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Mas aqui entramos também num outro discurso: sim, existe meritocracia no brasil em diversos pontos, mas ela é estruturada na competência de execução do cargo ou ela é estruturada na competência de se chegar ao cargo? E aqui, talvez, tenhamos um parte bastante fundamental da questão toda.
Quanto a comparar, bem, me parede possível compararmos qualquer coisa! Até lápis com carne, no fim, há carbono em todos De maneira que não vejo nenhum absurdo em comparar a postura de um povo diante de sua realidade e seus problemas com a postura de outro povo, diante de sua realidade e de seus problemas.
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Na minha universidade, menos que 7,0 de média ponderada te retira direito de receber bolsas de estudo e desenvolvimento de pesquisa, e no meu curso em específico, além da disputa do vestibular há uma segunda disputa pelas vagas da graduação em língua estrangeira desejada.
Bom, até 68 prevalecia uma meritocracia nos moldes do que você anseia. E éramos o país mais atrasado da América do Sul em matéria de educação.
Cada sociedade se desenvolve e lida de forma diferentes com situações diferentes porque vivem historicamente, em momentos diferentes, diferentes crises. A Suécia não colonizada por um Estado controlado por uma máfia religiosa e dominada por uma elite parasitária por 300 anos, por exemplo.
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Mas começamos a tirar as coisas da obscuridade e a falar a mesma língua, enfim, algo produtivo! Bom, sobre o ensino fundamental, aqui em MG tem esta mesma teoria. Mas infelizmente, aqui, é só na teoria. Na prática a coisa não funciona assim. O que quero dizer com isso é que existe a teoria de que o aluno seria retido, porém há uma 'insistência" aos professores que os impede de reprovar. Não que os impeça totalmente de reprovar, mas para eles reprovarem um aluno eles precisam fazer relatórios, expor isso defendendo a reprovação. E com isso perdem o tal bônus. Ou seja, na prática, se o professor realmente quiser avaliar o aluno ele tem que enfrentar burocracia e perde bônus salarial. E as pessoas geralmente não são tão íntegras a este ponto.
Aliás eu já coleciono um conjunto de "histórias curiosas" sobre educação. Por exemplo, por volta do ano 2002 o governo enviou para as escolas um monte de material para ser desenvolvido e com o objetivo de diminuir violência doméstica, abuso sexual, homofobia... As escolas que tentaram aplicar isso sofreram nas mãos dos pais de alunos que viram na coisa uma "obscenidade". Foi mais ou menos em 2005 que algo parecido foi feito para se buscar uma melhoria na integração de pessoas de crenças diferentes. Mais uma vez, população se manifestando contra.
Na verdade mesmo não existe um bônus por trabalho, o que existe é uma ilusão disso e uma "penalização" se você reprovar alunos. Em princípio todos vão receber o bônus se aprovar, se não, corre o risco de perder. É uma meritocracia estranha, convenhamos. A teoria é mais ou menos como você disse, na prática não funciona assim, ao menos, aqui. E aqui, a coisa está falida também.
Nas faculdades é que eu não sei muito bem como funciona, na minha eu ainda não tive "tempo" de ver como isso funciona, a questão de bolsas e tudo. A propósito, qual sua área?
Além este impasse entre teoria e realidade uma coisa que observo aqui: muitos e muitos alunos saem do ensino médio (rede pública e privada) sem conhecimentos mínimos em matemática e português. Então, se há alguma meritocracia para eles saírem do ensino médio, algo de muito sinistro anda rolando. O mesmo para os professores, aqui, as pequenas vantagens que eles possuem não estão ligadas diretamente ao mérito e sim à sindicalização. Se são sindicalizados eles conseguem alguns benefícios (bolsas, estas coisas) se não são, não.
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Falo isso pois, creditar a uma "máfia religiosa dominante" os problemas do Brasil, é uma coisa meio limitada, a meu ver. Hoje especialmente. Hoje nós temos um acesso muito grande à informação de uma maneira geral. Tem vídeo de pastor mandando matar, estuprando, traficando... Tem vídeo de padre pedófilo, tem reportagem o tempo todo sobre isso... Então, falar que hoje as pessoas no Brasil são socialmente atrasadas porque há quinhentos anos atrás chegaram uns religiosos sistemáticos aqui, sinceramente, é complicado. Acho mais interessante assumirmos: somos pífios e não soubemos fazer nada melhor que temos com nossos recursos.
Falando em religião, a Islândia por exemplo é quase toda protestante. Isso não os impediu em nenhum momento de criar uma sociedade pouco violenta, onde mulheres e homens possuem igualdade, com menor gama de preconceitos sociais. Aliás, a Alemanha passou pelo nazimo! tinha tudo para ser um Estado altamente violento, com altos índices de preconceitos... e não é o caso. Claro, concordo que sociedades diferentes, com experiências diferentes, vão reagir de uma maneira diferente. Mas aqui estamos lidando com problemas sociais, gerados pela própria sociedade.
Falar que o Brasil é o que é por ser um país jovem, por ter tido um tipo específico de colonização, isso colava até os anos oitenta... noventa... Depois da globalização, é porque quer ser.
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