Por que votamos em partidos e não candidatos?

Discordo.

Não estou propondo a possibilidade de votar três vezes na mesma pessoa, se é o que você estendeu. Não estou propondo uma anarquia eleitoral... isso pode (e deve) ser mais trabalhado, apenas quero propor uma revisão no sistema.

Não entendo como quer que os políticos surjam, quando o que interessa é o partido/sigla/legenda/coligação. Se queremos que os políticos apareçam, temos que dar espaço pra isso.

Vou usar como exemplo o sistema eleitoral dos senadores macro: na última eleição, teve dois candidatos de cada legenda; sendo, de todos os candidatos, dois senadores eleitos. Votamos em dois senadores diferentes, independendo do partido. Há um "ranking" de votos, se um senador eleito cair fora, entra o primeiro desse ranking no Senado.

Veja os fatos, seu poderia escolher os três senadores que iriam ocupar os cargos. E com mais votos, a dificuldade de ocorrer empate é maior.
Na última eleição, tivemos 15 cidadãos que podiam votar, isso quer dizer 45 votos pra quatro candidatos (lembrando de que cada eleitor teria que votar em três senadores diferentes; ou anular votos, se preferir).

Caríssimos, continuo não concordando com o modo eleitoral que temos, pois não tem a emoção de ter vencedores e perdedores, coisa comum na política, motivo pelo que muitos do que aqui adentram não se interessem tanto pelo assunto. Claro que uma possível mudança só vai acontecer na legislatura. Espero que esta 7ª, seja madura e coerente e vote as medidas necessárias.

Att.

Marcos,

Entendi sua colocação desde o início sobre um eleitor votar, ao mesmo tempo, em candidatos diferentes. Eis o motivo de ter a considerado anti-ética em função de que um eleitor passaria a não ter identidade política. Não creio que seja anarquismo 15 eleitores gerarem 45 votos, é apenas uma matemática absolutamente desnecessária que geraria na prática um conflito que muito provavelmente impediria a realização efetiva de uma eleição. Sem falar na ausência de identidade política, moral e ética dos eleitores..

Sobre sua colocação sobre o espaço a políticos, veja bem, somos uma nação onde qualquer cidadão pode simplesmente se lançar como político e candidato, tendo ou não partido. Somos uma nação onde qualquer cidadão pode fundar, se quiser, seu próprio partido se lançando por ele, se eventualmente desejar. Somos uma nação onde há liberdade para coligações entre partidos, coligações entre candidatos independentes, coligação entre independentes e partido! De maneira que não há, no sistema, nenhuma desculpa para o não surgimento de políticos que não o desinteresse próprio, pessoal, em assumir-se como tal.

É o que mais acontece mundo afora, as pessoas não possuem consciência do sistema que possuem e das possibilidades que este sistema assegura, e já pensam logo em modificar o sistema. Mas não se ocupam em conhecer de fato a estrutura daquele sistema que possuem pela frente.

Então eu pergunto, qual é a falta de liberdade que há para que um cidadão se manifeste como político? Ninguém é obrigado a se manifestar por partido! Não há burocracia para se criar partido, não há nenhuma barreira para que alguém simplesmente se assuma político e se efetive como tal, sem partido. Então eu realmente gostaria de saber onde está o “problema” no sistema que impede então o surgimento de políticos.

E esta ultima eleição tivemos um exemplo prático desta liberdade. Um cidadão simplesmente se manifestou candidato e concorreu de igual com partido e coligação. Tudo que este cidadão precisou fazer foi ir a fórum público e efetivamente postar que era candidato e concorria. Sinceramente, não há como ter em sistema algum, liberdade maior que esta.

E com todo respeito à sua pessoa Marcos, nossa política macronacional, que em sua ultima manifestação de democracia elegeu o Tiririca (entre tantas outras pessoas despolitizadas e despreparadas para lidar com o Estado), em absoluto, jamais servirá de bom exemplo para qualquer sistema ou meio que seja.

Não há como dar mais espaço para um político aparecer que o que já temos, simplesmente por não termos nenhum empecilho, nem uma única barreira! Não há nenhuma barreira, absolutamente nenhuma barreira no nosso sistema que impeça uma pessoa a “aparecer como político!”. Se os cidadãos italianos não aparecem como políticos é por que não querem. Pois o Estado Italiano, a Justiça Italiana e o Sistema Político Italiano, não levantam nenhum, absolutamente nenhum tipo de barreira a isso.

Agora, se o candidato só aparece no dia da eleição, se o candidato não tem um acompanhamento contínuo da política italiana, se o candidato não manda e-mails para seu eleitorado, se o candidato não mantém um fórum sobre suas propostas, se o candidato não as debate com seu eleitorado, se o candidato não conhece as leis, não conhece o sistema e não se faz presente politicamente, não é um defeito no sistema.

Isso de falar que a política italiana não caminha por que há voto na legenda, é conhecer pouco demais o sistema político italiano.

Sua Graça Barão de Treviso,

De fato lidamos com este problema, apesar de atualmente termos tido um "perdedor" nas eleições.

Acontece que é complicado, temos tido em nossas eleições números de candidatos iguais ou inferiores a números de vagas! O que, dentro de nossos sistema, defenderei até o ultimo momento, é uma questão oriunda do interesse popular.

Como vamos ter a emoção da vitória ou da derrota, em uma eleição, se o que vem acontecendo é a necessidade de manifesto da Magistratura para completar as vagas?

Temos uma lei que garante pluralidade senatorial, temos total abertura no Sistema para que qualquer cidadão efetivo se lance candidato, temos míseras três vagas no Senado (pois não tem como ter menos que isso) mas não temos, em uns 14 súditos, 7 que se disponham a publicar suas candidaturas no fórum e então brigar por uma vaga no Senado! Como vamos ter eleições emotivas se não temos gerado número de candidatos para possibilitar emoção na concorrência das cadeiras?

Mas é pra ter mais motivação na eleição que proponho isso!

Se pudermos votar nos candidatos, teremos candidatos falando por si próprios, mostrando o que querem no Senado. Com o atual sistema temos os partidos falando pelos candidatos.

O único candidato que vi chegar na Piazza del Papolo e mostrar suas proposta, foi o Murilo. Não sei se notou, mas ele concorreu sem partido, sem ter alguém pra fazer a campanha por ele.

Não estou querendo que o Reino não tenha partido, mas quero que os candidatos tenham espaço pra poderem fazer o que tanto pedem, aquela tal da atividade na hora de fazer a campanha política.