Manifestos Umbrios

Então,

Não creio que o Fernando vá ter grandes problemas na Magistratura, mas de toda forma, ele conta com meu apoio incondicional! Quanto a outros guias, ah, não vamos ser tão bonzinhos! Este ai é a "amostra grátis" demais assessorias serão cobradas, em liras! Façamos a roda girar afinal!

Praticamente não temos pessoas aptas a serem senadoras, temos pessoas que em alguns momentos estão senadores. Isso não faz delas aptas. O mesmo para os cargos, todos eles. Mas isso também não significa que estas pessoas estejam erradas ao estarem ali. O que acontece é que nos ministérios e demais postos governamentais, é compreensível que se entre e vá aprendendo, vendo o que fazer. Isso é absolutamente natural no micronacionalismo. Agora, o Senado é outra história.

A partir do momento que temos partidos políticos, que são criações individuais, privados... Ai é outra história. A cobrança é outra! Estar preparado para um Senado, e entrar nele com um preparo básico é muito diferente de cair na Araldica e ir "descobrindo como funciona". Mas, de qualquer maneira, um grande ponto é não prepararmos nossos súditos, não os acolhemos, não os transformamos. Este é, talvez, o maior defeito da Itália.

Iniciativas colaborativas e voltadas para grande porte veem falhando em encontrar uma solução para isso. Acredito, hoje, dentro de nossa realidade, que a solução se encontra em nós, indivíduos, pequenas instituições, no sentido de cada paterfamílias realmente olhar para os seus parentes e os ensinar. No sentido de cada partido realmente cobrar e ensinar seus afiliados. Por isso creio que ninguém poderia simplesmente entrar no Reino e criar uma família, deveria antes, pertencer a uma. Nenhuma família poderia ser criada por alguém que não fosse nobre, por exemplo, já que dentro de nosso sistema a titulação é sinônimo de experiência e realizações concretas. Igualmente, para os partidos.

Mas são coisas a se mudar ao longo do tempo, onde cada um tem que sacar sua responsabilidade e ir de encontro a ela.

Alteza,

Concordo quanto a preparação. No entanto, só faço uma ressalva. Esta preparação tem de levar em conta a vontade e o interesse dos súditos de participarem da vida política. Não adianta querer ter uma política movimentada com uns poucos fazendo o que acham convenientes.

Não só os partidos, mas o povo e a própria Magistratura tem a obrigação de cobrar dos senadores os resultados e as regras esperadas. Quando todos eles faltam a este compromisso, ai mesmo que fica complicado falar em preparação. Se quem está no Senado não está preparado para o cargo, então ninguém está, pois ninguém questiona, ninguém fiscaliza e ninguém diz nada. E quando diz, são calados por ai. Isso já ocorreu aos montes. E digo mais, a política é uma ação do povo, aonde o povo decide o que quer para o Reino e para si. Se você engessa esta ação do povo, você engessa o Reino. E isso é indício da morte da micronação.

Temos de ter, acima de tudo, um povo preparado para o DEBATE político. Este é o problema. Se todos que já passaram pelo Senado (incluindo os que hoje criticam o Senado e os súditos) estão no mesmo bolo de despreparo que tantos outros, então o problema é engajamento e não preparação. Falta o povo se manifestar com aquilo que se quer. Muitas vezes a lei não recepciona momentos imprevistos. O que fazer numa situação que a Lei não diz nada? Ai que entra o engajamento do povo!

Att,

Caríssimo,

Palavras para a posteridade: uma pessoa cheia de vontade mas vazia de preparação causará apenas o desastre, ao passo que uma pessoa vazia de vontade mas cheia de preparação pode realizar coisas muito importantes quando necessário for.

O cume da minha montanha do desgosto é justamente a política ainda ser exercida pelo povo tal como é hoje no macro, no micro... É incrível termos tantas provas disso ser ineficiente e ainda isso ser o que há de menos pior, significa um abismo, significa não termos nada melhor do que isso, que é fraquíssimo!

Nunca disse que sou mais preparado para o Senado. O que eu digo é que eu cometi faltas menos grosseiras. Não significa, entretanto, que não tenha errado, que não tenha falhado. Tanto que como Senador estou sendo cassado no Senado, e acredito sinceramente que deveria sê-lo em razão de minhas falhas ali. Sei que talvez jamais iremos colocar alguém no Senado plenamente capaz, mas precisamos colocar pessoas que não cometam erros tão graxos, tão graves, tão primários. Este é o ponto foco do problema.

Li,

Se o povo não se auto-educa através da experiência, ai mesmo que nada muda. Não dá para esperar que um anjo caia do céu e mostre os caminhos dignos da política para todos. Não é assim que funciona. Dar liberdade ao povo é o melhor caminho para este povo se auto-preservar. No caso do Reino, precisamos entender que se a gente engessa a participação dos membros, principalmente no tocante a política, a gente impede que os súditos se eduquem e que o Reino, como um todo, melhore.

Claro, é importante que haja certa segurança jurídica no Reino, para preservar o mesmo de novatos que entram aqui, fazem uma algazarra e depois saem para outro Reino ou para fundar sua micronação. Sou a favor de esperar algum tempo até que um súdito seja elegível. O que estou falando é de participação mesmo. Só teremos debates políticos se as feridas forem tocadas, se os partidos brigarem pelo o que acreditam e se nós, como temos feito em vários tópicos, mostrarmos as diferentes visões de um mesmo fato. O que estamos fazendo agora, Li, é educar a nós mesmos. Os erros que o Reino possui só se mostraram porque um evento deixou latente as falhas do nosso sistema legal. Mostrou os buracos negros e pontos cegos. São as crises que nos educam e não os momentos de bonança.

Enfim, resumindo como eu penso, acredito nas pessoas. E só elas podem mudar algo, através da própria experiência e das próprias ideias. Já disseram uma vez que para mudar a sociedade é necessário mudar o indivíduo. Então, é nisso que acredito. E de maneira geral, concordo com você em um ponto: todos nós, sem exceção, estamos no mesmo bolo.

Att,

Na condição de eleitor venho por este manifestar em caráter político uma decisão que tomei inspirado por meu ultimo texto, publicado no Cronache d´Avola, que vocês podem ler:

Eis o manifesto: a partir desta data, eu, enquanto eleitor deste Reino, não mais votarei partido, qualquer que seja, que indique como candidato à uma vaga ao Senado, pessoa isenta de experiência e realizações efetivas de bom trabalho em algum ministério.

Sei que neste exato momento vocês, partidos do Reino, confortáveis com suas eleições garantidas em vossas legendas, irão rir de mim! Porém, tenham em mente que no atual cenário político do Reino, se surgir algum outro partido, uma oposição, quem sabe. Ou se alguém se lançar candidato sem ser partidário, ou ainda se alguém se lançar candidato para votar em si mesmo e ter o voto de seus familiares e ver no que dá, com o nosso número de eleitores, meu voto pode passar a ser decisivo.

Atenciosamente.