Musica in Piazza

Sim Altezza, a questão da crença, para mim, é desimportante. Levo em conta questões artísticas e históricas. Claro que com uma obra como essas, a questão religiosa também conta. Mas vejo mais como uma forma de perceber diferentes formas de viver e perceber o sagrado, que sempre são muito interessantes e renovadoras.
Nada impede que ouçamos o maravilhoso Bach, um protestante, ou um Mozart que compunha missas mais operísticas do que religiosas propriamente ditas. Assim como uma missa bizantina (que muito influenciou a música religiosa italiana) ou esse delicioso Miserere do Allegri, profundamente católico romano.
Todos eles só tem a acrescentar!

Grazie, altezza, pelas prestigiosas palavras!

Muito Legal!!!

Que horror. Este evento tinha me passado desapercebido!


Esse miserere é sem sombra de dúvidas uma das top 10 jóias raras do Século XVII... Uma das ultimas obras que seguiam a maravilhosa escola de Pierluigi da Palestrina...

Vale ouro!

Marlon, normal. Acontece. Às vezes as postagens vão ficando pra baixo e a gente não vê hehehe...

Fico feliz que tenha te agradado

Sim, esse Miserere é peça importantíssima. Vejo como um ponto central em certo momento da história da música européia (européia ainda tem acento? rsrs).

Abracci!

O Barroco italiano é famoso. O Classicismo nem tanto, período para o qual costumamos nos lembrar dos mestres da Escola de Viena, Mozart e Haydn, principalmente. Mas o classicismo italiano também foi bastante rico e produziu nomes de relevo, como o de Luigi Boccherini.

Uma de suas obras mais conhecidas é o seu 9o concerto para violoncelo e orquestra. No entanto, no século XX, o concerto foi "modernizado" - ao ponto de se apresentar como uma nova composição. Alterações feitas para agradar o ouvido moderno e para se adequar às suas grandes formações orquestrais.
Uma tendência contemporânea tem sido a de interpretar as obras como elas eram interpretadas na época de sua composição, inclusive com instrumentos e formações orquestrais típicas da época. Há belíssimas gravações dos concertos para piano de Mozart e de Beethoven, que tornam-se um verdadeiro desafio aos ouvidos já acostumados com as interpretações modernizantes.

Trazemos, hoje, o belo concerto de Boccherini em suas duas versões. Primeiro, o primeiro movimento da versão "moderna" com Jacqueline Du Pré; e em seguida a versão original, com os três movimentos.

Versão arranjada de Gruetzmacher


Versão orginal