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Retiro Quaresmal 2020

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26 Fev 2020 01:24 - 26 Fev 2020 01:25 #41565 por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis)
Retiro Quaresmal 2020 foi criado por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis)

Treviso, 26 febbraio, anno 17.


Sua Majestade Francesco III Pellegrini, d'Itália
Sua Beatitude Alberto I do Vaticano,
Estimados Cardeais,
Eminentes membros do Clero,
Povo de Deus.



Com alegria iniciaremos na próxima quinta-feira nosso Retiro Quaresmal, que tem como tema: “Reordenar a própria vida em torno de Deus” e como lema: “Chamados a ser Santos” Romanos 1,1-7. Para bem nos prepararmos, deixo aqui uma carta introdutória que servirá como auxílio para bem rezarmos esta quaresma.

O tema do retiro é tirado da frase que Paulo usou para se dirigir aos cristãos a quem estava a escrever. Fala deles como aqueles ‘chamados a ser santos’. Paulo não era um sonhador otimista, que os olhava com óculos cor de rosa. De facto, nesta carta, vai procurar corrigir o que viu como falsas interpretações e até práticas erradas em que tinham caído alguns pequenos grupos de Roma. Mas vai também apresentar-lhes um grande ideal. Eles eram, na verdade, ‘chamados a ser santos’ chamados pelo Deus da boa nova que Paulo andava a pregar. E se Deus os tinha chamado, também lhes daria tudo o que fosse necessário para responder ao chamamento.

O nosso Tema: “Chamados a ser santos” Paulo compara a fé de Abraão à fé daqueles que confiam na ação de Deus em e através de Jesus no seu próprio tempo. Afinal, a vida de Jesus na terra terminou repentinamente quando foi executado pelos romanos. A situação dos seus seguidores parecia mesmo desesperada. Porém, o Evangelho contanos que, ao ressuscitar Jesus dos mortos, Deus trouxe uma vida nova a toda essa situação impossível. De que modo a Ressurreição de Jesus afeta a nossa fé sobre o que Deus pode fazer e fará por cada um(a) hoje e no futuro? Nós, que somos “chamados a ser santos” estamos unidos pela fé em tudo o que Deus fez e continua a fazer, através da vida do
Seu Filho Jesus. Acreditamos que vive ainda no meio de nós e continua a moldar as nossas vidas em cada dia. Tome alguns momentos agora para falar e escutar Jesus sobre o que Ele possa querer fazer na sua vida neste preciso momento. Se estas palavras encontram lugar em si mesmo(a), pode terminar esta oração repetindo o pedido que tantas pessoas fizeram a Jesus: “Senhor, aumenta a minha fé.”

Antes de começar temos aqui algumas questões em que podemos pensar ao iniciar esta caminhada quaresmal.
Primeiro, recorde-se de algumas das melhores pessoas que conhece. O que é que nelas é tão bom? Haverá alguma maneira delas mostrarem o que significa ser “chamados a ser santos”, na frase de Paulo? Depois, então, pense em si e num aspecto da sua vida em que gostaria de ser melhor. Que ajuda precisa de Deus para o conseguir? Pedir este dom a Deus é uma boa maneira de começar a olhar a carta que S. Paulo escreveu para Roma.

Dom Rogério Bionaz

Arcebispo Metropolitano de Praga
Administrador Paroquial da Igreja Santa Ana - Reino do Manso
Vigário Paroquial da Igreja de Santa Ana dos Palafreneiros
Filho do Patriarca da Casa Bionaz
Oficial da Honorífica Ordem Nobiliárquica da Rainha Marina
Cidadão Honorário do Reino do Manso
Cidadão Honorário do Vaticano
Capelão Pregador da Casa Patriarcal
Conselheiro Teólogo da Cúria Vaticana
Monsenhor Protonotário Apostólico Supranumerário
Súdito da Coroa Italiana em serviço na Boêmia
"Benedictus nomen Domini"
Anexos:
Last edit: 26 Fev 2020 01:25 by DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis).
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27 Fev 2020 23:15 #41575 por Alfons-Filip von Hohenzollern (mhnandreazzi)
Respondido por Alfons-Filip von Hohenzollern (mhnandreazzi) no tópico Retiro Quaresmal 2020
MISSA QUARESMAL
QUINTA-FEIRA DE QUARESMA
Cor litúrgica: Roxo



RITO INICIAL



CANTO DE ENTRADA



SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE DA CELEBRAÇÃO
Card.: In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancto.
As.: Amen.
Card.: Dominus vobiscum.
As.: Et cum spiritu tuo.

Arc.: Irmãos, que Deus vos abençoe! Ontem foi início da Quaresma, com a imposição das cinzas feita por Sua Beatitude Alberto I, nosso Patriarca, à nós membros do Colégio dos Cardeais e a alguns dos membros do Clero aqui presentes. Que seja tempo de contrição!

ORAÇÃO
Card.: Praeceptis salutaribus moniti (silentio: propria orationis) Domine Deus noster Pater et incipiat iter Christiano populo huic conversionem in verum ieiunium: Quia occupari pugna contra mala apud spiritus arma penitencie. Ad Dominum nostrum Jesum Christum, Filium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus sancti per omnia sǽcula sæculórum.
Vamos orar (silêncio, oração pessoal): Ó Deus, nosso Pai, permita que o povo cristão comece uma jornada de verdadeira conversão com este jejum, para enfrentar a luta contra o espírito do mal com as armas da penitência. Pois nosso Senhor Jesus Cristo, seu Filho, que é Deus, vive e reina com você, na unidade do Espírito Santo, para todo o sempre.
As.: Amen.


LITURGIA DA PALAVRA



PRIMEIRA LEITURA (Dt 30,15-20)

Leitura do Livro do Deuteronômio.

Moisés falou ao povo dizendo: (15) “Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. (16) Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, que eu hoje te ordeno, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que vais entrar, para possuí-la. (17) Se, porém, o teu coração se desviar e não quiseres escutar, e se, deixando-te levar pelo erro, adorares deuses estranhos e os servires, (18) eu vos anuncio hoje que certamente perecereis. Não vivereis muito tempo na terra onde ides entrar, depois de atravessar o Jordão, para ocupá-la.

(19) Tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós, de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, (20) amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele — pois ele é a tua vida e prolonga os teus dias —, a fim de que habites na terra que o Senhor jurou dar a teus pais Abraão, Isaac e Jacó”.

– Verbum Domini.

As. Deo gratias.

SALMO RESPONSORIAL (Sal 1)



R. É feliz quem a Deus se confia!

— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

PROCISSÃO EVANGELIÁRIA



EVANGELHO(Lc 9,22-25)
Bispo.: Dominus vobiscum.
As.: Et cum spiritu tuo.
Bispo.: Evangelium secundum Lucam.
As.: Laudate tibi, Domine.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: (22)“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

(23) Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. (24) Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. (25) Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”

— Verbum Domini!
As. Laudate Dominum.

HOMILIA

Caros irmãos membros do Clero. Como vão? Fico felicíssimo em estar entre vós nesta noite de quinta-feira quaresmal.

“E Jesus disse: ‘se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-Me’” (Lc 9,23).

Amo-vos fraternalmente, bem como amo a todo povo de Deus. E é este sentimento de amor que deve nos levar a compreender a renúncia que fizemos, quando dos nossos votos, em prol da Salvação das almas.

Sou Cardeal. Sou Arcebispo. Sou Bispo. Sou Padre. Sou Diácono. Mas fui seminarista, fui leigo. E renunciei aos prazeres do laicato sabendo que, de Padre, talvez não galgasse à Sagração Episcopal. Sei bem que muitos de vocês, meus irmãos, assim também tinham conhecimento quando ingressaram à vida eclesiástica.

E por que renunciamos? Porque amamos mais a Deus que a nós mesmos.

O convite Jesus Cristo, nosso Deus, é para segui-Lo, mas todo seguimento exige condições; e para seguir ao Cristo não é diferente. Muitos querem segui-Lo e não dão conta, outros começam a segui-Lo, porém, O abandonam, porque os caminhos do mundo parecem mais fáceis e atrativos. Porém, para seguir a Jesus, primeiro, é preciso renunciar a si mesmo. É carregar sua Cruz.


"Nós, entretanto, proclamamos a Cristo crucificado, que é motivo de escândalo para os judeus e loucura para os gentios." (1Cor 1,23)

A palavra “renúncia” não apenas parece, mas de fato é pesadíssima, no entanto, sobretudo, ela é abandono, esvaziamento. Nós somos muito “cheios de nós”, “cheios de vontade própria”, “cheios de querer”; e como nós nos “enchemos muito”, nos tornamos incapazes de nos esvaziarmos.

Renunciar é, acima de tudo, esvaziar a alma, a vontade, os pensamentos, os sentimentos, para que, assim, possamos nos encher dos sentimentos de Deus e para que eles estejam em nós! Por isso, trabalhemos a renúncia em cada dia de nossa vida.

Renunciemos as pequenas coisas. Renunciemos a essa vontade que temos de aparecer, a essas discussões que travamos em casa, com a família, nas redes sociais; renunciemos a essas vaidades que nos cercam a cada dia; renunciemos a nossa petulância, o nosso orgulho, nossa soberba; renunciemos o ressentimento, o rancor, a mágoa; renunciemos a esse sentimento de vingança que alimentamos dentro de nós; renunciemos a maldade que está na alma. É necessário renunciar para poder avançar e crescer na intimidade, na espiritualidade e na nossa relação com Deus.

Então, a primeira necessidade para seguir a Jesus é a disposição de renunciar; depois, tome e abrace a sua cruz, porque não adianta só a tomar e dizer: “Ai que cruz pesada”, também é preciso abraçá-la. Abraçar a cruz como a salvação da própria vida é dar sentido à própria vida e existência. Em vez de ficar reclamando das circunstâncias da vida, da dor, da enfermidade; das situações que enfrentamos: o casamento que não está tão bem ou está, mas não do jeito que queríamos ou da família que enfrenta “essa ou aquela” situação, abrace a essa cruz. Aquilo que você reclama, rejeita, que não toma para si: você não o abraçou, não amou. Cruz é para ser amada; Cristo abraçou a cruz e a carregou com todo o Seu coração.

"As pessoas que não têm o Espírito não aceitam as verdades que vêm do Espírito de Deus, pois lhes parecem absurdas; e não são capazes de compreendê-las, porquanto elas são discernidas espiritualmente.' (1Cor 2,14)

Nós somos convidados a vivermos a espiritualidade do Crucificado, é mais do que carregar uma cruz no peito, é abraçar a cruz da vida, da existência com todas as suas circunstâncias e transforma-la pela luz do Evangelho, pela luz de Cristo Jesus. Sem cruz ninguém segue a Jesus.

Sejamos discípulos do mestre, renunciando, a cada dia, o nosso ego e abraçando as cruzes que estão ao longo da vida.

Dominus Nobiscum!



LITURGIA DA PENITÊNCIA



Canto quaresmal (em latim)



RITO FINAL



PATER NOSTER
Card.: Et nocte quaeramus Deum, verbis salvatoris formats doctrina ad divinam formati, audemus dicere:
E à noite, temos de olhar para Deus com formatos de salvação divina para o ensino, ousamos dizer:



AVE MARIA
Card.: Ave Maria,
Gratia plena,
Dominus tecum.
Benedicta tu in mulieribus,
et benedictus fructus ventris tui,
Iesus.

Ass.: Sancta Maria, Mater Dei,
ora pro nobis peccatoribus,
nunc, et in hora mortis nostrae.

Amen.

SANCTI MICHAELIS ARCHANGELI
Card.: Sancte Michael Archangele, defende nos in prælio; contra nequitiam et insidias diaboli esto præsidium.Imperet illi Deus, supplices deprecamur:
Ass.: tuque, Princeps militiæ cælestis, Satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.

BENÇÃO FINAL
Card.: Benedictus nomine Deum.
As.: Nunc et semper.
Card.: Auxilium nostrum in nomine Domini.
As.: Qui fecit cælum et terram.
Card.: Benedicat vos omnipotens Deus, Pater ✠, et Filii ✠ et Spiritus ✠ Sancti.
As.: Amen.
Bispo.:Et finita celebrationem: vade in pace.
As.: Nos gratias ago Deo.



Dom Alfons-Filip CARDEAL von Hohenzollern
Rei da Bátavia
Príncipe na Alemão
Cardeal Arcebispo Primaz de Bruxelas
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27 Fev 2020 23:51 #41576 por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis)
Respondido por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis) no tópico Retiro Quaresmal 2020


1º DIA

Estando todos reunidos, mantem-se um silêncio reflexivo preparando o coração para iniciarmos o trilhar quaresmal.

CANTO DE ABERTURA


MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Com alegria iniciamos este retiro quaresmal que tem como tema: “Reordenar a própria vida em torno de Deus” e como lema: “Chamados a ser Santos”. Cheios de esperança, confiemos no amor misericordioso do Senhor.

COMENTARISTA: Em hebráico, as palavras para ‘sopro’ e ‘espírito’, como no Espírito Santo, são as mesmas, ruah. Por isso imagine-se a respirar no Espírito de Deus, e deixe que o centro de si mesmo(a) se inunde do calor e da luz do Espírito. Continue a respirar, calmamente, mas deixe que a sua atenção continue com o Espírito no seu coração, descansando aí, nesse lugar de tranquilidade. E nesse lugar de tranquilidade, dê atenção à palavra de Deus que lhe chega pelas palavras da carta de Paulo.



Padre: Rom 1, 1-7
Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado a ser apóstolo e escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, que por Deus foi prometido por meio dos seus profetas nas Sagradas Escritura. Esse Evangelho refere-se ao Filho, de Deus que, como homem, foi descendente de David, e, segundo o Espírito Santo foi constituído Filho de Deus com poder pela Ressurreição dos mortos: Jesus Cristo, Nosso Senhor. Através de Jesus, recebemos a graça de ser Apóstolo, a fim de conduzir todos os povos pagãos à obediência da fé para glória do Seu nome. Entre eles, estais também vós, chamados por Cristo Jesus. Escrevo a todos vós que estais em Roma, chamados a ser santos. Que a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.

REFLEXÃO

MONS. ROGÉRIO BIONAZ:
• Paulo considera-se “servo de Jesus Cristo”. Ficava feliz se isto também se aplicasse a si? Se sim, que diferença faz na sua vida? Se não, como descreve a sua relação com Jesus Cristo? Como um amigo, um estranho interessado, ou um espectador atento? Como é que, por palavras suas, sintetiza este tempo da sua vida?
• Paulo vê-se como alguém a quem foi confiada uma tarefa, um objetivo de vida. Deve proclamar o evangelho de Jesus Cristo. Quando Paulo estava a escrever esta carta, os quatro evangelhos que temos – Mateus, Marcos, Lucas e João – ainda não tinham sido escritos. Por isso, teve de falar àqueles a quem escrevia sobre Jesus, o que aprendera com a sua vida. Se lhe pedissem para “espalhar o Evangelho” desta forma, quais os aspectos mais importantes que gostava de incluir? Como é o Jesus que vai conhecendo?
• Paulo dirige a sua carta a ‘todos os amados de Deus que estais em Roma, chamados a ser santos’. Em vez de Roma (a não ser que seja de Roma, claro!) ouça esta frase com o nome da sua própria terra. ‘A todos os amados de Deus em, Lisboa, Porto, Rio de Janeiro, São Paulo etc., chamados a ser santos’. Que sentido tem ser assim chamado (a)?
• No final da novela, ‘Poder e Glória’, de Graham Greene, um padre que não teve uma vida muito santa está prestes a ser baleado pelos inimigos da sua igreja. Enquanto espera a morte, vai refletindo com sabedoria, como teria sido fácil ser santo, com um pouco mais de esforço, um pouco mais de dedicação. Em contraste, muitos(as) de nós provavelmente também pensamos nesse nível de santidade fora da nossa esfera. Porém, S. Paulo, aqui, também pensa em todos aqueles a quem escreve como ‘chamados a ser santos’. Agora, fale com Jesus, com Deus, por alguns momentos, sobre as suas reações ao ouvir este chamamento.
• Finalmente, pense em algum aspecto da oração de hoje que gostava de levar consigo –um critério, um sentimento, ou qualquer coisa que gostasse de fazer. Pense nisso por momentos ao terminar a sua oração.



Padre: Romanos 4, 18-25
Esperando contra toda esperança, Abraão acreditou e tornou-se assim o pai de muitas nações, conforme lhe foi dito: "Assim será a sua descendência". Ele não fraquejou na fé, embora já visse o seu corpo sem vigor – ele tinha quase cem anos - e o ventre de Sara já está vivesse amortecido. Diante da promessa divina não duvidou, mas foi fortalecido pela fé e deu glória a Deus. Ele estava plenamente convencido de que Deus podia realizar o que havia prometido. Eis o motivo pelo qual, isso lhe foi creditado como justiça. Ora, não é para um só que está escrito: "Isso foi-lhe creditado"; mas também para nós. Será igualmente creditado para nós, pois acreditamos n’Aquele que ressuscitou dos mortos, Jesus, nosso Senhor o qual foi entregue à morte pelos nossos pecados e foi ressuscitado para nos tornar justos.

REFLEXÃO

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: • Nesta leitura da carta à igreja de Roma, Paulo convida-nos a considerar o que significa ter fé em Deus. Fá-lo oferecendo o patriarca Abraão do Velho Testamento como exemplo. Já em idade avançada, Abraão foi convidado por Deus a deixar a sua casa e país para um lugar desconhecido, com a promessa de que, assim, viria a ser o fundador de uma grande dinastia. Já era velho e a sua mulher já não tinha idade para gerar uma criança. Por um momento, pense como é que teria reagido se estivesse na pele de Abraão, ou de Sara, sua mulher.
• Sabemos que Abraão, mesmo assim, confiou na promessa de Deus, por mais impossível ou improvável que parecesse. Consegue imaginar-se capaz de confiar assim plenamente em Deus? Já houve alguma vez na sua vida ter de confiar em Deus, quando a situação parecia impossível?
• (PEQUENA PAUSA) Se se lembra de uma altura assim, pare um pouco e recorde-a. O que é que o(a) ajudou ou tornou possível confiar dessa maneira?
• Paulo compara a fé de Abraão à fé daqueles que confiam na ação de Deus em e através de Jesus no seu próprio tempo. Afinal, a vida de Jesus na terra terminou repentinamente quando foi executado pelos romanos. A situação dos seus seguidores parecia mesmo desesperada. Porém, o Evangelho conta-nos que, ao ressuscitar Jesus dos mortos, Deus trouxe uma vida nova a toda essa situação impossível.
• De que modo a Ressurreição de Jesus afeta a nossa fé sobre o que Deus pode fazer e fará por cada um(a) hoje e no futuro.
• Nós, que somos “chamados a ser santos” estamos unidos pela fé em tudo o que Deus fez e continua a fazer, através da vida do Seu Filho Jesus. Acreditamos que vive ainda no meio de nós e continua a moldar as nossas vidas em cada dia. Tome alguns momentos agora para falar e escutar Jesus sobre o que Ele possa querer fazer na sua vida neste preciso momento.
• Se estas palavras encontram lugar em si mesmo, pode terminar esta oração repetindo o pedido que tantas pessoas fizeram a Jesus: “Senhor, aumenta a minha fé.”


Que o Deus da esperança vos encha de completa alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo. Amem.



MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Antes de partirmos rendamos juntos graças a Mãe de Deus e nossa Maria Santíssima.

BENÇÃO FINAL

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. T. Amém.
MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.

Dom Rogério Bionaz

Arcebispo Metropolitano de Praga
Administrador Paroquial da Igreja Santa Ana - Reino do Manso
Vigário Paroquial da Igreja de Santa Ana dos Palafreneiros
Filho do Patriarca da Casa Bionaz
Oficial da Honorífica Ordem Nobiliárquica da Rainha Marina
Cidadão Honorário do Reino do Manso
Cidadão Honorário do Vaticano
Capelão Pregador da Casa Patriarcal
Conselheiro Teólogo da Cúria Vaticana
Monsenhor Protonotário Apostólico Supranumerário
Súdito da Coroa Italiana em serviço na Boêmia
"Benedictus nomen Domini"
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Patriarca Alberto I (douglas.costino), Willian Milet Aldobrandeschi (WillianMilet), SA Neimar Bionaz (neibionaz), Alfons-Filip von Hohenzollern (mhnandreazzi)

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28 Fev 2020 20:06 #41580 por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis)
Respondido por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis) no tópico Retiro Quaresmal 2020

2º DIA

Estando todos reunidos, mantem-se um silêncio reflexivo preparando o coração para iniciarmos o trilhar quaresmal.

CANTO DE ABERTURA



MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Neste segundo dia meditando o tema: “Reordenar a própria vida em torno de Deus” peçamos a força do Espírito Santo, para que Ele sempre nos inspire no caminhar da vida em Deus.


COMENTARISTA: Sob a luz desse Espírito, abramos o coração e deixemos a palavra de Deus entrar nesse lugar, enquanto voltamos a ouvir o que S. Paulo escreve aos seus seguidores em Roma.



PADRE: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 7, 14-25
Sabemos que a Lei é espiritual, mas eu sou humano e fraco, vendido como escravo ao pecado. Não consigo entender nem mesmo o que faço; pois não faço aquilo que quero, mas aquilo que mais detesto. Ora, se faço o que não quero, reconheço que a Lei é boa; portanto, não sou eu que faço, mas é o pecado que mora em mim. Sei que o bem não mora em mim, isto é, nos meus instintos egoístas. O querer o bem está em mim, mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, não sou eu que o faço, mas é o pecado, que mora em mim. Assim, encontro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, acabo por encontrar o mal. No meu íntimo, eu amo a ei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que luta contra a lei da minha razão e que me torna escravo da lei do pecado que está nos meus membros. Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? Sejam dadas graças a Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim, pela razão sirvo a lei de Deus, mas pelos instintos egoístas sirvo a lei do pecado

REFLEXÃO



MONS. ROGÉRIO BIONAZ:
. Há uma característica partilhada por muitos biógrafos de santos e que pode parecer um pouco estranha à primeira leitura. Muitas vezes, os maiores santos clamam ser ou terem sido os maiores pecadores. Um ou outro, é verdade, fizeram coisas que hoje os levaria à prisão. Noutros casos o biógrafo pode apontar o contraste: vejam que, com a ajuda de Deus, esta pessoa que era realmente má tornou-se realmente boa! Mas muitas vezes é porque os santos têm consciência da bondade de Deus para com eles, que também compreendem que a resposta que deram a Deus foi uma resposta pobre. Se, como Paulo acredita, somos chamados a ser santos, qual seria hoje a sua resposta a Deus?
• Paulo sente-se confuso pelas suas próprias ações. Acha que uma e outra vez, sabe o que seria bem fazer em determinada situação. Porém, uma e outra vez não escolhe fazer o que é bem, mas faz o que é mal. Lembra-se de algumas situações em que também procedeu assim?

• Paulo descreve esta situação como uma batalha que se passa dentro dele. Parte dele quer, realmente fazer o bem, servir a Deus e às pessoas à sua volta. Outra parte dele revela autossuficiência, não está interessada em Deus ou no que Deus possa querer, e não se importa com os outros. E uma terceira parte fica de fora, sem apoio, enquanto esta batalha continua dura. É, sem dúvida, uma linguagem dramática. Mas é uma batalha que se passa também em si, pelo menos algumas vezes? Se sim, como é estar assim no meio disto tudo?
• Face a tudo isto, Paulo sente-se totalmente sem ajuda. Durante anos procurou vencer o lado pecaminoso do seu carácter, uma vez e sempre, sem sucesso. Isto toca-lhe?
• Paulo não se entrega ao desespero, ou simplesmente desiste. Esta passagem termina com um clamor de ação de graças àquele que é o único que o pode libertar, Jesus Cristo. Nestes momentos finais de oração, talvez possa fazer eco a este clamor de ação de graças, ou falar com Jesus, por palavras suas, sobre a experiência deste tempo de reflexão.




PADRE: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 8, 31-39


O que nos resta dizer? Se Deus está a nosso favor, quem estará contra nós? Ele não poupou o Seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós. Como não havia de nos dar também todas as coisas com o Seu Filho? Quem acusará os escolhidos de Deus? É Deus quem torna justo! Ele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à direita de Deus e intercede por nós? Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Como diz a Escritura: “Por Tua causa somos entregues à morte o dia inteiro, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. Mas, em todas estas coisas somos mais do que vencedores por meio d’Aquele que nos amou. Estou convencido que nem a morte nem a vida nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor.
REFLEXÃO


MONS. ROGÉRIO BIONAZ:

• Todo(a)s os(as) que sentem o chamamento interior a ser santos(as), provavelmente julgam-se indignos(as). A leitura da semana passada centrou-se nessa indignidade. Mas Paulo, não nos deixa aqui. Não, convida-nos a tentar a tornarmo-nos dignos do amor de Deus. Pelo contrário, ele é claro. ‘É Deus que nos justifica’. Se eu permitir, Deus cuidará de tudo o que é mal na minha vida. Deus nunca permitirá que os meus pecados e falhas sigam esse caminho. Qual é a minha primeira resposta a estas palavras?
• Paulo reflete sobre um certo tipo de dificuldades que ele próprio enfrentou na sua tentativa de ser um fiel seguidor de Cristo e ser santo. Conheceu a dureza, a perseguição, a fome, ameaças de morte e até foi fisicamente atacado. Porém, a lista de Paulo não é necessariamente a sua. Qual tem sido, para si, o preço de ser cristão?
• Concretamente, o que lhe parece que está a acontecer entre si e Cristo? Uma das dificuldades que Paulo enfrentou foi a condenação de outras pessoas. Alguns dos seus amigos mais próximos não compreenderam a forma de vida que ele escolheu viver. E além disto, esta situação pode ter sido tão difícil de suportar como os desafios físicos que menciona. Conhece pessoas próximas de si que acham difícil compreender e aceitar a sua fé? Fale um pouco com Deus sobre elas.
• Refletindo nos desafios que enfrentou no passado e na forma como Deus o ajudou a ultrapassá-los, Paulo sente-se confiante. Se nada na sua vida conseguiu separá-lo de Cristo, tem ainda maior certeza que, no futuro, será também capaz. Se partilha da confiança de Paulo, talvez queira rezar como ele agradecendo a Deus a certeza que lhe tem dado. Se não se sente tão seguro(a), peça a Deus que lhe dê uma maior confiança no amor carinhoso que Ele tem por si.


Que o Deus da esperança vos encha de completa alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo. Amém.



MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:



MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Antes de partirmos rendamos juntos graças a Mãe de Deus e nossa Maria Santíssima.
BENÇÃO FINAL

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. T. Amém.
MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.

Dom Rogério Bionaz

Arcebispo Metropolitano de Praga
Administrador Paroquial da Igreja Santa Ana - Reino do Manso
Vigário Paroquial da Igreja de Santa Ana dos Palafreneiros
Filho do Patriarca da Casa Bionaz
Oficial da Honorífica Ordem Nobiliárquica da Rainha Marina
Cidadão Honorário do Reino do Manso
Cidadão Honorário do Vaticano
Capelão Pregador da Casa Patriarcal
Conselheiro Teólogo da Cúria Vaticana
Monsenhor Protonotário Apostólico Supranumerário
Súdito da Coroa Italiana em serviço na Boêmia
"Benedictus nomen Domini"
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29 Fev 2020 12:40 #41582 por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis)
Respondido por DOM ROGÉRIO BIONAZ (Rogerdedis) no tópico Retiro Quaresmal 2020


3º DIA

Estando todos reunidos, mantem-se um silêncio reflexivo preparando o coração para iniciarmos o trilhar quaresmal.

CANTO DE ABERTURA


MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Neste último dia do nosso retiro, supliquemos ao Senhor que nos ajude a reordenar nossa vida em torno Dele próprio, pois queremos buscar a santidade Nele.


COMENTARISTA: As pessoas que Deus chama são tão únicas como o objecto com que começou esta oração. Cada um(a) de nós tem um misto de forças e fraquezas, talentos e pontos fracos. A comunidade constrói-se com estas forças e talentos. São eles que apoiam cada um(a) de nós nas nossas fraquezas e desafiam os nossos pontos fracos.




PADRE: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 15, 7-13

Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus. Digo-vos que Cristo
se tornou servidor dos judeus em vista da fidelidade de Deus, a fim de cumprir as promessas
feitas aos patriarcas. As nações pagãs, porém, dão glória a Deus por causa da misericórdia d’Ele,
conforme diz a Escritura: “Por isso Eu te celebrarei entre as nações pagãs e cantarei hinos ao Teu
nome.” A Escritura também diz: “Nações pagãs, alegrai-vos com o povo de Deus”. E diz ainda:
“Nações pagãs todas, louvai ao Senhor, e todos os povos O celebrem”. E Isaías também diz:
“Aparecerá o rebento de Jessé, Aquele que se levanta para governar as nações pagãs. N’Ele as
nações pagãs colocarão a sua esperança”. Que o Deus da esperança vos encha de completa
alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo.

REFLEXÃO

MONS. ROGÉRIO BIONAZ:

.A Igreja em Roma a quem Paulo escrevia, incluía os cristãos de duas procedências. Alguns eram convertidos do judaísmo. A tendência deles era manter as práticas – circuncisão leis da alimentação, maneiras de rezar – que achavam que os ajudava, antes de se tornarem seguidores de Cristo. Os outros, referidos aqui como os gentios, nunca tinham sido judeus. Não viam qualquer interesse nestas observâncias religiosas. Na perspectiva de Paulo, ambas as posições eram compatíveis com a resposta a ‘chamados a ser santos’
. É importante, porém, que a igreja permaneça unida. Lembra-se de grupos ou pessoas individuais cujas práticas religiosas acha estranhas, mas a quem quer estar unida?
• No princípio, foi uma surpresa para Paulo, como judeu praticante, descobrir que o Deus em Quem ele acreditava também se ocupava dos pagãos. Levou muito tempo a reconhecer o que Deus fazia com eles. Lembra-se de grupos ou pessoas individuais em quem é difícil acreditar que Deus trabalha neles?
• Quando Paulo acreditou que Deus se encontra num âmbito muito mais alargado de pessoas e circunstâncias do que originalmente pensava, louva o Senhor. Ao ler a Escritura a esta luz, agora, consegue reconhecer muitas promessas de que Deus, na verdade, é assim que trabalha? Na leitura de hoje ecoam estas promessas. Se louvasse Deus pelas promessas que Ele fez a pessoas improváveis, a quem apontava?
• O louvor e a alegria caminham, naturalmente, juntos. S. Paulo partilha com Inácio de Loyola a compreensão de que ser santo implica um chamamento a viver com alegria. É provável que, quando ouviu pela primeira vez este chamamento e percebeu que Deus queria que fosse um(a) dos seus santos(as), isso lhe parecesse assustador ou mesmo aterrorizador. Mas Paulo termina não com uma nota de desencorajamento, mas de esperança. ‘Para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo’. Porque é o Espírito que fará de si o(a) santo(a) que Deus quer que seja. Vamos terminar esta oração pedindo a Deus esta esperança; pedindo a Deus que modele a nossa vida.



PADRE: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 6, 3-11


Não sabeis que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na Sua morte? Pelo batismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. Se permanecermos completamente unidos a Cristo com morte semelhante à Sua, também permaneceremos com ressurreição semelhante à d’Ele. Sabemos muito bem que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que o corpo do pecado fosse destruído e assim já não sejamos mais escravos do pecado. De fato, quem está morto está livre do pecado. Mas, se estamos mortos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele, pois sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte já não tem poder sobre Ele. Porque, morrendo, Cristo morreu de uma só vez por todas para o pecado; vivendo, Ele vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.

REFLEXÃO


MONS. ROGÉRIO BIONAZ:


• Ao chegar ao fim deste retiro, aproximamo-nos da Semana Santa e da Páscoa. Tradicionalmente, este era o tempo em que os adultos convertidos se batizavam. A cerimônia devia ser dramática. Os adultos eram despidos; metiam as cabeças numa piscina com água; e depois de emergidos, vestiam vestes brancas para simbolizar a vida nova que agora viviam em Deus. Ninguém presente perdia ou esquecia aquela descida ao túmulo com Cristo morto e depois serem elevados para uma nova vida com ele. O que significa para si a “nova vida” que recebeu quando foi batizado(a)?
• Paulo sugere que nós estamos “mortos para o pecado”. Não é uma má imagem para aqueles que são “chamados a ser santos”? Contudo, no início da sua carta, Paulo reconhece francamente o peso que alguns pecados têm nele. Reconhece –se como alguém que está também “morto(a) para o pecado?

• Mas mais importante, Paulo acha que nós estamos “vivos para Deus, em Jesus Cristo”. É aqui que está centrada a sua vida agora. Antes, o pecado tinha a última palavra e parecia inevitável. Agora está livre para focar também a sua vida em Deus e em tudo de bom que ele quer para si, agora e por toda a eternidade. Como é esta liberdade? Como deseja aproveitá-la melhor?
• Todo o tempo pascal celebra esta liberdade que Deus conquistou para nós, em Cristo. O grande escritor cristão C. S. Lewis assemelha-a ao aterrar duma força libertadora, num país ocupado. Pode ainda haver conflitos e bolsas de resistência da parte do inimigo. Mas a vitória de Deus está assegurada e é apenas uma questão de tempo, até que todos o reconheçam. Entretanto, aqueles que já estão libertos, podem ajudar outros a apreciar esta liberdade recém encontrada. Por uns momentos, deixe que esta imagem de libertação toque o seu espírito e o seu coração.



Que o Deus da esperança vos encha de completa alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo. Amem.



MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:


MONS. ROGERIO BIONAZ: Esta carta que S. Paulo escreveu àqueles que ele esperava virem a ser seus amigos quando visitou Roma, termina com uma doxologia, uma pequena oração de louvor e ação de graças. Vamos terminar este retiro escutando a oração e, nestes últimos momentos, em silêncio, faça suas estas palavras:

Romanos 16, 25-27
Seja dada glória a Deus, que tem o poder de vos conservar firmes, de acordo com o meu Evangelho e a mensagem de Jesus Cristo. Esta é a revelação de um mistério que estava envolvido no silêncio desde os tempos eternos. Agora, este mistério foi manifestado pelos escritos proféticos e, por disposição do Deus eterno, foi anunciado a todos os pagãos, para os conduzir à obediência da fé. A Deus, o único sábio, por meio de Jesus Cristo, seja dada a glória para sempre,
Amem!
BENÇÃO FINAL

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.

MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. T. Amém.
MONS. ROGÉRIO BIONAZ: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
T. Graças a Deus.


Dom Rogério Bionaz

Arcebispo Metropolitano de Praga
Administrador Paroquial da Igreja Santa Ana - Reino do Manso
Vigário Paroquial da Igreja de Santa Ana dos Palafreneiros
Filho do Patriarca da Casa Bionaz
Oficial da Honorífica Ordem Nobiliárquica da Rainha Marina
Cidadão Honorário do Reino do Manso
Cidadão Honorário do Vaticano
Capelão Pregador da Casa Patriarcal
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Monsenhor Protonotário Apostólico Supranumerário
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