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O X DA QUESTÃO
- Valdinei Martins (valdineivmjo)
- Autor do Tópico
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- Muito Experiente II
Caro leitor, o artigo a seguir foi originalmente elaborado para compor uma série de a respeito do sistema político italiano, que seria publicada no Periodico dell'Italia sob o título “Os Três Poderes”. A qui falaremos sobre suas atribuições constitucionais, descreveremos suas funções e indicaremos nosso pensamento em relação ao assunto. Creio que não seja necessário e não caiba neste projeto tratar sobre os assuntos relativos à Coroa, o que pode ser abordado em outra oportunidade.
Como sabemos, a Italia é uma Monarquia Constitucional (semi-Parlamentarista). Esta forma de governo que substituiu o absolutismo do final da idade média, confere ao Monarca o status de Chefe de Estado e Moderador. A Administração Pública fica à cargo do Chefe de Governo e limita-se, basicamente, à aplicação dos recursos públicos internamente. As políticas de longo prazo e as relações internacionais competem à Moarquia. Temos ainda o Poder Legislativo com representantes eleitos pelo povo, admitindo-se ou não a indicação de membros por parte da Coroa, que tem como ofício principal criar, discutir e votar as leis e o Poder Judiciário que, obviamente, tem o papel de assegurar o cumprimento das leis e julgar.
De forma equivocada costuma-se dizer que os três poderes são independentes, o ideal seria dizer que eles são soberanos e harmônicos. Não há submissão de um poder em relação aos outros, todos cooperam e se fiscalizam entre si.
No ambiente micronacional contamos com a descontração e a camaradagem de estar entre companheiros no hobby e isso, felizmente, supera as necessidades de ferramentas e pessoal para um sistema político mais eficiente. Entretanto, para que haja equilíbrio e se evite excesso de poderes a um em detrimento dos demais, é necessário que se estabeleçam regras de que delimitem cada Poder e suas inter-relações.
A meu ver, na Italia temos o Senado como o poder com melhor definição, seguido do Executivo e com vaga referência sobre o Judiciário. Por isso iniciei o texto dizendo que somos uma Monarquia Constitucional (semi-Parlamentarista). Temos maior acesso e participação popular no Senado do que no Executivo ou no Judiciário. Enquanto os Senadores são candidatos do povo eleitos pelo povo, os Ministros são nomeados pelo Rei e o Magistrado eleito pelos Senadores.
O Senado como instituição, me parece mais amadurecido e com mais claras condições de exercer seu papel discricionário. Votando as indicações Reais, discutindo e apresentando leis, Emenndas, entre outros. Os direitos e limitações do Poder Legislativo são amplamente listados na Constituição e nas leis complementares.
Precisamos preencher as lacunas referentes ao Executivo e ao Judiciário para que estes possam exercer de forma mais regular pró-ativa suas funções e, por fim, as interações dos Três Poderes reflitam claramente esta mútua soberania e harmonia.
BARÃO DE POZZOMAGGIORE
Magistrado Maior
17º Presidente do Senado Real
1º Presidente di AIRI
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Diretor da Rádio Micronacional
Azionista di Bolsa de Valores e Cambio
Súdito da Coroa Italiana
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
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Precisamos de mais conteúdos desse tipo aqui na Itália.
Att
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Ao abordar o Poder Executivo, faz-se extremamente necessário falar sobre o Estatuto Eleitoral. O Poder Executivo é aquele que tem a sua atuação mais próxima à vida diária da micronação. Os serviços essenciais como a Diplomacia, a Imigração, a Economia e por muitas vezes o Esporte, a Cultura, o Turismo, entre outros.
Hoje, além da restrição de pessoal, o rito para composição do Governo repetido três vezes por ano prejudica muito a execução dos serviços à nação.
A nova legislação, que prevê um calendário prefixado para todo o processo eleitoral e amplia o tempo das legislaturas, oferece ao Poder Executivo a oportunidade de se preparar para as transições e minimizar o prejuízo dessas paralisações.
Não são raros os casos em que uma legislatura termina sem que, se quer tenha sido iniciado o processo de sucessão. Desta forma cria-se um hiato até que o novo Senado e o novo Governo sejam compostos.
O calendário fixo e estendido permite a articulação política entre os Três Poderes, em especial Executivo e Legislativo que podem, já na indicação ministerial, discutirem as prioridades naquele período e viabilizar um o serviço do outro.
Desta forma o Poder Executivo pode dedicar-se além das questões de Estado, como Chancelaria, Imigração, Registro de PF e PJ, e RBI, como basicamente ocorre hoje, mas atuar mais efetivamente na Cultura e na Economia.
Infelizmente, pouco temos avançado em relação às Comunas e Famílias, há pouco de nossa história cultuada e propagada, há pouco incentivo público de nossa cultura, de nossos periódicos... De certo, essas áreas são prioritariamente de iniciativa privada, mas o incentivo, a coordenação e promoção podem e devem partir do Governo.
A comemoração de datas importantes, a criação de concursos, o incentivo àqueles que financiam projetos artísticos e culturais, a promoção não só da micronação, mas do seu povo, no exterior... Tudo isso cabe ao Governo não fazer sozinho, mas liderar, ser a locomotiva que indica o caminho e impulsiona.
Creio que este é o desejo de todo aquele que assume um cargo ministerial e é papel de cada um italiano estimular politicamente e daqueles investidos de cargo público, viabilizar os meios necessários.
BARÃO DE POZZOMAGGIORE
Magistrado Maior
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Interrompo minha série teórica sobre OS TRÊS PODERES para tratar aqui sobre uma questão prática em uma democracia, sobretudo uma monarquia.
Como é de conhecimento público, a 17a Legislatura reestruturou nosso sistema eleitoral e eu na condição de presidente cometi o erro técnico de não atentar para o Art. 30 da PL que deveria ser contemplado naquele pacote.
Exatamente isso, um erro técnico. Erros técnicos quando não tratados de forma adequada e ponderada causam grandes problemas. Recordo que nas eleições para a 17a ocorreram erros dessa natureza e geraram várias consequências, as mais graves recaíram sobre o atual presidente do Senado. Àquela altura eu fui se não o único, o mais insistente no sentido de contornarmos a situação e abrandarmos as consequências. Infelizmente, tivemos um candidato cassado, um súdito afastado e eu insisti em denunciar aquela injustiça.
Hoje vejo a história se repetir. Alguns personagens alterados, outros apenas mudaram de posição. A meu ver, aqueles que hoje ocupam o Senado Real Italiano cometem uma gravíssima injustiça não contra uma pessoa, mas contra aquela instituição e contra a nossa democracia.
Dada a tamanha confusão que foi aquela eleição os senadores da 17a decidiram, como já postei anteriormente, priorizar o sistema eleitoral, o que demandou alguns ajustes e alterações. Enfrentamos problemas antigos e atendemos a uma necessidade urgente. Não foi ali uma questão de gosto, opinião ou estética.
Uma marca naquelas alterações que em muito as difere dessas que os atuais senadores apresentam é a apresentação prévia delas durante o processo eleitora. Eu mesmo com candidato do PNPI e depois independente propus mudanças e fui encorajado por uns e criticado por outros, mas segui fiel aquilo que acreditava.
Entretanto, no desenvolver do mandato privilegiava-mos o debate em plenário e, ao contrário do que se diz injustamente, não havia segredo sobre os assuntos tratados no Parlamento. Havia sim o sigilo do voto pessoal dos senadores.
Surgiu durante o processo a preocupação em relação ao interesse público sobre duas das questões discutidas. Havia àquela altura uma resistência a esses pontos, e o Senado escolheu, como não poderia ser diferente, ouvir a vontade popular. Fizemos então as duas Consultas Públicas não apenas para votar, mas discutir e argumentar sobretempo das legislaturas e escolha do Premier ambas terminaram empatadas.
Mais importante do que o resultado, uma vez que se manteve o impasse foram os argumentos apresentados. O Senado encontrou estas propostas quando buscava solucionar os problemas vividos e mencionados acima. Ao consultar aos cidadãos pedimos àqueles que discordavam que nos apresentassem alternativas para adaptarmos nosso projeto. Não foram apresentadas.
Agora temos uma Legislatura revirando o trabalho da outra repetindo um vício dos mais degradantes conhecidos na política brasileira. Ignorando as discussões e o trabalho anterior, não se dando o trabalho de ouvir seus antecessores, não consultando os demais. Até no Senado se vê pouca deliberação sobre os assuntos votados. Vemos sim um desespero para em quatro meses aprovar o maior número possível de projetos sem se preocupar em executar o que se tem, sem se preocupar se o mesmo processo se repetirá na próxima legislatura, sem considerar um pedido claro e reiterado de S.M.R.
BARÃO DE POZZOMAGGIORE
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Respeito sua coluna, acho interessantíssimo qualquer postagem dela e não poderia deixar de vir aqui contribuir, mesmo que seja ela construída subjetivamente sobre um contexto do qual não estamos inseridos.
Jamais poderia aqui dizer que é uma completa loucura você dizer que eu, Miguel e Rafael cometemos injustiça contra o senado e contra a nossa democracia. Penso ser impossível mudar opiniões ''sacras'', paradigmáticas e totalmente subjetivas. Além do mais acho que tem direito de reclamar, como todos nós.
Penso que democracia é como uma balança ou um pêndulo; a balança vai medir entre o institucional do que é legal no ponto de vista da Lei ''ser senador e o que pode e tem direito de fazer no cargo'' e o que é ''discurso ideológico ou de preferência em algumas politicas públicas, quem pode sim ser debatido, errado ou certo no ponto de vista de cada um'' para se medir o peso e indicar o caminho a se seguir. Outro é o pêndulo, que eu pessoalmente acho mais apropriado quando falamos de Politica e Sociedade. O pêndulo é a teoria do movimento pendular, um processo oscilante entre a 1ª opção e 2ª opção do citado no exemplo da balança, se o pêndulo está oscilando para a 1ª ela exclui a 2ª e se o pêndulo está para a 2ª ela exclui o 1ª.
Tudo isento, sem culpa, correto e legal.
A democracia não é perfeita, na verdade é um saco, mas ela funciona assim e funciona bem comparada as outras que existem.
Só uma coisa eu queria elucidar por que você cometeu um engano, S.M.R aconselhou a não alterar a Prima Legge, nem nessa nem na anterior e nem em todas as ultimas.
Eu defendi do ponto de vista técnico legislativo que o modelo Italiano impede que não exista modificações em emenda constitucionais, mas enfim, cada um se balança como quer.
O conselho do Rei era não alterar a Prima, concordamos, estamos devolvendo a redação anterior que é um ponto que o Rei aconselhou também, 4 meses de legislatura, como era antes de ter sido mexida.
Mas veja, não entenda nada disso como algo pessoal, não penso que sua crítica a técnica legislativa vigente seja também pessoal, vejo tudo como conflito público e a solução se chama Democracia.
Aliás, não posso deixar de comentar, a Democracia é um porre, mas é melhor ressaca democrática do que uma ressaca autoritária. (Minha frase moderna de bar baseada na do PM Churchilll. )
Abraços
att
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