Majestade,
Demais autoridades,
Camaradas,
Com atraso, mas não sem a mesma alegria, encaminho esta breve mensagem de congratulações ao Reino e ao povo que o constrói e construiu. É incontestável que a Itália, há muito, caminha a largos passos para a excelência.
E a homenagem maior não pode ser a outro agente que não o povo italiano. Um povo que soube governar-se, que soube tomar os rumos da nação, e que sem dúvida saberá guiar a Itália à democracia fática após tê-la guiado à semi-democracia constitucional.
Hoje a Itália é sem dúvida um estado de direito, de direito torto, onde não há princípio da legalidade, onde o Estado assume o papel de acusador pelo seu chefe, onde o povo decide apenas por 30% do Poder Legislativo.
No entanto, melhor que o Estado anterior, onde a Constituição não tinha meios para ser cumprida, onde não havia Poder Legislativo, onde não havia sequer judiciário que garantisse o mínimo de dignidade ao “processo”.
Conquistas gloriosas guindarão o ano que segue: o estabelecimento do sistema econômico, a reforma eleitoral ( e sobre essa, tomara que com a garantia de 50% de um Poder Legislativo verdadeiramente popular), com um judiciário que saiba o que é a persuasão racional do juiz, o principio da legalidade a inexistência de um rei promotor, um executivo advindo do Senado entre tantas outras conquistas.
Apesar do tom crítico dessa mensagem, por mais rabugem que possa verter destas letras, acredito que é um mero presságio, um presságio de um futuro glorioso que aguarda tão importante nação.