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Grupo Espirita Jesus de Tomé

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06 Out 2020 14:09 #43790 por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40)
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*ESBOÇO HISTÓRICO - PACTO ÁUREO*

*Dr. Juvanir Borges*

A *5 de outubro de 1949* concretizava-se formalmente a unificação da família espirita brasileira, velho sonho acalentado por sessenta anos, desde os esforços inicias de Bezerra de Menezes. Precedera à Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro um Congresso Espirita Pan-Americano, que atraíra à antiga Capital da República muitos espíritas dirigentes de instituições estaduais.

A idéia de aproveitarem a ocasião para se dirigirem à Federação Espírita Brasileira nasceu simultânea e espontaneamente em diversas mentes, buscando-se uma fórmula de entendimento entre todos os espiritistas, que exprimisse as aspirações de fraternidade, preconizada nos ensinos evangélicos, e de organização livre e responsável das instituições espíritas, isenta de imposições e personalismos. Após entendimentos preliminares, foi marcado um encontro na sede da Federação, com sua Diretoria, ao qual compareceram os representantes das Federações e demais instituições estaduais.

O encontro ficou conhecido como Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro, tendo sido lavrada a célebre Ata com os pontos essenciais sobre os quais se assentava o acordo da Unificação.Informou-nos um dos participantes do memorável acontecimento, signatário da Ata, que os representantes das entidades estaduais, expondo os motivos e as esperanças de todos, elaboraram um esboço que continha determinados princípios e fórmulas para a Unificação, quando foram surpreendidos pelo Presidente Antônio Wantuil de Freitas com um projeto de resolução por ele escrito um dia antes, no qual estavam atendidas todas as proposições dos representantes, acrescendo-se ainda outras não reivindicadas.

Essa circunstância proporcionou grande alegria a todos, facilitando os entendimentos e a concórdia, com a aprovação do projeto do Presidente Wantuil. O fato ocorrido demonstra que os espíritas, na sua grande maioria, já estavam preparados para o grande evento e que a Espiritualidade Superior, encontrando nos homens a sinceridade de propósito e a boa vontade de sufocar vaidades e personalismos, influía poderosamente para o triunfo do "amai-vos uns aos outros" entre os seguidores da Doutrina do Consolador, cultivada no País do Evangelho.O termos em que está vazada a Ata da Conferência são sintéticos e muito conhecidos dos espíritas. Impossível será, entretanto, descrever a emoção e a alegria vividas pelos presentes ao ensejo da feliz conclusão do acordo, alegria que encontrou ressonância nos corações dos espíritas sinceros, ao se espalhar a notícia do acontecimento por todo o Brasil.

Dentre as disposições contidas na Ata de 5 de outubro de 1949, pouco depois denominada "Pacto Áureo", em feliz expressão de Lins de Vasconcelos, um de seus signatários, estava a da criação do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em novas bases, incumbido de executar, desenvolver e ampliar os planos da Organização Federativa em que se assentava a estrutura organizacional do Espiritismo no Brasil. Instalado e regulamentado logo no início do ano seguinte, o Conselho vem funcionando ininterruptamente desde então, prestando inestimável serviço à causa espírita, dirimindo dúvidas, fortalecendo os laços fraternos, orientando o Movimento, recomendando normas e diretrizes, aproximando instituições e contornando as incompreensões e imperfeições inevitáveis no mundo imperfeito em que vivemos.

É o "Pacto Áureo" a expressão mais lúcida de entendimento e concórdia entre cultores da Doutrina dos Espíritos, que podem divergir em pequenos e secundários pontos doutrinários, mas que não têm razão para fazer da divergência pomo de discórdia, de intransigência, intolerância e incompreensão. Dentro da tríplice abrangência da Doutrina, vastíssima em seu contexto, no qual se inscrevem os postulados da contínua evolução e da liberdade individual, precisamos todos entender que os espíritas não se poderiam grupar numa massa uniforme de adeptos, na qual não houvesse a menor discrepância.

A Doutrina é, sim, um só corpo, mas o estágio evolutivo de cada adepto determina-lhe a forma de compreensão dos princípios doutrinários básicos, de conformidade com o maior ou menor cabedal de conhecimentos, a bagagem carregada do pretérito e a tendência de cada um. Esse pensamento, fundamentado na índole e no gênio universalista do Espiritismo, ao lado dos sentimentos cristãos da tolerância e da fraternidade, que não podemos esquecer jamais, induz-nos a rejeitar a posição radical dos que procuram rotular os espíritas, com essa ou aquela tendência, de kardecistas e roustenistas, místicos e científicos, desde que todos, sendo espíritas, aceitam as bases da Doutrina e sua vinculação estreita com o Evangelho de Jesus.

Dentro dessa constante, será perfeitamente possível ao espírita assimilar a Doutrina, de acordo com seu estágio evolutivo, e praticá-Ia na medida de suas forças e tendências, esforçando-se continuamente por aperfeiçoar-se, rejeitando a intransigência e a intolerância, formas de coação espiritual incompatíveis com a fraternidade entre irmãos muito próximos.

O "Pacto Áureo" veio compatibilizar a vivência da Doutrina dentro do princípio da liberdade, sem exclusão do amor fraterno, tornando viável o que parecia inconciliável. Após sua vigência, todo o Movimento Espírita brasileiro conheceu nova fase de crescimento, de cooperação, de expansão.



S. G. Fabricius Mouton Bionaz
Conde de Vittorio Vêneto
Grão-Cavaleiro da Ordem de Atividade Micronacional
Cavaleiro da Honorável Ordem da Estrela de Alberto
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07 Out 2020 12:42 #43802 por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40)
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Hoje eu vi no banco um casal de idosos, apaixonados e mostrando tanto carinho um com o outro que fiquei pensando na famosa frase de Machado de Assis "Os adjetivos passam e os substantivos ficam" colhida na obra "Balas de Estalo".
Como teria sido a relação desse casal se ele tivesse se apaixonado apenas pelos adjetivos dela (linda, jovem, magrinha)? Talvez o casamento não teria durado tanto tempo, pois os adjetivos realmente passam e são transitórios. O que verdadeiramente permanece é a essência, tanto que ele se apaixonou pelo substantivo (a moça íntegra, espiritualizada e ética).
Porque bonito é o que somos por dentro enquanto o que é de fora acaba com o tempo. As aparências mudam; porém os valores permanecem. O mesmo se dá com o corpo (adjetivo) e o espírito (substantivo) na dictomia transitório/permanente.
É fundamental compreender e aceitar a impermanência das coisas do mundo físico. A beleza física acaba, as pessoas engordam, as rugas tomam o rosto e até mesmo se vai o cabelo e os dentes. Os adjetivos passam porque eles são passageiros, transitórios.
O substantivo, no entanto, é como o espírito imortal, que guarda na sua essência valores que o tempo não leva. O casal que encontrei no banco hoje pela manhã se ama até hoje exatamente porque eles se apaixonaram pelos "espíritos" e não pelos "corpos" um do outro.
Reflita sobre o assunto e procure compreender a diferença entre adjetivo e substantivo, passageiro e permanente, transitório e imortal. Pois o tempo leva tudo que se mostra inútil, mas preserva o que é essencial.



S. G. Fabricius Mouton Bionaz
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08 Out 2020 14:22 #43809 por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40)
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OS DOIS EM PRECE

João Maia


A oração no lar é o alimento das almas.
Torna-se desnecessário dizer o valor da oração no lar. Por isso mesmo,
terminamos esse livro simples — que é dedicado à família — com duas preces,
uma feita por ELE e outra por ELA.

ELE

Senhor de ternura incomparável! Quantas vezes escutamos a vossa voz, e
erramos? Quantas oportunidades não usastes, através dos nossos companheiros, para nos alertar acerca das invigilâncias, e não demos crédito? Quantas vezes
não colocastes livros educativos em nossas mãos, para que pudéssemos nos livrar
das tempestades da ignorância, e nós tapamos os olhos, fechando igualmente o
entendimento?
Senhorl Bem sabemos que as oportunidades são renovadas. Que a Vossa
misericórdia para conosco é imensurável e que o vosso amor não tem limites. No
entanto, sentimo-nos abatidos e acanhados, perante tantas lições com pouco
proveito da nossa parte. Mas esperamos, e a fé nos convida, que nos renovemos
no amor, no Impulso de sermos novos homens em Cristo, avançando e querendo
ganhar, na conquista, as qualidades indispensáveis para sentirmos o bem imortal.
Senhorl Graças vos damos pela paz, pelo perdão, pelo entendimento, pela
amizade desfrutada nessa simples casa que, para nós, é um céu, onde nós somos,
sem medo de errar, 03 anjos de Deus.
Graças vos damos pela harmonia que desfrutamos e pelo verdadeiro amor que
vinculou os nossos corações em Vós.
Assim seja.

ELA

Pai Celestial! A confiança que já despertastes em nós não nos separa jamais!
As bênçãos que estamos desfrutando no lar, pelo Vosso amor, convida- nos a
grandes e porfiadas meditações, e o modo pelo qual nos amais foi nova
descoberta, onde surgiu, por encanto, o prazer de viver.
Senhor! Agradecemos-vos por tudo, em nome do Cristo, pedindo que Jesus
nos abençôe hoje e sempre, para que possamos amar e servir a Vós todos os dias.
Permiti, Mestre, que a Mãe Santíssima figure nos nossos passos como sendo o
exemplo das nossas atitudes, para que possamos compreender a Vós.
Visitai-nos com frequência e estimulai os nossos entendimentos, para que possamos viver retamente, eu sendo ELA e o meu companheiro sendo ELE, os
dois espíritos como se fossem uma só carne, afinizando os sentimentos, as ideias
e o amor, pois dessa maneira os cumprimentos dos nossos deveres serão mais
fáceis e o fardo mais leve.
Permiti, Jesus, que Maria nos abrace em nome de Deus e que dentro do nosso
lar se acenda o sol do amor verdadeiro, de modo que todas as almas que ali
transitam se aqueçam nesse calor divino.
Deus! Abençoai os nossos esforços!
Jesus! Compadecel-vos das nossas fraquezas!
Maria! Atendei os nossos pedidos de mais paz para a humanidade!
Assim seja. r certo, será bem maior que esta.



S. G. Fabricius Mouton Bionaz
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09 Out 2020 14:21 #43813 por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40)
Respondido por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40) no tópico Grupo Espirita Jesus de Tomé

BOM DIA AMIGOS E AMIGAS DE CAMINHADA!


TAREFAS SIGNIFICATIVAS



  
        Visitar o doente no hospital.
        Costurar para os desnudos.
        Oferecer um prato de sopa ao faminto.
        Estender a xícara de leite a quem deva tomar um remédio.
        Cooperar na limpeza de uma instituição assistencial.
        Sorrir para o desesperançado.
        Dar presença incentivando os companheiros a perseverarem.
       
Não demonstrar abatimento.
        Retribuir a gentileza de um amigo.
        Escrever um bilhete de apoio a quem esteja em prova.
        Falar edificando.
        Não tecer comentários desairosos.
        Cuidar do jardim.
        Eis algumas das tarefas mais significativas para quem realmente deseje ser útil.  
 

Livro: Vigiai e Orai
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier



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10 Out 2020 11:33 #43818 por S.G.Fabricius Mouton Bionaz (lodete40)
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QUANDO DEUS DA ERRADO

Dora Incontri



1-Quando deus morre (0 vazio do
mundo)
Deus não pode morrer, porque um de seus atributos é justamente o de ser
eterno. A mortalidade não pertence à natureza divina. Entretanto, no final do
século XIX, um louco, num livro escrito por um filósofo que de fato morreu louco —
o alemão Friedrich Nietzsche — declarou a morte de deus. E até hoje, muita gente
acreditou nesta morte, a civilização se perturbou com essa declaração, lançada a
esmo, sem justificativa ou motivo, pois a filosofia nietzscheana é feita de
aforismos, sem lógica ou argumentação, pois que abole a razão como categoria
confiável.
Não foi apenas Nietzsche que matou deus. Feuerbach, Marx, Freud e tantas
outras mentes brilhantes, enraizadas no século XIX, retiraram deus do mundo, da
história e da alma. Consideraram deus uma invenção humana, uma alienação, uma
ilusão.
O que ocorre, porém, quando deus é dado como morto, quando se quer afastá-lo
da compreensão das coisas? Aí Nietzsche, o chamado filósofo do martelo, é sem
dúvida o mais coerente com o ateísmo radical que professa: tira-se deus, tira-se o
fundamento e a inteligibilidade do universo. Tudo se torna caótico, sem sentido,
sem rumo, sem legalidade cósmica, sem medida... E perfeitamente coerente ao
mesmo tempo negar deus e negar a razão, e, ao mesmo tempo, desqualificar a
ciência e a filosofia, a moral dos valores universais e as religiões. Tudo o que
explica a realidade supõe uma inteligência por trás da razão de ser das coisas.
Mesmo que se negue a existência desse ser por trás dos seres, aqueles que
acreditam em conceitos como organização do universo, inteligibilidade do real,
finalismo das leis naturais, estão, ainda que inconscientemente, supondo uma causa
inteligente, uma origem pensante...
A ciência materialista, por isso, é ingênua, ao se supor na salvaguarda do
ateísmo. E Nietzsche, pelo mesmo motivo, é mais coerente em sua loucura: sem
deus, não há sentido, não há razão, não há ciência, não há nem mesmo filosofia.
Assim, a declaração nietzscheana da morte de deus desencadeou no mundo um
processo de morte generalizada. Hoje se fala em morte da história, morte da
ciência, morte da filosofia e do próprio sujeito. O que é isso? E que se arrancando
a base, a finalidade e a razão, consequentemente, desmancham-se as ferramentas
que supunham conhecer a realidade e o próprio conhecedor e ator da vida — o ser
humano. A crise do conhecimento, a crise de valores, a crise da ciência, a crise das
utopias (embora algumas se considerassem ateias guardavam sabores metafísicos)
— e todas as crises possíveis, assumidas hoje e que enchemas mentes e os livros de perplexidades sem resposta, é uma crise da ausência de deus.
Se tudo é casual e incerto, se não existe nenhuma previsibilidade finalista na
natureza, se nada parece ter um sentido, estamos pendurados no vácuo — insustentavelmente leves, como diz Milan Kundera, já no título de sua obra A
insustentável leveza do ser, um dos clássicos sintomáticos da literatura
contemporânea.Mas como podemos conhecer um mundo caótico, como podemos agir neste
mundo, como podemos nos orientar no labirinto dos interesses pessoais e de
grupos, dos desejos multifacetados, dos fatos sem nexo, que nem sabemos se sáo
mesmo fatos ou apenas interpretações subjetivas (como diria Nietzsche, não há
fatos, apenas interpretações)? Como ter esperança e vontade de nos
encaminharmos para algum ideal de humanidade melhor, de mundo melhor, de
metas históricas a serem construídas, se a força das circunstâncias aleatórias
escapa de nossos dedos incertos e tudo não passa de um jogo de representações simbólicas?
Essa é a sensação do momento em que estamos mergulhados. É claro que a
grande massa humana não partilha desse niilismo consumado (segundo expressão
de Gianni Vattimo, um dos representantes do pós-modernismo em pauta). Grande
parte da humanidade continua a crer em alguma forma de divindade, que sustenta
suas esperanças cotidianas. E a própria ciência tradicional, com seu ateísmo
presumido, ou pelo menos agnosticismo assumido, continua agindo como se o
universo tivesse uma ordem — senão ela não seria capaz de produzir uma
tecnologia que funcionasse. Quando um avião sobe e voa, quando um foguete chega
a Marte, quando um cirurgião cura uma pessoa, mesmo quando uma bomba atômica
mata milhares - a ciência nada mais faz que obedecer a leis naturais, para que os
inventos humanos funcionem. Se tudo fosse tão caótico e imprevisível, nada
funcionaria com certeza. E verdade que essa obediência às leis da física, da
matemática, da química ou da anatomia pode estar associada à desobediência a
outras leis — leis de fraternidade, de igualdade, de justiça... Mas esta é outra
questão, de que adiante falaremos.



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