Cronache d´Avola - Texto Político

Precisamos nos desacostumar do "next". Conhecimento nenhum é intuitivo!

Talvez, pelo progresso tecnológico que se conseguiu, e algumas facilidades que ele implica todos nós, especialmente os mais novos, geração y e z, passaram a crer que tudo é "next". Que o conhecimento é "prático", que basta entrar e realizar. É assim para tudo, as pessoas acreditam que sabem usar um word, ou um excell só por saberem que, se clicarem no seu ícone ele irá abrir. As pessoas acham que sabem configurar roteadores pois é só ligar na tomada e dar uns "next" com a senha certa que tudo fica bem. Acreditam que por poder votar e estar "em meio á vida política", entendem de política, muitas vezes citando revistas como a "Veja" como fonte de informação, sem nem saber de fato a estrutura de informação do folhetim.

Este conceito-ideia de sabedoria vem se propagando e é absolutamente nocivo. Aqui, no micronacionalismo, podemos vê-lo de maneira mais clara dada a nossa estruturação de modelismo. Já estive em situações no Senado em que semanas de debates foram gastas debatendo a mudança de um dado texto, que, na verdade, não existia mais! Foram semanas para explicar que, aquilo que queriam mudar, simplesmente não existia! Se mudassem, não haveria efeito pois, era como querer concertar uma ponte que já havia sido implodida.

Infelizmente as pessoas não se guiam ao conhecimento por si mesmas, pois estão acostumadas com o que disse acima, o "conceito do next". E isso nos trás a necessidade de imbuir alguma obrigatoriedade de aprendizado guiado para que se possa formar sucessores.

Hoje não temos sucessores, não só para a Magistratura, mas não temos para a Imigração, não temos para o Senado, não temos para os Ministérios... Criar esta estrutura não é simples, e portanto, dada nossa necessidade natural no micronacionalismo começar por instruir a politização popular é vital. Pois é dela que poderá surgir novas instruções e preparações. O que estou dizendo com isso e´que não nos adiantam, por exemplo, que eu instrua alguém a ser Magistrado, até que existam Senadores que compreendam que candidatos à magistratura devem possuir um dado conhecimento "atestado". E não se fará estes Senadores sem obrigar o povo a se instruir para se tornar eleitores melhores.

Aliás, alguma obrigatoriedade talvez até nos resolva o problema da atividade, já que, infelizmente, a maioria dos seres humanos não é livremente ativa, precisando quase sempre de um foco de obrigatoriedade para se lançarem à atividade. No macro isso passa despercebido pois as obrigatoriedades estão implícitas na sociedade: ter que ter uma casa, ter que pagar as contas, ter que competir no emprego... Aqui isso não existe, aqui somos absolutamente livres e "sem" obrigações. Um dos motivos que micronações democráticas virem a falir é, também, este. O cidadão entra, mas por não ter uma obrigação, um foco, fica perdido e desaparece.

Se houve-se uma estrutura de ensino, creio que muitas das queixas não existiriam. A simples "educação" sobre tal matéria, não significa melhor atuação nela.


Contudo, faço votos que essas idéias entrem em prática.


Se puder ajudar em algo que eu consiga fazer, estou a disposição por livre e espontânea vontade e não tomo isso como obrigação.


Vosso,

Concordo que educação por si só não muda muita coisa, conhecimento sobre uma dada área apenas permite a pessoa que quer atuar na área, atuar de maneira melhor. Não faz a pessoa querer ou não atuar.

A importância que vejo em termos esta educação é que ela poderá permitir aos novatos ter um meio de ingresso no Reino. Um objetivo, uma meta, para começarem ativos e se instruírem indo além da possibilidade de simples criações pessoais. Venho notando o fenômeno aqui de que muitos entram e ficam sem “lugar”. Isso é complicado.

A educação em si não fará com que uma pessoa se torne ativa, o que ela fará é possibilitar a uma pessoa que já é ativa uma atividade mais produtiva, assim como poderá dar a um pretenso ativo um “guia” inicial para não se sentir deslocado e sem ter o que fazer.

Como em um jogo, um tutorial. Imaginemos uma pessoa que entra em um determinado jogo, um RPG (por ser mais complexo). Então esta pessoa não domina a língua falada no jogo, ela entra naquele ambiente, se interessa pelos gráficos, mas não consegue sair do lugar pois não compreende os objetivos do jogo. Naturalmente este pessoa irá abandonar o jogo. É a mesma coisa aqui, as pessoas entram, não entendem nossa linguagem e nossos códigos, não sabem com se “movimentar” aqui. Então, simplesmente saem.

Não estou falando que a educação irá fazer com que todos os súditos fiquem, aliás, é um fenômeno curioso, eu tenho mandado mensagens para todos os novatos, privada, e não tenho resposta alguma! É bizarro isso, parece que as pessoas fazem cadastro no portal só para ter um cadastro no portal!

Não é a estas pessoas que eu me dirijo e sim a aquelas que estão interessadas, que tentam contribuir, que já estão ativas e precisam do “tutorial” do jogo para saber quais missões tem para concluir e evoluir seu personagem, até que possam, com isso, se encontrarem e realizarem aquilo que idealizam.

Em tempo,

Penso que uma coisa que também precisa mudar neste Reino é nossa “atitude-diálogo”. Nós sempre vimos ao fórum, postamos idéias, sugerimos e acabamos nos animando, isso gera alguma atividade mas não sai disso. Estamos assim em vários assuntos. Desta forma e já tendo eu citado aqui alguns nomes, venho propor a “atitude para este nosso diálogo”, no sentido de ter, dos nomes citados e dos que se quiserem citar, o que podemos contar, uns com os outros a fim de tocar a coisa.

Ou seja, quem pode o quê? Quem pode desenvolver uma matéria? Como se dará? Como a UNITALIA precisa da coisa para funcionar? PDF? Word 2011? Word 2003? Quem fará o quê para que duas pessoas não façam o mesmo? Ou ainda, duas pessoas fazendo uma matéria pode ser mais produtivo? Quais pessoas? Quais matérias?

Que tal ligarmos estes pontos e começarmos a produzir o material a fim de podermos pensar em quando poderíamos enviar o material para a UNITALIA a fim de que se possa estruturar o curso?