MENSAGEM DE SUA MAJESTADE PELO 18º ANIVERSÁRIO DO REINO DA ITÁLIA

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Roma, 17 de Novembro de 2020.


Meus leais súditos e súditas,
Autoridades estrangeiras presentes:


17 de Novembro, a mais fundamental e importante data no Reino da Itália. Foi nesse dia, no ano de 2002, que surgimos como nação lusófona, ainda sob o nome de Reino Unido da Sicília. São, portanto, 18 anos de uma história marcada por desafios, conquistas e incansável desenvolvimento pró-lusofonia.

No macromundo, quando pensamos em 18 anos, temos em mente a maioridade, contudo, no micromundo isso é, antes, prova inconteste de ancestralidade. Se chegamos até este momento, apesar de todos os desafios, de cada pequena luta diária, é porque sempre soubemos onde gostaríamos de chegar.

Este ano de 2020 é, no mínimo, atípico. Confesso que, quando teve início a situação de pandemia, até julguei que poderia ter mais tempo a dedicar a nosso país, mas estava enganado. Minha profissão macronacional tomou-me a tal ponto que estou em profundo débito com a Itália e com meus leais súditos. Isso será, contudo, resolvido.

Fato é que, olhando para trás e pensando em tudo o que aconteceu nesta micronação ao longo dos últimos 18 anos, sinto que nunca nos traímos, nunca rasgamos nossos princípios e nem nos colocamos à venda sob qualquer valor ou favor. Seguimos íntegros, altivos e verdadeiramente fiéis a nosso projeto: uma nação italiófila na lusofonia.

Já fomos citados em periódicos macronacionais e na comunidade italiana, fato que honra nossa tradição. Já fomos inclusive a porta de entrada, no Brasil, de um projeto em 2003 chamado Língua Siciliana e contamos, à época, em nossos quadros, com um siciliano macronacional que viu, em nosso modelo, uma forma autêntica de promoção da boa cultura.

Foram cansativos mas valorosos 18 anos de história micronacional e, apesar do passar dos anos e das profundas mudanças no cenário intermicronacional, sem dúvida seguiremos como sempre o fizemos: fiéis às nossas origens e à essência deste projeto.

Porém, se fomos fiéis conosco, sinto que também o fomos com o micronacionalismo lusófono ao promovê-lo e alavancá-lo da forma que nos foi possível, oferecendo o Pacote Lusofonia, o Sistema RBI, a lista O Informante e o Portal do Micronacionalismo, entre outras ações que remontam desde a Era Siciliana. É importante crescer, afinal, mas é importante crescer coletivamente, para que a constelação de micronações lusófonas não desapareça. Como micromonarca, posso não simpatizar com este ou aquele projeto mas, no fim, é importante que existam. Pluralidade é um valor a ser desenvolvido.

Mas enfim, o fato é que damos hoje mais um passo nessa longa e vibrante história. Adentramos mais um capítulo de um livro que, disseram, não duraria um mês e veja só, 18 anos, mais especificamente 216 meses.

Que saibamos conduzir a Itália com ética, honra e dignidade respeitando nossos ancestrais valores e que possamos, humildemente, seguir nosso trabalho na manutenção do micronacionalismo lusófono como uma prática voltada não à destruição, mas às possibilidades de inventividade e de construção de uma real e inequívoca microsociedade.


Pela glória da Itália micronacional

Pela glória do micronacionalismo lusófono