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Caverna Filosófica Night Pub
- Líryan Umbria (liryan)
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Eis um grande ponto de se "amar a algo acima de si", nossa convergência "sobre amor" vem de interpretações que também se relacionam a posse. Passa a existir um "jogo" de "ter a pessoa" e "ser da pessoa", desumanizam-se ambos os lados e cria-se dependências. Ambas as partes acabam sofrendo, e tentando usar da vida em conjunto para esta questão de suprir carências. E aliás, "suprir carências" já vem como construção social de que: se precisa estar com alguém para ser completo. Voltamos ao pensamento de construção em que tem que ter "homem e mulher" e que foram feitos para "estarem juntos" e "serem um do outro"... Voltamos ao abandono do "amor próprio" e ai a terra fértil para um campo de problemas emocionais imensos!
É um assunto complicado e complexo!
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- Líryan Umbria (liryan)
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De forma geral não vejo qualquer problema em se acreditar em um ou mais Deuses, apesar de não não partilhar esta crença. Os problemas que vejo são no sentido do "que se faz com isso", e quando a teologia pretende legislar sobre assuntos que não são de sua competência, sendo de outros campos do conhecimento como Filosofia e Ciência. Inclusive isso declara uma falência da religião em si, onde se perde o propósito de "busca pessoal do Sagrado" e se passa a "busca de imposição de moral coletiva", com isso eu tenho alguns problemas... rs
Penso que, como muitas coisas, nossa cultura e história, "amor" é um "sentido em construção", assim como outros, e por isso vejo esta importância. No Budismo se tem uma dimensão de que "se torna Deus" digo isso para entendimento já que no Budismo não há Deus, mas há um "tornar-se" ou um "alcançar". Então me parece ser mais saudável que um "Deus - Amor" seja justo um "Amar a Si".
Att.
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- Marlon Bionaz (marlon)
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Dá ainda pra problematizar um ponto central na sua visão: "Deus não existe, logo é uma ideia como qualquer outra".
Pra um crente em Cristo não é assim que funciona. Pra um crente em Cristo Ele é real, ainda que pela fé e intermédio do Espírito Santo. A ideia de Deus, do espiritual como um todo, é um pouco diferente da fé em convicções abstratas, até porque pro crente Deus é Ser. Ideia, pro cristão, é uma série de outras coisas, como as interpretações das Escrituras e etc, mas não a divindade em Si.
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- Líryan Umbria (liryan)
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Em partes é meu ponto, veja, eu não digo "que ele não exista" e sim como "ideia". E ele ser real para um religioso é uma "ideia" de sua existência. A questão apresentará um problema de "linguagem" e de subjetividade no momento em precisar pensar "esta existência". A questão gera um ciclo: "Deus é Amor e é Ser" a abstração disso gera sua subjetividade, esta subjetividade se traduz em "algo" - para que não se torne "nada".
Preencher este Ser com "sentido" com significado, é o que nos joga no problema que declaro. Deus ser ideia é ser existente! E de muitas formas, inclusive. Então, estas muitas coisas, a que se vai "declarar como amor" e que possuem por base as escrituras (moral de com mais de 2 mil anos de defasagem e aceitações de atrocidades) passa a ser elementos constituintes da manutenção do problema: um amor que é tóxico. Ou, de outra forma: o que é este conjunto que vira a representação do entendimento de um Deus que é Real e que se traduz em sentido e, posteriormente, em ato? A base, as escrituras, que são entendidas como a base do entendimento do Real, de Deus, de sua Existência, logo, a representação do amor tóxico.
Pois se falamos em escrituras é o que elas "traduzem" em sentido e prática: aceitação do sofrimento, inferiorização da mulher, aceitação de sistemas escravocratas, soberania masculina, conjunto de moral do qual se desviada vira pecado, aceitação de punição - implicação de violência justificada - ao pecador... E vai infinitamente na continuação de uma cultura onde o amor é tóxico.
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- Antonella Menucci Umbrio (antonellam)
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é minha primeira participação aqui, então peço perdão se soar comedida, não tomarei mais do que um, dois ou três copos de tinto(talvez quatro rs).
Como amar ao outro sem ser capaz de amar e aceitar a si mesmo? É uma questão, supracitada nesta discussão, que é fundamental, pois usar outro ser humano como maneira de não precisar encarar a si mesmo é apenas adiar o inevitável, pois estamos sendo forçados a confrontar-nos, como encarar um espelho.
Certa vez ao conversar com um amigo, que pulava de relacionamento em relacionamento, questionei a razão de ele não passar algum tempo sozinho, para resolver as questões que tinha consigo mesmo. A resposta dele ilustra bem o cerne desta discussão: "Não suporto ficar sozinho, não gosto da minha própria companhia". Este, creio, seja um dos principais problemas de usar uma relação romântica como muleta para alcançar estabilidade emocional, estar sempre condicionado a maneira como o outro sabe ou não lidar com nossos problemas.
A questão da submissão é, ao meu ver, ao mesmo tempo natural e, concordando com a fala de S.A, uma construção social. Natural no sentido de que, inevitavelmente um dos dois seres envolvidos terá uma personalidade que vai se sobressair e dominar, mas num processo natural. Por outro lado existe a construção social, perpetuada pelo romantismo e outros movimentos, de que o homem deve ser o "Cabeça", tomando as decisões e imperando. Conheço casos, e não são poucos, em que a mulher é quem realmente é a pessoa enérgica, não vejo como isso venha a desmerecer a figura masculina ou torna-lo menos másculo. Existe, no entanto, a cobrança social de que o homem se imponha e domine.
Relacionamentos são contratos sociais, sei que parece uma maneira fria de tratar, mas é a verdade, então idealmente eles se baseiam num acordo ideal entre as partes. O desequilíbrio acontece quando apenas uma das partes dita os termos da relação. Creio que amor se baseia num consciente e voluntário ato de ceder, buscando o bem estar do outro, e se existe reciprocidade, espera-se que o outro também tome atitudes nesse sentido, isso tenderá a um equilíbrio de interesses, concordam?
Invoco, me esquivando da questão religiosa, para finalizar, o mito judaico de Lilith, que teria sido a primeira mulher de Adão. Ela teria se recusado a ficar por baixo durante o ato sexual, por causa desta insubmissão ela foi expulsa do Jardim e então Eva foi criada. Ela teria, segundo a mitologia judaico-canaanita, se tornado um espírito maligno, cuja figura é associada a uma grande sombra, emoldurando uma silhueta de rapina, que trazia o terror noturno e a destruição sobre cidades, ela era a mitológica figura do horror noturno(medo do escuro). Atribui-se a ela a destruição da cidade de Edom.
Espero que tenha podido contribuir. Grata por descobrir um espaço tão interessante em minha cidade
Procuradora Geral do Reino da Itália
Advogada
Súdito da Coroa Italiana
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