CARTAS AO REI DA ITÁLIA

À SUA MAJESTADE, O REI FRANCESCO III

Augusto Rei,
Esta carta, diferente daquelas de outrora, não trás uma ideia ou nova proposta. Infelizmente é resultado de problemas antigos e gostaria que Vossa Majestade pudesse ser alertado.

Ocorre que no que tange o processo eleitoral, a postura de Sua Exa. o Magistrado Maior expôs a validade das decisões decorrentes de seu cargo quanto à isonomia. Na verdade, o Duque deixou-se levar por vaidades pessoais e a ânsia de apontar um erro, ridicularizar, prejudicar e tripudiar sobre este que vos escreve quando realmente eu cometi um ato falho. Tal atitude, entretanto, não convém a alguém em sua função, tão pouco a um Duque pelo simples fato de em nada contribuir à Italia.

Não é de hoje que me queixo de algumas ações que já tornaram-se folclore em nossa micro como tema de piadas de muitos, inclusive do próprio sobre seu temperamento ácido e alguns desequilíbrios, com o devido eufemismo. Acontece que tal comportamento ofende, aborrece, e afasta pessoas de nosso convívio. Quantas iniciativas acovardadas por queles que deveriam dar o exemplo, encorajar e orientar, mas sei que isto não me diz respeito.

Fato é que ao notar meu erro, o Magistrado Maior não me alertou, não alertou ao Partido, mesmo sabendo que desta forma inviabilizaria o processo eleitoral. Este comportamento gerou consequências negativas que poderia ter sido evitadas. Não obstante, a Suprema Autoridade Judicial apressou-se em conflitar-me em todas as minhas falas no tópico de debates sobre as propostas do PNPI, partido ao qual fui filiado. Fazendo isso, S.A. Duque Líryan registrou ciência de que eu desejava concorrer às eleições e não nos alertou e mostrou-se nosso opositor. Líryan também não se pronuciou sobre a candidatura de Cesare mesmo sem ter Vossa Majestade se pronunciado quanto ao número de vagas ao Senado e sem o Ministério da Imigração ter-se manifestado quanto aos direitos políticos.

Líryan mostrou-se extremamente seletivo em seu julgamento. Com uma lupa buscava ciscos para prejudicar minha candidatura, mesmo ao custo de punir aqueles que me apoiavam e deixou escapar duas traves: o não cumprimento do rito e acima de tudo, a questão dos direitos políticos.

Tal situação coloca em risco a segurança jurídica de nosso Reino. Afinal, temos um Magistrado Maior? Esta experiência deve ser observada pela próxima Legislatura para avançar em um sistema de leis e processos que permitam fiscalização das ações do MM, inclusive o impeachment nestes casos. Certamente isso é matéria para uma CPI. Ou ouve dolo ou despreparo, de qualquer forma não podemos ser julgados desta forma.

Não confio neste Judiciário!!!

Apelo a Vossa Majestade que assuma ao menos temporariamente a condução do Processo Eleitora, uma vez que claramente o MM é contrário à minha candidatura. Uma vez que ele já manifestou suas impressões a respeito da minha candidatura, não pode mais avaliar-me juridicamente, uma vez que vejo-me pré-julgado e condenado. Líryan tentou no debate me desestabilizar e, não tendo êxito veio a cartada final, o uso do cargo público, a canetada. Mas a situação do Cesare lhe desmascarou. Se a preocupação do MM fosse a Lei ele deveria ter agido bem antes.

Apresento minha petição não somente por mim, mas pela democracia tão rica e cara nesta micronação.