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QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA

  • Fernando Orleans (fernandoorleans)
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28 Ago 2014 13:52 #23967 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA


Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!


Luiz Fernando Veríssimo


SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini 
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29 Ago 2014 14:21 #23982 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA



O homem trocado


O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de
recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.
- Eu estava com medo desta operação...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...
E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca
de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de
orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos
redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou
com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não
soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
- E o meu nome? Outro engano.
- Seu nome não é Lírio?
- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não
fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na
universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês
passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
- O senhor não faz chamadas interurbanas?
- Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram
felizes.
- Por quê?
- Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas
que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico
dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma
simples apendicite.
- Se você diz que a operação foi bem...
A enfermeira parou de sorrir.
- Apendicite? - perguntou, hesitante.
- É. A operação era para tirar o apêndice.
- Não era para trocar de sexo?


Luis Fernando Veríssimo


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15 Mai 2015 02:32 - 15 Mai 2015 02:34 #25958 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA



Pranto da Madrugada
Consuelo Pondé de Sena



Desde que passei a conviver com essa “pulmonite”, comecei a experimentar novas e desagradáveis emoções, antes jamais por mim sentidas. Doença terrível que me tolhe o tônus vital, deixando-me diferente do que sou, ou fui.

Não tenho certeza de que voltarei a ser a mesma, porque senti na pele a fragilidade da nossa condição humana e me sinto outra pessoa.

São esquisitos estados d’alma, que me deixam aturdida, porquanto não os identificava como próprios do meu espírito. São situações muito novas, jamais pressentidas. Mesmo porque, não é fácil se imaginar o desconhecido.

Que está havendo? O que está se passando? Confesso que não sei responder o que, de novo, se introduziu na minha vida, deixando-me com uma sensação de que sou outra criatura.

Mudei o couro? Penso que, de certa forma, sim. O camaleão não passa por esse processo? Transfigura-se para ser confundido? Sei lá! Dentre milhares de pensamentos desordenados, que povoam meu cérebro está a referida festa, que me deu tanta alegria. Vesti um lindo traje vermelho, que foi muito apreciado por homens e mulheres. É que a cor me fica bem e todos gostam quando a uso. Este ano, a festa vai acontecer na quarta-feira. Bom dia, porque no meio de semana.

Realmente, estou recordando que a festa do aniversário do IGHB, no ano passado, foi uma beleza. Muitos convidados, sócios, visitantes, homenageados, condecorados com a Medalha Bernardino de Souza. Como sou “pidona” vou pedir uma ajuda em dinheiro para ajudar nas despesas, que não são muitas, mas oneram a Casa, ora em processo de mudança de rede elétrica, que o IGHB ganhou, da Coelba, no “Faz Cultura”.

A Casa da Bahia completou 120 anos. Quis o acadêmico Cajazeira Ramos, da ALB, fazer-lhe uma oferta muito especial. Arrecadou dinheiro, no que foi criticado por algumas pessoas, incapazes de gesto semelhante. Obteve o dinheiro para encomendar o bolo, como era do seu desejo. Um bolo de nozes gigante, que ocupou o mármore inteiro da mesinha redonda antiga. Nem meus médicos podem fazer previsões.

Penso que esse fato, relacionado com outras preocupações pessoais, fazem com que, em plena madrugada, diria mesmo dormindo, acordo chorando sentidamente.
Branca, a moça que me assiste, no período noturno, tenta me consolar, usando palavras carinhosas de alento.

Aos poucos, vou respirando fundo, tentando debelar o choro reparador. Choro que me alivia a alma e desafoga a mente, livrando-a de outras interferências. Espero que as autoridades oficiais compareçam ou mandem seus representantes. A festa dos 121 anos da instituição cultural mais antiga do Estado deve merecer o apoio de todos os baianos. Por outro lado, no seu último pronunciamento no IGHB, o representante do governador Jaques Wagner, Ubiratan Castro de Araújo, declamou enfático ser a instituição “o verdadeiro Museu da História da Bahia”.

Assim, serenamente, aquietada dos meus temores, vou, aos poucos, retomando o sono e dragando a emoção.

Na manhã seguinte, acordo lépida e não parece que senti algo diferente durante a noite de tristeza. Emoções genuínas são eficazes para a alma cansada, cheia de sentimentos.
Quem me conhece sabe que sou um vulcão em erupção. As lavas que derramo são águas escaldantes da minha “caldeira” interior. Pois, apesar de ser do “grito” de Terra, Capricórnio, sou ígnea. Gosto do fogo e de suas vibrações. Fazer o que se nasci assim?

O pranto da madrugada é uma válvula de escape. Penso ser necessário para restabelecer o que foi “mexido”, bem fundo, bem dentro de mim. Traz de volta tudo que tentei disfarçar, dissimular, para não fazer flutuar os meus desapontamentos, as minhas decepções, as minhas frustrações.

Esse “pranto da madrugada” é algo que apareceu, há pouco tempo, no curso dessa enfermidade. Se vai permanecer comigo, não sei responder. No momento atual me traz muito alívio, disso tenho plena noção. Que fique, portanto, comigo neste momento de tanto sofrimento e de dor.


SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini 
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Last edit: 15 Mai 2015 02:34 by Fernando Orleans (fernandoorleans).

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  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
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08 Set 2015 19:50 #27161 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA
SILÊNCIO

Está bem. Confesso que as vezes sou um frouxo. Deixo de falar certas coisas e me arrependo por não ter tido a coragem de tentar. Talvez queria que ela tivesse a qualidade sobrenatural de entender o que digo por trás de cada gesto meu. Talvez explorar ainda mais essa qualidade intuitiva que as mulheres possuem. Como diz Fernando Sabino: “Todo mundo tem dois olhos para ver, que coisa estranha. É preciso ver a realidade que se esconde além, onde a vista não alcança”. Rubem Alves também já tinha dito: “O essencial se encontra fora das palavras”. No entanto, esqueço que ela deseja não só ser entendida, mas também deseja ser acariciada com palavras sinceras. Nada de rodeios, meu caro amigo, desde que seja uma conquista com propósito claro! Exigir tamanha qualidade dela é um forma egoísta minha de não buscar perseveramente o que realmente toca meu coração. No final de tudo, não se deve confundir silêncio com omissão. Pois, para John Powell, “Para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer”. Eu vou dizer, querida. Talvez já até disse antes, em outras palavras. Quer que eu repita?

Autor desconhecido.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos

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Moderadores: SA Neimar Bionaz (neibionaz)