Mensagens de Paz

Não lhe fira a calúnia. Viva de modo que ninguém possa acreditar
no caluniador.
*
Não se atrase, em face da perturbação. Siga seu caminho, atendendo
aos objetivos superiores da vida, porque os perturbadores
são inumeráveis.
*
Não lhe doa a acusação indébita. Você pode realizar muitos
planos valiosos, em contraposição aos acusadores gratuitos.
*
Não se incomode pela desconfiança descabida. Em qualquer
lugar, você pode empregar a boa consciência no serviço honesto.
*
Não desanime, em razão da crítica. Se a censura é serviço cabível
a qualquer um, a realização elevada é obra de poucos.
*
Não se aborreça em virtude de pareceres desfavoráveis. Se
você permanece consagrado ao bem, a aprovação da própria
consciência prepondera acima de qualquer opinião por mais respeitável.


Francisco Cândido Xavier - Agenda Cristã - pelo Espírito André Luiz [/quote][/quote]

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.
*
A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento
de paz para as decepções de seu caminho.
*
A calma não é harmonioso violino para as suas conversações
agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.
*
A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de
camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boavontade,
ante os companheiros menos evolvidos.
*
A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso
alheio. É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.
*
A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É
refúgio certo para as ocasiões de tormenta.
*
O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus
crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de
luta.
*
A resistência não é adorno verbalista. É sustento de sua fé.
*
A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É
energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
*
Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço
próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

Francisco Cândido Xavier - Agenda Cristã - pelo Espírito André Luiz

Calúnia... A calúnia me lembra uma posição de entendimento a um problema filosófico ligado à ontologia que eu cheguei quando estava na adolescência. Claro que naquela ocasião eu nem me dava conta de ser algo ontológico e filosófico. A ponte só foi construída depois que cursei Filosofia.

Mas o caso é que existem apenas duas coisas que podem falar sobre nós: a mentira e a verdade. Não há uma terceira opção pois o equívoco é mentira. É uma "precipitação caluniosa". Bom, se existem apenas duas possibilidades para o que falam de nós, a coisa em si fica mais simples. A simplicidade se dá pois, se o que falam de nós é uma verdade (por pior que seja) é verdade e pouco importa! Mas se o que falam de nós é uma mentira, uma calúnia, uma inverdade, ou falácia - filosófica - então não temos que nos preocupar pois é inverdade! Porquê se preocupar com uma inverdade? A menos que seja uma falsa acusação que requeira provar judicialmente, não há nada com o que se importar.

Então surge o problema do efeito da calúnia (ou da verdade) que é o impacto emocional que causa. Ai entra um outro elemento: o que se sente a partir da emoção (outra questão ontológica). Quando alguém calunia, o que é caluniado, ofende-se.

Aqui o português nos ajuda a desvendar o mistério! "Ofende-se". O que é "ofender-se"? Ofender-se ou, ofender a si mesmo, - no bom português - é uma condição a que o ser se coloca a partir da experiência que tem com alguma coisa. Por exemplo, se pode falar para uma garota: "nossa você é bonita", e ai a garota pode interpretar que foi dito como fetiche e ofender a si mesma com o que, inicialmente, foi dito como elogio. E assim acontece para tudo! O que se interpreta é diferente, e sempre será, do que foi dito. Pois o sujeito que interpreta é diferente do sujeito que diz.

É impossível ofender a alguém, e por isso é impossível que alguém ofenda outrem. Apenas o indivíduo pode ofender a si mesmo com algo que interpreta. Voltamos ao início: ofender-se, interpretar o que dizem, importar-se com mentira ou verdade.

Meu caro amigo Duque, essa sua observação me fez lembrar o saudoso Chico Xavier. Na verdade você falou igualzinho ele rsrsrsrs.

"Se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas." - Chico Xavier

Realmente nos faz pensar o que disse, afinal somos responsáveis por apenas 50% em um dialogo os outros 50% são interpretações de quem estamos dialogando.

É um dos grandes dilemas do diálogo: falamos o que queremos, entendem o que querem. Em razão disso a comunicação científica e filosófica é difícil e portanto, primam por clareza e por explicar ao máximo até significados dos termos no discursos que se esta a fazer.

Comunicar-se é algo complicado. Em filmes de ficção sobre alienígenas vemos sempre uma grande dificuldade em dialogar com outros seres, mas esquecemos que cada um "outro" é um "alienígena" para nossos pontos e para o que pretendemos dizer.

E ainda, muitas vezes, esbarramos também com a situação de alguns simplesmente não estarem prontos para nos compreender. Ou com a situação de já terem elegido uma "verdade" outra, ou por lhes faltar discernimento... O diálogo é algo difícil!