Cronache d´Avola - Texto Político

Sei como é, estou olhando preços de climatizadores neste exato momento!

Bom, a meu ver, e de fato é coisa pessoal que não temos que nos mudar, sendo a derrota a mesma, quem saiu mais cedo apenas perdeu menos tempo. Penso que quem fica, fica por não tentar perder, enfim...

Bom, isso ai que você postou, a grosso modo, por mim, é que deveria ser a constituinte! Sério mesmo! E não precisa ser muito mais que isso ai também. Pode incluir que é uma democracia e que tem um senado, pronto, resolvido o problema da Constituição. Ai vai para leis orgânicas onde cada ministério seria convocado, e onde cada ministro informaria suas necessidades. A magistratura poderia informar sobre a sugestão de uma lei política. A Imigração, por exemplo, informaria como seria a necessidade de leis para ela funcionar. Ai os Senadores debatem, votam e aprovam. Coloca-se as leis aprovadas em um tópico fixo no Senado, ou no Senado e na Magistratura, mantem a rotina de mandar tudo para Trinacria, resolvido o problema de leis. Exclui todas as outras existentes e pronto. O banco indica suas limitações técnicas para que o Senado, ciente disso, bole o meio de colocar lira na jogada, e solicita à Magistratura que convoque uma ou duas pessoas para arquitetar um código civil a ser votado no Senado. Sem um código civil ter leis é purpurina,

Viu? Uma semana e toda a base está pronta! Só falta aguardar os ministérios bolarem suas necessidades - o que serve para dar vida a eles e trazer os ministros à uma atividade real. Enquanto isso se ocupa (o Senado) das coisas verdadeiramente importantes que é buscar e, principalmente, receber e formar novos micronacionalistas. O que ele irá fazer conversando de pertinho com o Ministro da Imigração e sabendo dele o que é importante e necessário.

Dos problemas, de nós todos.

Nestes meus aproximados quinze anos de micronacionalismo venho observando várias semelhantes nos cidadãos micronacionais e nos macronacionais. Assim como venho observando várias estruturas sociais se repetirem tanto no micro quanto no macro. De forma que, talvez se possa dizer com alguma certeza, que muito se engana aquele que acredita ter, no micro, um personagem completamente diferente de seu “eu” macronacional.

Apesar dos nomes rebuscados, das referências, das pompas que nos permitem nossas circunstâncias, venho observando uma semelhança profunda entre o “eu” do coletivo de cidadãos de uma micro e o “eu” do coletivo de cidadãos macronacionais. Claro que no micro isso é observado de forma mais expressa, condensada e mais bem delimitada. Mas está lá, claro como o Sol!

Neste tempo de micronacionalismo viu nações surgirem, ruírem... Vi brigas de intrigas motivadas pela mais medíocre das vaidades. Uma estruturação de lobby para tentativa de controle político de fazer inveja ao cenário macro. Leis sendo criadas, apagadas, modificadas, recriadas... E haja paciência para lidar com os paples, pessoas cujo tempo permite criar uma dezena de contas para exercer nossa versão para falsidade ideológica. Sem falar nos sensíveis “homo micronacionalis”, aquele tipo que ameaça sair de uma nação porque não gostou de uma cor de fonte que viu em um canto de página...

E já em toda esta estruturação temos um reflexo direto de toda a nossa sociedade. O lobby, as falsidades, a fragilidade de maturidade, a tentativa de fuga e as brigas por nada. Se há neste planeta um povo que goste mais de brigar por nada que o brasileiro, ele ainda não deu as caras! Brasileiro mata por nada, morre por nada, rouba por nada... E por fim, todo brasileiro só não se manda do Brasil, por nada, por não possuir um meio. Em muitos aspectos isso explica a grande evasão que existem nas micros. E também a contínua troca de micronações, a busca por sempre construir uma micro “nova e melhor” em outro modelinho “mais-super-foda”. Do Brasil não dá para sair nadando, mas com dois cliques se sai de uma micro, é fácil, simples e ainda conta com a melhor das desculpas: o tempo macro.

Enfim, muitas são as semelhanças entre sociedade brasileira macro, e sociedade (brasileira) micro. Nossa cultura reflete diretamente na cultura que criamos. Se não formos uns críticos ferrenhos da nossa cultura, iremos sempre criar uma cultura aquém da qual viemos. Mas quando críticos, geralmente, assustamos os frágeis “homos micronacionalis”.

E de todas as semelhanças entre micro e macro, no que toca a cultura e seu exercício, nenhuma me parece mais clara, delimitada e precisamente estruturada do que compete à postura do cidadão para com as leis e o sistema. Assim como no macro, no micro, todos querem mudanças, e só mudanças! Mesmo sem conhecer o que mudar, os motivos de mudar e suas possibilidades.

Assim como no macro o ser micro não se ocupa de conhecer as leis. Raro um que leia uma constituição micro, que tem ai suas dez páginas se tanto! Mas é claro, ninguém lê a macro! E mais raro aqueles que lêem e buscam dialogar sobre a interpretação oficial da coisa. Entendo de forma clara. No macro a praga é a mesma, ninguém lê, ninguém quer saber, mas todos querem mudar! Brasileiro tem uma tara: mudar todas as leis que não conhece instituindo leis que não precisa. Todo brasileiro quer, sobretudo, “mudar o sistema”. Não importa o sistema ou o quanto ele dê certo, “tem que mudar”.

No micro é fácil mudar leis e sistemas, mudamos isso três vezes por ano nos últimos dez anos, nunca rolou nada de bom! Mudamos o sistema, mudamos as leis, mas somos sempre, nós mesmos! Não mudamos nossas atitudes, exatamente como no macro! E seguimos, no macro, reclamando de que tudo está péssimo! No micro não reclamamos, não temos tempo...

Toda sociedade micro, oriunda do Brasil, faliu! E faliu pelos exatos mesmos motivos. Estes motivos, são exatamente os mesmos que impede a sociedade brasileira, macro, encontrar um rumo melhor e se colocar nele.

Hoje, vejo um pouco melhor a importância de uma atividade como o micronacionalismo no sentido de permitir a experimentação cultural e ver os limites tão claros que existem nas sociedades macronacionais. Pois no micro, o “homo micronacionalis” é o “homo sapiens” sem limites financeiros, sem limites de tempo ou idade, sem limites de saúde ou de cultura, sem, nem mesmo, limites físicos! Mas ambos estes “homos” produzem exatamente a mesma coisa, porque livres e libertos, não possuem rumo. É pesaroso concluir que, por enquanto, a raça humana ainda não nasceu para ser livre!

Líryan Kawsttryänny Umbrio de Avola

Logo logo terá material para fazer o Cronache d´Avola voltar a ativa!!

Agora o Cronache volta a ativa... haha