12ª LEGISLATURA DO SENADO REAL

Senador,

A partir do momento em que SOLICITO UM ACORDO, creio que o que o senhor diz já poderia ter sido pensado. Mas se o lado irregular e não assistido pela lei, no caso, os senhores, recusam-se a um acordo (talvez por interesses políticos), resta-me usar a lei. Eu propus um acordo mas o senhor negou qualquer possibilidade.

Vaidade são dois membros de uma família impor uma votação sem debate anterior. Vaidade são dois membros de uma família utilizar-se de uma brecha para ter maioria NÃO ELEITA no Senado. Vaidade é um senador achar que sua proposta é a melhor e temer o debate igual e natural da democracia. Não vi nenhum dos dois senadores no debate POPULAR. Talvez porque ambos achem que este debate seja desnecessário.

Isso é vaidade, Alteza. E digo mais, o povo precisa repensar a democracia italiana. Afinal, um Senador que é Senador e ao mesmo tempo Magistrado, acumulando duas funções, é um juiz que legisla. Nem mesmo o Rei possui tal poder.

Att,

Excelência,

Não se utilize do fato de eu e Fernando sermos, hoje, de uma mesma família. Lembre-se que não eramos e sequer havia qualquer conversa no sentido de sermos de uma mesma família antes desta legislação.

Somos de uma mesma família hoje por tentativa de melhorar estruturas familiares no Reino, o que pode em muitos aspectos conduzir-nos a um crescimento favorável e produtivo.

Não use isso para camuflar sua tentativa de impedir que um projeto de lei fosse votado. Não é questão de acordo, é questão de direito. De um um direito que Vossa Excelência ainda não percebeu. De um direito de um Senador, qualquer que seja, abrir votação de um projeto, qualquer que seja.

É uma mera desculpa, de vossa parte, usar, agora, e somente agora, o fato de hoje sermos de uma família. Mas o fato é que Vossa Excelência usa isso a fim de tentar impedir o direito democrático do voto pois o projeto visa corrigir um grave erro na Lei já aprovada. Vossa pessoa ainda tenta "acordos" para impedir votação no Senado! O que vossa pessoa faz é impedir a votação de uma Lei por meios democráticos. E vem falar que o projeto não está pronto e precisa ser debatido. Não, o projeto não precisa ser debatido. Só votado. E a especulação sobre a situação familiar é apenas a "ponta" para poder tentar impedir a votação.

Não há "maioria não eleita", Vossa Excelência o Senador Fernando foi Eleito pelo Voto popular e, inclusive, o projeto é dele! Não é um projeto meu! O projeto é dele pois ele tem maior experiência no que toca o assunto da economia micro.

Então me diga, Senador, se eu suspender a ad-rogação, eu e Fernando não seremos mais da mesma família, ai a lei entra em votação? Ou vamos continuar com um Presidente do Senado que se gaba de ter sido eleito pelo voto mas que impede a votação de uma lei? O Senado não é você, Excelência, o Senado somos nós! Nós podemos sim pedir uma votação de projeto, vote contra, se isso te faz se sentir melhor.

Att.

Senador,

Se preferes entrar no campo do imaginário mundo das interpretações, então darei aqui meus pareceres.

O Senado Real começou a ter problemas com a aprovação de projetos de Lei a partir de 18 de agosto, quando incansavelmente debatíamos se a Reforma Eleitoral foi bem votada ou não, lembra-se? Os debates sobre o sistema financeiro (que já estava para ser debatido desde ANTES da ad-rogação) pode ter influenciado o senhor e o senador Fernando a unirem-se.

De toda maneira, esta não é a questão. Pessoalmente, creio que não houve má fé por parte dos senhores. Ocorre que quando começamos a debater as questões financeiras do Reino, no dia 28 de Agosto, as discordâncias começaram. Como democrata que sou, debati com os senhores e fiz questão de procurar esclarecer ponto a ponto os projetos. Os senhores (ambos) ignoraram o debate e se uniram para propor uma votação em conjunto (Fernando propôs mas você revisou). Foi hoje (quer o senhor acredite ou não) que percebi que ambos estavam na mesma família. Eu já estava incomodado com a incomunicabilidade dos senhores antes. Mas só hoje vi que estavam os dois na mesma família. Isso para mim é união de interesses SIM.

Tanto S.A. quanto Fernando ignoraram os debates, tanto no Senado quanto popular, para IMPOR uma vontade própria de ambos. O projeto pode ser de Fernando mas possui apoio incondicional do senhor Líryan. Oras, se o Senado precisa ser democrático, o fato de ambos os senhores serem da mesma família IMPEDE que tenhamos um ambiente democrático. Fernando foi eleito mas o senhor Líryan não. Ademais, dois membros de uma mesma família formam, querendo ou não, uma maioria NÃO-ELEITA no Senado. Isso fere a democracia.

Eu propus um acordo. O senhor ao invés de vir com esta possibilidade, de desfazer a ad-rogação, o senhor negou qualquer tipo de acordo. Me restou apenas levar o caso ao MP. E esta denúncia já está feita. Deste modo, agora eu não posso fazer nada, mesmo que a ad-rogação seja desfeita. O caso foi levado ao MP e agora precisamos esperar. Não posso atropelar a denúncia já feita.

Entenda, Alteza, que de minha parte há o interesse maior pelo bem do Reino. É por isso que exaustivamente debato e converso com todos. Isso sim é qualidade senatorial. O parlamento tem essa conotação, "parlare", falar! Quem age e quem executa é o Executivo. No legislativo, temos mais é que conversar e conversar até chegarmos a um denominador comum. E a questão do sistema financeiro é uma delas.

Estou pouco preocupado com o projeto do Senador Fernando ir para votação ou não. Apesar de crer ser muito necessário uma revisão e um debate, creio que este projeto é inaplicável. Logo, não daria certo e seria injusto com todo o povo. Mesmo que fosse aprovado, ele seria impraticável.

Mas, enfim, não temos muito o que fazer agora.

Att,

Excelência,

Não estou perguntando se está de acordo ou não, pouco me importa se está de acordo ou não com um projeto. O que estou perguntando é o seguinte, e por favor, responda com "sim" ou "não".

Caso eu e Fernando não sejamos da mesma família, Vossa Excelência realizará sua função de Presidente da Casa e colocará o projeto tal como está para votação? Sim ou não, Excelência?

Vai colocar em votação ou vai tentar outra desculpa para controlar o Senado a seu gosto impedindo a votação de uma Lei?

Att

Excelências,

Eu, o Senador Líryan Kawsttryänny Umbrio de Avola, venho por meio deste clamar ao Presidente do Senado Real Italiano que, de maneira imediata e indiscutível, abra urna para votação da Revisão da Lei de Finanças apresentada nesta legislatura, sob pena de reincidência na infração do Artigo Vigésimo Oitavo, I, do Regimento Interno desta Casa.

Por oportuno informo não existirem dois Senadores pertencentes à uma mesma família nesta Casa, nesta Legislatura, neste Momento.

Atenciosamente.