O X DA QUESTÃO

Na verdade, a questão do "juiz ser o denunciado" não cabe. O artigo 16º do Regimento Interno diz: Caberá ao Corregedor do Senado apresentar denúncia de quebra de decoro ao Presidente do Senado, que julgará e proporá a pena a ser aplicada, sendo facultativo este dispositivo quando o denunciado for o próprio Presidente.

Como o Senador Samuel assumiu a condição de Presidente da Casa na ausência do Senador Rafael, o responsável pelo julgamento do Processo se torna o Corregedor.

Fiz uma consulta ao Magistrado sobre a data final da Legislatura. Caso não tenha findado, o processo ainda segue.

Temos um lapso entre teoria e prática. A partir de sua consulta, já respondida, creio que esse lapso seja extinto.

É triste a referência, mas creio ser bem justa. Não sei se as semelhanças entre a política macro brasileira e a micro italiana refletem um mal maior ao Brasil ou ao Reino da Itália. Por um lado vemos um país continental sendo regido por políticos que se comportam como praticantes de um hobby virtual e, por outro, vemos colegas praticantes de um hobby se comportando como políticos bandidos macro.

Não quero aqui me eximir das minhas responsabilidades em relação aos fatos em que sou envolvido, nunca fiz isso. Mais uma vez, a vida micro imita a macro.

Diversas vezes estive envolvido em assuntos delicados e situações bem desagradáveis e enfrento meus "processos nos STF da vida". Assim como em Brasília a ofensa originária é, muitas vezes, ignorada e a única peça processual considerada passa a ser a resposta a ela.

Assim como em Brasília, temos poucos meios de coibir e punir cusparadas e acusações infundadas. Os políticos não ligam, nem se constrangem em serem apresentados aos conselhos de ética e aos tribunais. Fazem as piores baixarias e a despeito da ética, da moralidade e das normas legais, afirmam continuar fazendo.

Vemos casos como o julgamento da chapa Dilma/Temer e o de Aécio neves, com provas latentes e os arrolados agindo como se nada tivesse acontecido. Infelizmente por mais absurdo que sejam, se repetem na nossa micro.

Nesse período em que tenho estado mais afastado, tais semelhanças entre Roma e Brasília me tem chamado muita atenção. Enfim, por hoje é isso. Espero poder em uma próxima edição, trazer novos horizontes.

Parabenizo o Exmo. Sr. Corregedor do Senado Real pela conduta referente ao processo disciplinar que envolveu seu colega. Creio não ter sido uma situação confortável, contudo o Sen. Miguel agiu sobre os fatos e não deixou que o episódio interferisse em suas atividades parlamentares.

Miguel fez o que estava a seu alcance e espera-se agora que as coisas mudem no Reino da Itália. Contudo, revelou-se a necessidade de leis mais firmes e claras a esse respeito. Nossas leis devem descrever a Italia que queremos e nossas autoridades devem representar a Italia que somos.

Essa decisão reforça o que de melhor temos, somos e queremos: o bem vencendo o mal, a verdade vencendo a mentira. Por fim, a paz, fruto da justiça.

Engraçado, você desfilou ódio e veneno, conspirou e acusou constantemente nos últimos meses e agora que se registar como paladino da justiça.

Uma completa vergonha, deveria se envergonhar, o mínimo a se fazer.

EXCELÊNCIA,

att