Cronache d´Avola - Texto Político

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Em muitos Estados Micronacionais, entre eles nosso glorioso Reino da Italia, a burocratização das idéias parte, não do Estado ou seu representante, mas do povo, de seu coletivo populacional.

Claro, é inerente à atividade micronacional alguma burocracia. Em muitos aspectos é a burocracia que nos desenha, que nos permite a visualização de nossa atividade micronacional. Que quase toda se desenvolve em ambientação virtual. Assim, o esboço burocrático ilustra e nos permite interagir com outras observações, colocações. E nos coloca, de uma maneira “palpável”, de frente para nossa atividade.

Infelizmente, muitas e muitas vezes o excesso da burocratização das idéias impede o surgimento delas. E este, há muito tempo, tem sido um terrível “pecado micronacional”. Pois, ao burocratizarmos demasiadamente uma idéia, dentro de nosso ambiente, absolutamente limitado por nossas atividades macronacionais, acabamos por colocar estas idéias em um cárcere do qual, muitas vezes, é impossível que elas escapem.

Também nos enganamos, muitas e muitas vezes, sobre o que vem a ser esta burocratização da qual refiro aqui. Não é apenas aquele excesso de pormenores, não é só a espera interminável por ofícios, não é apenas coisa de trâmites legais. É um excesso de burocracia micronacional, por exemplo, a espera da conclusão de um projeto para seu início e apresentação! E talvez seja esta a pior e mais danosa de nossos excessos burocráticos: idealizamos um projeto, mas querendo apresentar o mesmo de maneira impecável acabamos por nunca o concluir (seja em função de limitações técnicas ou de limitações em função de tempo macronacional). No fim, todo um projeto a ser desenvolvido se limita a uma idéia vagante e dispersa em ambiente público, enclausurada nas estruturas burocráticas que desenvolvemos dentro de nossas mentes em função de expectativas perfeccionistas.

É importante observarmos, entretanto, que é o micronacionalismo uma atividade absolutamente prática! Apesar de ser, por excelência, uma atividade teórica, ela é prática em sua necessidade de existir! E é vital, para a longevidade das micronações, de seus sistemas, que tenhamos em mente que, em terra micronacional, começar é construir.

Comumente, em função do estereótipo dos micronacionalistas mais comuns, surge o mito do micronacionalismo ser, apenas e somente, uma atividades para “nerds”. Não que isso em si seja ruim, porém tornar-se-á péssimo quando ajuda a construir uma atmosfera de idealizações de exigências que, na prática, não existem. Estas “idealizações de exigências” surgem quando determinados micronacionalistas, especialmente iniciantes na atividade, se inibem ao supor que, suas idéias e projetos, possam não ser satisfatoriamente inteligentes, satisfatoriamente apresentáveis.

Porém, isso não é um espelho da atividade micronacional. Não existe esta exigência, não existe, na atividade, este “controle de qualidade”. Existem apenas barreiras, que nós mesmos erguemos e que nós mesmos precisamos derrubar.
É fundamental que o novo micronacionalista se inclua! É primordial que os novatos comecem! É vital que errem, que tentem, que experimentem... Que se integrem, que interajam, que “incomodem"! É particularmente necessário que os novos micronacionalistas passem a fazer parte do ambiente micronacional que escolhem. Que comecem uma atividade qualquer que seja! Que comecem um periódico qualquer que seja seu tema, que arrisquem, sem medo, sem receio, de apresentar projetos e desenvolvê-los por iniciativa própria!

O micronacionalismo não é uma atividade meramente representativa, é, antes, inventiva! Não temos que apenas representar governos, podemos reinventá-los, inventá-los! Criar, e experimentar! Eis o primor do mundo micro.

Alteza,


Mais uma vez nos surpreende com um belíssimo texto para reflexão.
Penso, que mais do que nerds ou coisa parecida, somos um diferencial no micronacionalismo, e principalmente nos educa para a boa política e participação macro, no mundo e sociedade em que vivemos.
Cada um deve fazer sua parte e participar.
Parabéns por esta bela reflexão filosófica-microncional.

att

Engana-se, e engana-se por demais, aquele que crê que política se faça no grito! Não, política não se faz com gritos ou brados retumbantes. Também não se faz política com palavras bonitas ou neologismos que muitas vezes, de tão novos, ninguém conhece o significado. Não se faz política com “jeitinho”, com contornos, movimentos turvos ou recursos ardilosos. Não se faz política com desrespeito, e também, não se faz com idealismos!

Não, não é possível fazer política com nada disso! Pois, política, se faz com diálogo! Se faz com discernimento. É o exemplo mais claro de que, elevar a voz nunca produz o efeito da melhoria dos argumentos. Política se faz com o povo, para o povo, envolvendo o povo em diálogo sincero e aberto. Se faz para todo o povo! E não apenas para a maioria do povo, ou para a maior parte das crenças de um povo. E política, política se faz às claras! Ali, na linha firme da Lei!

A tal política, queiramos ou não, é algo inerente às sociedades humanas. Para reger e debater a sociedade. Para lhe prover de leis quando a sociedade se mostra imperfeita, para buscar soluções viáveis para o desenvolvimento de um meio social, para prover à sociedade avanços econômicos, culturais e educacionais. Por isso, sobretudo, política se faz com diálogo entre o povo!

Erra, e erra demais, aqueles que pensam quem política é feita por políticos! Não, não é. Os políticos apenas emprestam seu rosto e seu tempo para apresentar a política realizada, debatida e instituída pelo povo! Por isso, se falha o povo na política, é falho o político para o Estado e para seu povo.

Em tempos de política, e tenhamos em mente que todo tempo é tempo de política, caberá sempre ao povo, especialmente em sistemas democráticos e livres, observar seu meio e se inteirar. Em empenhar em lidar ativamente com as mudanças a serem realizadas para a sua própria melhoria!

É o povo que modifica a política! É o povo que escolhe os políticos! É o povo, sempre e de maneira desgastante, o povo! Sempre e de maneira insistente, o povo!

Portanto, povo, debata sua política! Dialogue sua política, argumente de maneira clara e objetiva. Busque sua política! Para que sua política possa surgir de seu diálogo e assim possa se voltar ao povo, de maneira favorável, justa, imparcial e íntegra!