animais justos, só vão te atacar se você os atacar ou ameaçar. Maiores preocupações você precisará ter com os fantasmas do castelo, nesta noite. Aliás, Noiva está na “TPM”,é incrível que ela continue com isso mesmo morta... Então, com toda sinceridade, evite as masmorras hoje à noite...


Césare Bórgia > Você já deve ter percebido que costumo brincar e te irritar muito. Quais são suas opiniões e como se sente sobre mim?

Duque de Avola > Quando tinha sete anos, morava em uma cidade do interior, não tinha nada lá – de verdadeiramente interessante só a coleção vaga-lume, e posteriormente a tv e o Atari . Mas chegou a tv numa época tinha o extinto canal Manchete. Eu me lembro bem pois foi um momento marcante na minha vida, foi neste extinto canal que acabei vendo o que se tornou, para mim, uma pessoa que passou a ser um ideal a ser alcançado: Sr Spock. O fictício meio-vulcano do seriado Star Trek.

Estou contanto isso pois, muito da pessoa que sou devo a este fictício personagem, incluindo meu interesse por filosofia e meu norte em direção ao pensamento científico. Enfim, há um episódio onde, depois de tecerem várias chacotas ao Sr. Spock, tentando-o irritar, o personagem do Dr. McCoy, ao se ver improdutivo na irritação, interroga se o Spock não tinha se ofendido com tudo aquilo. Então Spock responde: “onde não há emoções não há ofensas”. Este pensamento me marcou profundamente, assim como toda a série.

Depois, quando já tinha bem mais de sete anos, eu compreendi que: onde há equilíbrio e controle sobre emoções não é possível existir ofensa. Isso pois, a ofensa, para existir, precisa que o indivíduo se predisponha a ofender a si mesmo. Existe duas coisas que podemos falar sobre um indivíduo: verdade ou mentira. Grosso modo, se falamos uma verdade, não há motivos para se ofender com a verdade, se é mentira, há menos motivos ainda. Não vejo que alguém possa ofender outrem, penso que somente o indivíduo tenha o poder de ofender a si, e isso será bastante pessoal. Pode-se dizer com sinceridade para uma pessoa: “nossa como você está bonita” e ela ofender a si por interpretar que não está. Mas o conceito de beleza de quem disse é diferente do de quem ouviu, e é assim para tudo no que tange o sujeito.

Neste sentido, tanto aqui, tanto no macro, é comum que muitas pessoas “brinquem” comigo, mas eu não tenho, propriamente, reações a isso. Elas brincam, elas falam, elas alegam... o que elas querem com isso, bem, só elas podem dizer. O que sinto disso, nada. Sinto nada pois, não estou passível de ser ofendido ou irritado por qualquer pessoa que seja, senão eu mesmo! Irritar, eu ainda me irrito, ofender, não. Por exemplo, quando não estudo o quanto considero que tenha que estudar, eu irrito a mim. Quando não prevejo todo uma estrutura de discurso de diálogo e alguém entende muito mal, me irrito comigo. Ou quando faço algo que creio, possa fazer melhor e não fiz por qualquer motivo – geralmente por ter que trabalhar.

Então, simplesmente não me importo que brinque ou falem de mim. Com sinceridade não me irrita ou ofende, nem você nem quaisquer pessoas. Da mesma maneira que sinto nada quando elogiam. Agradeço por educação, mas sei que estão elogiando algo que fiz sob os parâmetros deles, e não dos meus. O que fiz, para meus parâmetros, pode não ser suficiente para um elogio meu a mim. É muito raro que eu me elogie, inclusive


(Lágrimas)
(Emocionado)
(Mulher careca nua com uma coleira aparece sendo arrastado por um grifo)
(Duque de Avola me serve mais uma cerveja)


Césare Bórgia > Qual sua opinião sobre a Micro Igreja e seus membros?

Duque de Avola > Tenho uma opinião bastante limitada sobre este assunto, sempre me mantive distante das igrejas micronacionais, por motivos óbvios, e assim, não conheço bem seus membros. O participante que conheço é o Duque de Treviso, por quem tenho grande estima e carinho. Ele sei que é cristão de fato e luta, como todos nós, para ser cada vez mais uma pessoa sem preconceitos e tentando se manter compreendendo o outro. Pois sim, esta é uma luta de todos nós independente de nossos pensamentos. Então posso dizer que há, pelo menos, uma boa pessoa na Micro Igreja.

Entretanto vimos ultimamente que também existem membros que possuem posturas que em nada lembram o cristianismo. E ai vemos um lado da Micro Igreja que pode estar refletindo uma limitação das religiões em geral quando os homens buscam a utilizar como foco de alcance de poder. Então posso dizer que há, pelo menos, uma péssima pessoas na Micro Igreja que pretendem nela nada de cristianismo.


Césare Bórgia
> Uma pergunta pessoal, qual sua orientação sexual? Se define como heterossexual ou homossexual e coisas do tipo?


Duque de Avola > Sabe, “coisas do tipo” faz mais sentido no meu caso! Então, é curioso que esta pergunta nunca tenha surgido declaradamente antes! Não sou de me definir neste sentido, de início posso dizer que, tecnicamente, para fins de dar alguma resposta, eu seja bissexual. Uma vez que não me importo com o sexo das pessoas com quem me relaciono, assim como não me importo com a cor, gênero, raça, origem galáctica (dando uma chance para os alienígenas do Tsoukalos) ou qualquer outra coisa do tipo, resta o rótulo de bi.

Com relação a gênero, a coisa é mais complexa. Não me identifico exatamente com meu gênero biológico, e, atualmente, não ando me definindo como um gênero específico. Como se ter um gênero não seja algo exatamente importante. Não identifico com o gênero biológico e ao mesmo tempo não sei o quando poderia afirmar me identificar com um gênero que não experimentei, biologicamente, ser. É onde surge a complexidade de se identificar com um gênero de maneira apenas íntima e psíquica, e, a partir do pensamento filosófico, perceber uma desimportância na afirmação do gênero em si. Gênero, neste sentido, passa a ter uma importância meramente sócio-cultural, uma vez que posso ser apenas “eu”, e não um “eu-macho” ou “eu-fêmea”. E o “eu”, simplesmente, pode ser ora um, ora outro ou nenhum, assim como os estados de emoção.

(Boquiaberto)
(Puts...)

Césare Bórgia > Em quem irá votar para as eleições legislativas? Já leu as propostas dos candidatos?

Duque de Avola > Inevitavelmente irei votar em quem conquistar meu voto. Nada está definido e vi menos movimentação política que gostaria. Talvez seja até culpa minha por não estar podendo acompanhar de todo, mas não cheguei a ver, ainda, nenhum grande debate, nenhum grande confronto de propostas. Desta maneira o caso é que, neste momento, não conheço suficiente os candidatos para poder decidir um voto.

Sei que há o PNPI com sua tradicionalidade, mas não posso votar motivado pela história. Sei que novatos tendem a querer mostrar mais e mais trabalho, mas não posso votar motivado pela esperança.


(Um barulho atrás de mim me chama a atenção)
(Uma mulher... vestida de noiva......me encara..)

(Amanheci em Treviso, com uma camisa branca, sem shorts, uma cueca box preta e meias azuis)


(Lágrimas enquanto escrevo essa reportagem)




Amigos Italianos, eis a recomendação desse jovem Barão, CUIDADO AO VISITAR AVOLA!!

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11 Jan 2016 19:02 #28500 por
Respondido por no tópico Notícias do Senado
Para os que não viram o especial de Natal do The Talk Show...

Entrevista reveladora do Duque de Avola Liryan!

Cesare escreveu:


Amigos Italianos,
Nessa data especial, o Talk Show trás a todos os Italianos uma entrevista pra lá de especial, tivemos a honrar de entrarmos no reduto do Duque mais estranho e mais fantástico do Micronacionalismo.

THE TALK SHOW EM AVOLA - ESPECIAL DE NATAL !!!



Avola, a comuna sempre cinzenta. Seja pelo clima, seja pelos humores... Aqui encontramos o grande castelo, velho e úmido, atualmente a única construção habitável da localidade e que nos remete ares medievais. As pedras, os musgos sobre ela, a terra... Neste castelo encontraremos seu morador mais antigo, motivo de nossa empreitada para a entrevista. Sua Alteza o Duque Líryan Kawsttryänny Umbrio de Avola, Duque nestas terras, que nos espera em meio a grifos, gatos, fantasmas e lendas locais.

A Comuna é conhecida por suas lendas, por casos e mais casos de desaparecimento de pessoas, pelos animais míticos. Pelas masmorras que abrigam adegas e fantasmas. Pelos gatos, pelos contos, pelo clima... Onde o tempo parece extático. A condição para esta entrevista seria nos encontramos com o Duque aqui, nestas terras, neste castelo. Em meio à bruma e à noite potencialmente chuvosa. O motivo, será que saberemos?



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(Entrando no Castelo)

As portas do castelo rangem e se abrem com nossa proximidade, parecendo saber que estávamos para bater-lhes. Grifos cortam um céu tempestuoso, um espetáculo curioso e aterrorizador, um gato passa por nós entrando no castelo e venta o vento úmido destas terras. Do escuro saguão de entrada vem surgindo um vulto, magro, cabelos compridos e escuros, com um sorriso que poderia esboçar alegria ou sarcasmo. Uma figura andrógina e calma, que nos recepciona.

Césare Bórgia > Salve Duque de Avola.... (medo) (arrependimento) (saudade da minha mãe)

Duque de Avola > - Vejo os grifos como animais esplêndidos! São ágeis e fortes, e bastante justos! Este, por exemplo – diz fazendo um gesto com a cabeça, é um grifo bastante inteligente para um grifo, ele já percebeu que você não é uma ameaça, sei disso pois, você continua inteiro! – apontou para um enorme grifo que pousara atrás de nossa equipe e ficou ali, observando o tempo.

Mas me diga, o que prefere para acompanhar a entrevista, cerveja, scotch ou vinho?

Césare Bórgia > Uma cerveja, por favor.

(Pausa para beber)
(Admirando uma mulher semi nua acorrentada no chão perto da escada)
(Sentando em uma poltrona perto de uma sala incrivelmente bem decorada)


Césare Bórgia > Vamos lá meu Duque, vamos começar: : É sabido em toda a Itália sua habilidade na escrita e eloquência nos debates. Como desafio, proponha que escreva, em resumo, toda sua experiência micronacional de mais de uma década.


Duque de Avola > Acredito que, de uma forma geral, exista no Reino da Itália uma supervalorização de tudo que eu faço, especialmente da maneira como me manifesto e minhas opiniões. Não me vejo com grande habilidade na escrita, eu apenas me esforço para ser claro dentro das limitações que temos no nosso ambiente natural.

Falando de minha experiência micronacional, eu comecei no micronacionalismo no extinto Magno Império de Hibérnia, e isso foi, se me lembro bem, por volta dos anos dois mil. Cheguei em Hibérnia por um convite do Imperador, Edgard, convite este surgido em um grupo de discussões no qual coincidiu participarmos. Em Hibérnia optei por não entrar para nenhuma das grandes famílias existentes, o que já iniciou uma situação onde interpretaram como se eu tivesse desdenhando das importantes “gens” hibérnicas. Na ocasião as famílias tradicionais disputavam os novatos, e elas me disputaram e optei por nenhuma, interpretaram isso como uma atitude esnobe da minha parte, pura vaidade deles, eu queria apenas ser eu mesmo. Fiquei no Império, tentei ser produtivo, o micronacionalismo naquela época era bastante diferente, era em listas de e-mail´s. Fundei minha primeira família micronacional ao optar pela solidão, e segui o meu caminho em acordo com o que considero correto, em uma visão ética.
Isso me rendeu alguns problemas com pessoas importantes na época, e tempos depois fui preso, quando estive à favor da razão na guerra que surgiu entre Hibérnia e o então fundado Reino das Duas Sicílias, que hoje é o Reino da Itália. Ao escolher o lado da razão eu tive que ficar contra a maioria hibérnica e assim me mantive até que vi que não era possível fazer as pessoas ali verem o que de fato era importante. Ou o que eu considerava importante: que Hibérnia precisava voltar para si e deixar as outras micronações vivessem em paz, assim como fazer que as famílias voltassem para seus membros e largassem as guerras de vaidade, as mesquinharias, a tara por títulos...
Saí de Hibérnia decidido a sair do micronacionalismo, pois havia entrado lá com a expectativa de conhecer pessoas muito inteligentes e interessantes, evoluídas até, mas só vi “mais do mesmo”. Então resolvi ser turista no Reino da Itália e, tirando um momento em que tive que me ausentar por motivos macro, estou até hoje.
Acabam sendo muitos anos de experiência micronacional para se falar em uma só resposta, mas, o que posso dizer num aspecto geral é que hoje estamos, de fato, com a possibilidade de exercer micronacionalismo. Diferente de mais de uma década atrás onde vivíamos um “sonho” micronacionalista. Neste caminho vi a índole das pessoas no ambiente virtual difere muito pouco – se é que difere - da índole delas no ambiente macro, e percebi o micronacionalismo como uma possibilidade fantástica de investigar a sociedade humana. E acabei vendo no micronacionalismo, especialmente na política, exatamente os mesmos problemas que assolam a sociedade macro. Claro, a sociedade macro que compõe a sociedade micro e temos que ter em mente da “importação” cultural que toda micronação recebe das sociedades macro que as compõe.

(Lagrimas)
(Uma anã semi nua com uma coleira me entrega um lenço)

Césare Bórgia > Você se considera polêmico?

Duque de Avola > Não. Mas parece que as pessoas me consideram polêmico em razão de minhas opiniões. Ou melhor dizendo, em razão da maneira como elas interpretam as minhas opiniões. Eu me interesso por vários assuntos, em razão disso eu acabo conversando sobre vários assuntos, e como tenho opiniões geralmente diferentes do convencional, as pessoas parecem me ver como “pessoa polêmica”. De qualquer maneira, me parece que “polêmico” é um rótulo que só nos dão, não vejo sentido em uma pessoa considerar a si mesma polêmica.

Césare Bórgia > Se o Rei te convidasse mais uma vez a ser um Senador Aristocrático, você obedeceria seu desejo?

Duque de Avola > Penso que um convite do Rei, neste sentido, para assumir um cargo, qualquer que seja, nunca se trate apenas de um convite. O Rei não convida porque quer, ele convida alguém para algum cargo porque o Estado precisa de uma ocupação naquele cargo. E o Rei irá convidar aquele que, dentro de seu entendimento, possuir qualificações para assumir o que o Reino precisa.
Neste sentido negar um convite real é, na verdade, negar a uma necessidade do Reino. Não é, em nenhum momento, vontade minha retornar à política, qualquer política que seja – inclusive da macro estou buscando me distanciar. Mas se fosse para negar as necessidades do Reino, não faria sentido continuar neste Reino.
Não quero voltar ao Senado, mas se o Rei precisar, se para o Reino for necessário, é meu dever. Apenas um dever, e dever não é algo a aceitar ou recusar, é algo a assumir com responsabilidade.
Entretanto, cabe enfatizar que a necessidade de um Senador Aristocrático significaria que o povo do Reino ainda não está preparado para ter um Senado cujas cadeiras sejam disputadas por partidos populares. Algo muito simples aliás: a necessidade de um Aristocrata desconstrói a necessidade do Senado. É um divisor de águas esta coisa do Senador Aristocrático. Um cenário político em que o povo se empenhe e gere competição política não é um cenário compatível com aristocratas no Senado. E o contrário não é compatível com um Senado.
Então, penso que seja mais importante entendermos que: a necessidade de um Aristocrata nos mostra que não devemos reabrir o Senado. Pois não estamos preparados para isso. Se temos esta necessidade não devemos reabrir o Senado, não mesmo! Pois voltaríamos ao mesmo do passado, onde se tinha um Aristocrata “segurando a onda” em um Senado com duas vagas disponíveis para dois partidos. Tivemos problemas demais com isso para pensar em repetir isso. Pois não há competitividade, e assim não há empenho.

Césare Bórgia > Porque renunciou ao cargo de Magistrado Maior?

Duque de Avola > Nunca quis ser Magistrado! Foi culpa do “maldito” Catanzaro – melhor magistrado que já tivemos (me desculpe Fernando!). Catanzaro e eu sempre tivemos impasses bastante charmosos, ele, levando a melhor em uma, resolveu me punir com a Magistratura e se retirou dela! Perdi esta... Realmente nunca quis e nunca gostei de me envolver em qualquer poder micronacional.
O caso é que aconteceu de ser necessário ter um Magistrado Maior – com a saída de Catanzaro -, e aconteceu de eu ser a única opção para o cargo. Não porque eu fosse o melhor, mas porque eu era mesmo a única opção! Eu era o único apartidário, o único que não estava envolvido com alguma religião micro, o único sem coligações, sem vínculos com outros poderes, sem uma família numerosa... Grosso modo eu era a “neutralidade” que exige um cargo como o de Magistrado que, sobretudo, não pode ter ligações pessoais ou que movam interesses pessoais.
Então fiz o meu dever e tentei fazê-lo da melhor forma. Fazer algo da melhor forma, visando seguir a lei, visando o bem do Estado, sempre significará conflitos. A maneira como sou, por minha personalidade, não ajuda a minimizar estes conflitos. Assim, quando me foi possível sair da Magistratura eu o fiz. Como todos sabem e foi notificado no Avola Rock, arranquei minhas roupas e corri de lá aqui, nu.
O motivo então é simples: renunciei, quando pude, de um cargo no qual nunca quis estar. E é uma pena que sempre andemos com baixo contingente pois isso contribui para que tenhamos que assumir cargos e tensões que, na verdade, não pretendíamos assumir. Mas é a coisa da necessidade, se o Reino necessita precisamos atender. Do contrário não faz sentido permanecer.
Por mais que, por limitações micronacionais, seja difícil atender e fazer o trabalho e atender as expectativas. Mas isso é a vida, a vida é trabalho, e é mais um ponto no qual o micronacionalismo se torna brilhante em nos permitir este laboratório sobre a vida. Tudo é trabalho ativo e não adianta nada ficarmos somente no diálogo!

Césare Bórgia > Você ainda se considera o Rei de Armas?

Duque de Avola > Me considerar eu me considero... melhor não falar, podem ter menores em idade nos lendo. Sobre ser Rei de Armas, pelo bem ou pelo mal, eu ainda o sou. A Aráldica não agrega nenhum tipo de poder, isso me agrada. Por outro lado tem sua importância cultural e histórica e não tenho tido como atuar como ela merece.
Já pensei em como dividir os trabalhos, mas não é simples como se pode imaginar inicialmente por várias razões. Então, neste momento estou pensando que, uma das partes mais complicadas e que requerem tempo são os símbolos pessoais que vão ao centro dos escudos. Assim como as Bandeiras de Comunas. A minha ideia é, justamente, tentar terceirizar estes símbolos e bandeiras, que são de criação livre. Sendo possível terceirizar isso seria possível agilizar muita coisa pois quase todo o resto é amenas “montar o escudo” com elementos já prontos.
Caso alguém tenha uma empresa de terceirização de imagens já pode entrar em contato comigo. E aqui temos uma estrutura simples e que pode funcionar pois a Araldica pode passar as regras básicas destas peças, como tamanho e tal. As pessoas podem contratar diretamente a empresa e pagar a empresa pelas peças. Depois as pessoas já mandavam para a Araldica o símbolo pessoal e solicitavam o Escudo ou Brasão.
Com um processo assim, não só a Araldica ganha como a economia também, pois se faz necessária uma empresa que possa atuar nesta área. E esta empresa também pode pensar mais adiante e produzir joias e outras imagens. Então, algum interessado?

(Chateado)
(Sentindo falta de um brasão =s)

Césare Bórgia
> Qual sua opinião sobre os atuais partidos politicos no Reino, a ND e o PNPI?

Duque de Avola > Eu ainda não conheço os integrantes e as propostas do ND, então, com o perdão do trocadilho, nada a declarar. Sobre o PNPI, bem... O PNPI é um partido experiente e que acumulou boas participações no Senado, as melhores, aliás. Seus Senadores sempre estiveram presentes entre os mais ativos e foram os que menos abandonavam os cargos. Por este motivo as expectativas também se tornam maiores para se ver uma gestão impecável e exemplar do partido.
Pessoalmente não tenho preferências partidárias, e não gosto do nosso modelo político que se baseia no voto no partido, eu ainda penso que é mais útil votar em pessoas e não em partidos. Pois seria mais fácil cobrar pessoas e uma má atuação encerraria a vida política do dito cujo. O partido, por sua vez, na nossa cultura, que deriva da macro, acaba saindo “impune” em várias circunstâncias pois se vota no partido, mas os erros geralmente são “das pessoas”. Um partido, por exemplo, não deixa de existir por causa de uma má atuação. O cara faz porcarias no Senado, queima o filme, mas o partido coloca outro e a vida segue... Para mim há algo de desagradável nisso.

Por outro lado, outros modelos são complicados, pois tendem a minar a satisfação das pessoas que lideram e gostam dos partidos. E que são as pessoas que podem dar rumo e utilidade à nossa política. Modelos voltados para o voto na pessoa podem ser bons, ou podem ser piores. O resultado dependeria das pessoas, e as nossas parecem preferir o modelo partidário.

Seja como for, qualquer partido que seja, terá como maior tarefa, e também mais importante, a de mostrar que o Reino precisa de um Senado, de que este Senado pode ser útil ao Reino e ao Povo e que nosso sistema consegue sustentar um Senado, ainda que com três cadeiras. E isso em si não é nem de longe uma tarefa fácil. Temos poucos ativos, atualmente não temos Magistrado, há muitos problemas... Por exemplo, no que se baseará as eleições na contabilização dos votos? Será por maioria simples? Será coeficiente? Coeficiente não funciona, maioria simples pode colocar um partido com dois representantes – já é positivo pois passamos a ter disputa... Enfim, o pessoal tem muito trabalho a fazer!


Césare Bórgia > Na sua visão, como está o micronacionalismo hoje?

Duque de Avola > Só posso falar do micronacionalismo que fazemos no Reino da Itália, não conheço outras micronações atuais. Dito isso só posso comparar o micronacionalismo do Reino da Itália de hoje com o micronacionalismo do Reino da Itália “de ontem” e do micronacionalismo praticado há mais dez anos.

Dentro deste contexto, o micronacionalismo no Reino atual é muito parecido com o do passado. Continuamos contando com poucas pessoas, continuamos com profundas dificuldades em reverter este quadro, continuamos a produzir um micronacionalismo sério e voltado para o princípio de constituir em um modelo reduzido uma nação completa. Continuamos com liberdade, discutindo assuntos originalmente micronacionais e produzindo cultura originalmente micronacional. Em suma, continuamos como há mais de dez anos, fazendo micronacionalismo para além da socialização da lusofonia e com uma abordagem bastante centrada e responsável.

Em outras micros, no passado há mais de dez anos, pouco se fazia de micronacionalismo. Eram estas micros muito mais redes sociais pomposas que micronações propriamente ditas. Estavam preocupados mais com a acumulação inconsequente de títulos que com produção cultural. Mais preocupados em abraçar territórios imensos que em centrar no próprio Estado e o desenvolver de maneira eficiente. Pensando em Heidegger, talvez, as micros do passado fossem as pessoas do cotidiano que seguem a “onda”. Enquanto o Reino é o “Dasein”.

Dentro do que conheço o micronacionalismo brasileiro possui o Reino da Itália como um divisor de eras, antes eram redes sociais em grupos de e-mail misturando diversas “tribos” sob uma mesma “bandeira” de Estado Micronacional. Com o Reino da Itália passamos a ter uma outra era, marcada por um empenho em criar cultura, manter cultura, ver um povo se identificando com uma constituinte, com as leis de um Reino. Todo o micronacionalismo se admira com uma coisa: uma vez Italiano, sempre Italiano! É incrível a força que isso tem! Então é muito diferente o micronacionalismo do Reino da Itália de hoje com o micronacionalismo não italiano do passado.

Mas esta situação nos gera um problema, pois o micronacionalismo verdadeiramente estruturado para esta atividade hoje, parece, não atrair o contingente de pessoas desejosas de redes sociais pomposas do passado. O micronacionalismo hoje se tornou sério, motivo de estudo, abrigando acadêmicos... Saímos de um cenário de vários adolescentes “super-nerd´s” para um cenário com filósofos, historiadores, linguistas, sociólogos, advogados - que foram “super-nerd´s” no passado. Menos eu, eu não sou nerd – risos. Este nível elevado, em si, requer um grupo naturalmente selecionado e isso talvez impeça um crescimento mais confortável em contingente. Pois o número de pessoas com este perfil e tempo disponível é demasiado pequeno. A grande maioria dos antigos abandou a atividade para cuidar da família e se dedicar à carreira. E talvez o resto tenha abandonado por antipatia a mim.

Enfim, a questão agora é como nos adaptarmos e conseguirmos encontrar os adolescentes “super-nerd´s” da atualidade e apresentar para eles os princípios micronacionais de forma a conquista-los à atividade. E alguns estão aqui, eles estão clamando por nós, nós urgimos em atende-los! Porque não podemos cair no erro de gerar um micronacionalismo pomposo de títulos macro. Precisamos construir este micronacionalismo sem pompas, que somos bons e conseguir apresentar aos jovens suas potencialidades que lhes permitam desenvolver habilidades enquanto aprendem sobre sociedades humanas, políticas, filosofia, cultura... É para isso que serve o micronacionalismo. Para um laboratório humano das ciências humanas.


Cesáre Bórgia > Meu caro Duque, estou interessado em conhecer Avola, conta mais sobre essa selvagem e mistica paisagem.


Duque de Avola > Quando entrei no micronacionalismo, coisa que aconteceu no milênio passado, eu vi que meus interesses eram basicamente nas áreas da filosofia e da cultura. Na ocasião eu até pensei em abrir uma escola filosófica, mas é claro que eu não tinha nenhuma condição de fazer isso. Então fui para a cultura, ou tentei, já que assumi quase que imediatamente a Imigração, ministério mais importante em qualquer micro, isso no Magno Império de Hibérnia, onde depois fui outras coisas, Senador, inclusive...

Quando cheguei no Reino e vim conhecer Avola vi toda aquela possibilidade de cultura! Isso me encanta, aliás, é uma pena não temos maiores construções culturais nas outras comunas, e divulgação destas culturas. Se poderia ter, quem sabe, uma comuna fortemente política, como um “polo político”, talvez até com uma faculdade formadora de senadores e eleitores. Se poderia ter outra culturalmente comercial... Assim por diante de forma que cada comuna tivesse uma identidade tão única quanto Avola possui.

Enfim, vim para o Reino, trabalhei, num dado momento viro Visconde de Avola, foi quando cheguei em Avola e vi esta terra que gritava cultura! Um lugar, mais ou menos sinistro, com pântanos, com bosques, lendas, fantasmas, criaturas de toda espécie!

Assim que pude me mudei para cá, só tinha o velho castelo, ainda é tudo que tem de construção. Já era assombrado, ficou mais. E eu fui tendo sempre mais certezas de que, meu “negócio” nesta coisa de micronacionalismo, é mesmo cultura e filosofia. Aqui, em todos estes anos, só tive um único pesar, entre todas as coisas ruins que fiz e todos os erros que cometi, acertei algo grande e fui punido. Era Conde, virei Duque... Ainda descubro o motivo disso... Tenho minhas suspeitas sabe, talvez tenha cantado a pessoa errada, Charikléia talvez...

De qualquer forma Avola é incrível! Pulsa culturas e lendas... Venha, olhe aquele vale à direita... Aquela parte mais escura ali, é um pântano... Não é um pântano qualquer, pessoas somem ali todos os anos, é incrível! Claro que alertamos, mas elas parecem acreditar que tem um tesouro lá, vão e não voltam. Agora, ali, à esquerda, vê aquela ponte velha? Aquela feita com cordas e tábuas, ligando uma passagem do Castelo, então, há uma fantasma pressa àquela ponte, às noites você ouvirá os gritos que vem de lá! Assim é Avola, por todos os lados, em todos os cantos, em quaisquer detalhes, é fantástico! Estou catalogando estas lendas, expondo em contos, podem encontrar isso no Reino...

(Parada)

Césare Bórgia > Duque, é normal aquele bicho estranho com asas encarar? Não há perigo ? Conte me sobre eles, se for seguro.

Duque de Avola > Perigo sempre há, afinal vivemos para a morte, estou heideggeriano hoje... informação é sempre necessária para segurança... Mas se acalme, aquele, lindo bicho estranho com asas é um Grifo! E, ainda, é um Grifo Real... Olhe esta juba mais densa e preta – mostro passando a mão na juba - , o porte, ele á maior que os Grifos comuns. É um pouco mais feroz também, mas grifos não são problema. Veja, Grifos são animais justos, só vão te atacar se você os atacar ou ameaçar. Maiores preocupações você precisará ter com os fantasmas do castelo, nesta noite. Aliás, Noiva está na “TPM”,é incrível que ela continue com isso mesmo morta... Então, com toda sinceridade, evite as masmorras hoje à noite...


Césare Bórgia > Você já deve ter percebido que costumo brincar e te irritar muito. Quais são suas opiniões e como se sente sobre mim?

Duque de Avola > Quando tinha sete anos, morava em uma cidade do interior, não tinha nada lá – de verdadeiramente interessante só a coleção vaga-lume, e posteriormente a tv e o Atari . Mas chegou a tv numa época tinha o extinto canal Manchete. Eu me lembro bem pois foi um momento marcante na minha vida, foi neste extinto canal que acabei vendo o que se tornou, para mim, uma pessoa que passou a ser um ideal a ser alcançado: Sr Spock. O fictício meio-vulcano do seriado Star Trek.

Estou contanto isso pois, muito da pessoa que sou devo a este fictício personagem, incluindo meu interesse por filosofia e meu norte em direção ao pensamento científico. Enfim, há um episódio onde, depois de tecerem várias chacotas ao Sr. Spock, tentando-o irritar, o personagem do Dr. McCoy, ao se ver improdutivo na irritação, interroga se o Spock não tinha se ofendido com tudo aquilo. Então Spock responde: “onde não há emoções não há ofensas”. Este pensamento me marcou profundamente, assim como toda a série.

Depois, quando já tinha bem mais de sete anos, eu compreendi que: onde há equilíbrio e controle sobre emoções não é possível existir ofensa. Isso pois, a ofensa, para existir, precisa que o indivíduo se predisponha a ofender a si mesmo. Existe duas coisas que podemos falar sobre um indivíduo: verdade ou mentira. Grosso modo, se falamos uma verdade, não há motivos para se ofender com a verdade, se é mentira, há menos motivos ainda. Não vejo que alguém possa ofender outrem, penso que somente o indivíduo tenha o poder de ofender a si, e isso será bastante pessoal. Pode-se dizer com sinceridade para uma pessoa: “nossa como você está bonita” e ela ofender a si por interpretar que não está. Mas o conceito de beleza de quem disse é diferente do de quem ouviu, e é assim para tudo no que tange o sujeito.

Neste sentido, tanto aqui, tanto no macro, é comum que muitas pessoas “brinquem” comigo, mas eu não tenho, propriamente, reações a isso. Elas brincam, elas falam, elas alegam... o que elas querem com isso, bem, só elas podem dizer. O que sinto disso, nada. Sinto nada pois, não estou passível de ser ofendido ou irritado por qualquer pessoa que seja, senão eu mesmo! Irritar, eu ainda me irrito, ofender, não. Por exemplo, quando não estudo o quanto considero que tenha que estudar, eu irrito a mim. Quando não prevejo todo uma estrutura de discurso de diálogo e alguém entende muito mal, me irrito comigo. Ou quando faço algo que creio, possa fazer melhor e não fiz por qualquer motivo – geralmente por ter que trabalhar.

Então, simplesmente não me importo que brinque ou falem de mim. Com sinceridade não me irrita ou ofende, nem você nem quaisquer pessoas. Da mesma maneira que sinto nada quando elogiam. Agradeço por educação, mas sei que estão elogiando algo que fiz sob os parâmetros deles, e não dos meus. O que fiz, para meus parâmetros, pode não ser suficiente para um elogio meu a mim. É muito raro que eu me elogie, inclusive


(Lágrimas)
(Emocionado)
(Mulher careca nua com uma coleira aparece sendo arrastado por um grifo)
(Duque de Avola me serve mais uma cerveja)


Césare Bórgia > Qual sua opinião sobre a Micro Igreja e seus membros?

Duque de Avola > Tenho uma opinião bastante limitada sobre este assunto, sempre me mantive distante das igrejas micronacionais, por motivos óbvios, e assim, não conheço bem seus membros. O participante que conheço é o Duque de Treviso, por quem tenho grande estima e carinho. Ele sei que é cristão de fato e luta, como todos nós, para ser cada vez mais uma pessoa sem preconceitos e tentando se manter compreendendo o outro. Pois sim, esta é uma luta de todos nós independente de nossos pensamentos. Então posso dizer que há, pelo menos, uma boa pessoa na Micro Igreja.

Entretanto vimos ultimamente que também existem membros que possuem posturas que em nada lembram o cristianismo. E ai vemos um lado da Micro Igreja que pode estar refletindo uma limitação das religiões em geral quando os homens buscam a utilizar como foco de alcance de poder. Então posso dizer que há, pelo menos, uma péssima pessoas na Micro Igreja que pretendem nela nada de cristianismo.


Césare Bórgia
> Uma pergunta pessoal, qual sua orientação sexual? Se define como heterossexual ou homossexual e coisas do tipo?


Duque de Avola > Sabe, “coisas do tipo” faz mais sentido no meu caso! Então, é curioso que esta pergunta nunca tenha surgido declaradamente antes! Não sou de me definir neste sentido, de início posso dizer que, tecnicamente, para fins de dar alguma resposta, eu seja bissexual. Uma vez que não me importo com o sexo das pessoas com quem me relaciono, assim como não me importo com a cor, gênero, raça, origem galáctica (dando uma chance para os alienígenas do Tsoukalos) ou qualquer outra coisa do tipo, resta o rótulo de bi.

Com relação a gênero, a coisa é mais complexa. Não me identifico exatamente com meu gênero biológico, e, atualmente, não ando me definindo como um gênero específico. Como se ter um gênero não seja algo exatamente importante. Não identifico com o gênero biológico e ao mesmo tempo não sei o quando poderia afirmar me identificar com um gênero que não experimentei, biologicamente, ser. É onde surge a complexidade de se identificar com um gênero de maneira apenas íntima e psíquica, e, a partir do pensamento filosófico, perceber uma desimportância na afirmação do gênero em si. Gênero, neste sentido, passa a ter uma importância meramente sócio-cultural, uma vez que posso ser apenas “eu”, e não um “eu-macho” ou “eu-fêmea”. E o “eu”, simplesmente, pode ser ora um, ora outro ou nenhum, assim como os estados de emoção.

(Boquiaberto)
(Puts...)

Césare Bórgia > Em quem irá votar para as eleições legislativas? Já leu as propostas dos candidatos?

Duque de Avola > Inevitavelmente irei votar em quem conquistar meu voto. Nada está definido e vi menos movimentação política que gostaria. Talvez seja até culpa minha por não estar podendo acompanhar de todo, mas não cheguei a ver, ainda, nenhum grande debate, nenhum grande confronto de propostas. Desta maneira o caso é que, neste momento, não conheço suficiente os candidatos para poder decidir um voto.

Sei que há o PNPI com sua tradicionalidade, mas não posso votar motivado pela história. Sei que novatos tendem a querer mostrar mais e mais trabalho, mas não posso votar motivado pela esperança.


(Um barulho atrás de mim me chama a atenção)
(Uma mulher... vestida de noiva......me encara..)

(Amanheci em Treviso, com uma camisa branca, sem shorts, uma cueca box preta e meias azuis)


(Lágrimas enquanto escrevo essa reportagem)




Amigos Italianos, eis a recomendação desse jovem Barão, CUIDADO AO VISITAR AVOLA!!

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11 Jan 2016 22:20 #28509 por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco)
Respondido por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco) no tópico Notícias do Senado
Ótima entrevista, Barão de La Spezia, espero que o talk show venha firme em novas edições.

Att


S.M.R il Re Francesco III Pellegrini d'Italia
Re Costituzionale e Difensore Perpetuo d'Itália
Protettore della Serenissima Repubblica di San Marino e dell'Ordine di Malta.
Duca di Bologna, Catania, Palermo, Torino, Napoli,
Reggio Calabria, Firenze, Taranto, Perugia, Benevento, Aquila e Cagliari.
Duca di Smirna, in Pathros
Duca di Dumfries, nella Scozia
Duca di Cimiez, nella Francia
Duca di Hohendorf, nella Prussia
Markgraf von Greifenberg, nella Germânia
Conte di Porto Alegre, in Piratini
Gran Maestro dell'Ordine di Palermo
Gran Maestro dell´Ordine di Garibaldi
Gran Maestro della Reggia Ordine Italiana dell´Attività Micronazionale
Cavaliere Gran Croce dell´Ordine Sassone d´Alberto, nella Sassonia, Germania
Cavaliere Gran Croce dell'Ordine della Perla Nera, Pathros
Cavaliere Gran Croce del Sovrano Ordine di Merito Militare, Francia
Cavaliere Gran Collana dell'Ordine della Croce di Ferro, Germania
Cavaliere Gran Croce della Più Antica e Più Nobile Ordine di Mandela, in Brigancia i Afrikanda
Gran Collana del Sovrano Ordine Imperatore Carlo Magno, Francia
Cavaliere dell'Ordine dello Sperone d'Oro, Vaticano
Cavaliere dell´Ordine di Le Port, Riunione
Cavaliere Maximae Virtus dell´Ordine Massima di Borbone, Riunione
Cavaliere del Sovrano Militare Ordine di Giovanna d'Arco, nella Francia
Patriarca dalla Famiglia Pellegrini
"Pax, Vita et Honos"
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Líryan Umbria (liryan)

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12 Jan 2016 01:10 #28514 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico Notícias do Senado
Mais um belíssimo trabalho Cesare!
Parabéns ao Li, queridíssimo sempre!

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12 Jan 2016 01:40 #28516 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Notícias do Senado
Só me cabe agradecer à oportunidade dada para falar de mim, de Avola, da história deste Glorioso Reino da qual tenho orgulho em fazer parte!

Cesare é um grande entrevistador (não queria admitir isso). E também é um excelente companhia para uma cerveja (realmente não queria admitir isso!). É um dia triste, morte do Bowie, me identifico demais com Bowie. Mas, é um dia alegre pela entrevista, por tudo isso, pelo Reino.

Cesare, deixo uma ultima dica: entrevista com extra (novas perguntas) e novos detalhes e, quem sabe, uma foto, quem sabe autografada, para vendas em pdf para assinantes exclusivos de sua coluna!

:D

Starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
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Suddita della Corona Italiana
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Nunca subestime as trevas, nelas as sombras manifestam
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