Caverna Filosófica Night Pub

Deixo este vídeo sobre questões reflexivas sobre alguns pontos relacionados a temores sobre falácias da internet, discursos extremos, COVID-19 e pesquisa e investigação de conhecimento. São preocupações externadas de uma estudante de História da Arte de Portugal.

Trabalho é um conceito baseado em alienação para a produção direcionado a ter mão de obra em grande volume para baratear o elemento humano e o utilizar como matéria prima para enriquecimento de instituições e grupos específicos. Existem diversas e diversas "frases inofensivas" que vão preparado o trabalhado para a aceitação de uma cultura de exploração e desigualdade que objetiva o enriquecimento e poderio político daqueles que não trabalham.

Feliz dia do tire a sua camisa para vestir a do seu patrão!

Lendo um periódico no fórum, onde se falou sobre uma "Dama de Vermelho", me lembrei de que, ontem, dia 05, foi o "Dia Nacional da Conscientização das Mulheres, Meninas, Trans e Dois Espíritos Indígenas Assassinadas ou Desaparecidas no Canadá". A lembrança surgiu pois este dia é conhecido como "Dia do vestido vermelho", por lá.

No Canadá as chances de uma mulher ou menina indígena ser assassinada sem motivos ou ser sequestrada, geralmente para se tornar escrava sexual, é 12 vezes maior do que para as mulheres não indígenas. Este ano o Canadá tem registrado também violência contra mulheres transgênero, com assassinatos, e também com indígenas "Dois Espíritos".

É interessante refletir sobre como as bases estruturais desta cultura misógina acontecem em diversos países, uns tem registrado mais alguns tipos de violência, outros registram mais tipos de outras, mas no fim o que tem se observado é que, no fim, infelizmente, só "não está tendo esta violência" onde ela não tem sido registrada. Aqui no Brasil a violência contra mulheres indígenas é um problema absolutamente sério! É interessante saber que são mais de 300 povos indígenas e questões de violência de gênero, transfobia, homofobia e outras violências sobre sexualidade e espiritualidade surgiram na maior parte por influência da colonização e da inserção do cristianismo.

Uma das bases estruturais destas violências, hoje, chamamos de "cultura da masculinidade tóxica". No Canadá parece ai ser muito comum os "man camps", basicamente e de forma muito resumida "grupos de ensinos de masculinidade tóxica". A masculinidade tóxica é bastante sinérgica aos modelos estéticos e de domínio de pensamento colonizador, é integrada ao pensamento de servidão da mulher ao homem, além da depreciação do feminino como um todo, afinal, é "vergonhoso ser a mulherzinha". Esta cultura está sendo apontada pelo maior índice de suicídios entre homens, e é base de toda a violência contra nós, mulheres.

Então trago esta indigesta reflexão, já que no Brasil temos exatamente a mesma base estrutural, e que, assim como, mulheres indígenas, negras e quilombolas estão muito mais vulneráveis às violências sociais, onde assassinatos de mulheres trans está no topo do mundo, e onde as violências contras as mulheres tem subido assustadoramente. Então, imaginando que vocês tenham mães, filhas, esposas, irmãs, ou amigas... enfim... Deixo ai a reflexão, que é sobre a cultura que formam vocês, afinal!

Tenho tentado pensar algo leve para abordar aqui, mas, é... tá foda! Então assim, menos pesado que pensei. Foi falado sobre a questão do humor, e periódicos humorísticos. Mas já notaram que quase toda a base do humor da sociedade brasileira se dá a partir de pejorativo a características físicas ou nichos sociais, ou étnicos? Muita pouca gente no Brasil consegue aquele humor ácido reflexivo. Quase a totalidade do humor se dá por explorar de forma pejorativa e ofensiva questões corporais, síndromes, peculiaridades físicas, raciais, étnica, de localidade geográfica elevada ao pejorativo. Então, é humor para quem?