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Caverna Filosófica Night Pub

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02 Nov 2013 02:39 #21080 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
A últilma da noite para rir


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07 Nov 2013 13:08 #21113 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Então leio um texto sem observar quem é o autor, faço muito isso, é um hábito! Autores geralmente não me importam, ou, importam menos que o texto em si. O que realmente me importa é o que vejo no texto, retiro dele. Enquanto leio penso: texto bacana para postar no Reino, e ai vou ver o autor para o citar e, mais um do "Milton Neves da filosofia!" :D

Tudo que sei de Pondé, agora, é que, seja quem for, escreveu três textos pertinentes e com críticas atuais...

Em um dia lindo por estar nublado e chuvoso, após ler um texto que me fez perceber o quanto seria legal adotar a guilhotina como método de pena de morte televisionado, de um autoritarista convicto para autoritaristas que não se percebem autoritários, com carinho...

Eu acuso
Luiz Felipe Pondé


Jornal Folha de S. Paulo – Caderno Ilustrada (04/11/2013 – página E6)


Muitos alunos de universidade e ensino médio estão sendo acuados em sala de aula por recusarem a pregação marxista. São reprovados em trabalhos ou taxados de egoístas e insensíveis. No Enem, questões ideológicas obrigam esses jovens a "fingirem" que são marxistas para não terem resultados ruins.

Estamos entrando numa época de trevas no país. O bullying ideológico com os mais jovens é apenas o efeito, a causa é maior. Vejamos.

No cenário geral, desde a maldita ditadura, colou no país a imagem de que a esquerda é amante da liberdade. Mentira. Só analfabeto em história pensa isso. Também colou a imagem de que ela foi vítima da ditadura. Claro, muitas pessoas o foram, sofreram terríveis torturas e isso deve ser apurado. Mas, refiro-me ao projeto político da esquerda. Este se saiu muito bem porque conseguiu vender a imagem de que a esquerda é amante da liberdade, quando na realidade é extremamente autoritária.

Nas universidades, tomaram as ciências humanas, principalmente as sociais, a ponto de fazerem da universidade púlpito de pregação. No ensino médio, assumem que a única coisa que os alunos devem conhecer como "estudo do meio" é a realidade do MST, como se o mundo fosse feito apenas por seus parceiros políticos. Demonizam a atividade empresarial como se esta fosse feita por criminosos usurários. Se pudessem, sacrificariam um Shylock por dia.

Estamos entrando num período de trevas. Nos partidos políticos, a seita tomou o espectro ideológico na sua quase totalidade. Só há partidos de esquerda, centro-esquerda, esquerda corrupta (o que é normalíssimo) e do "pântano". Não há outra opção.A camada média dos agentes da mídia também é bastante tomada por crentes. A própria magistratura não escapa da influência do credo em questão. Artistas brincam de amantes dos "black blocs" e se esquecem que tudo que têm vem do mercado de bens culturais. Mas o fato é que brincar de simpatizante de mascarado vende disco.

Em vez do debate de ideias, passam à violência difamatória, intimidação e recusam o jogo democrático em nome de uma suposta santidade política e moral que a história do século 20 na sua totalidade desmente. Usam táticas do fascismo mais antigo: eliminar o descrente antes de tudo pela redução dele ao silêncio, apostando no medo.

Mesmos os institutos culturais financiados por bancos despejam rios de dinheiro na formação de jovens intelectuais contra a sociedade de mercado, contra a liberdade de expressão e a favor do flerte com a violência "revolucionária".

Além da opção dos bancos por investirem em intelectuais da seita marxista (e suas similares), como a maioria esmagadora dos departamentos de ciências humanas estão fechados aos não crentes, dezenas de jovens não crentes na seita marxista soçobram no vazio profissional.

Logo quase não haverá resistência ao ataque à democracia entre nós. A ameaça da ditadura volta, não carregada por um golpe, mas erguida por um lento processo de aniquilamento de qualquer pensamento possível contra a seita.

E aí voltamos aos alunos. Além de sofrerem nas mãos de professores (claro que não se trata da totalidade da categoria) que acuam os não crentes, acusando-os de antiéticos porque não comungam com a crença "cubana", muitos desses jovens veem seu dia a dia confiscado pelo autoritarismo de colegas que se arvoram em representantes dos alunos ou das instituições de ensino, criando impasses cotidianos como invasão de reitorias e greves votadas por uma minoria que sequestra a liberdade da maioria de viver sua vida em paz.

Muitos desses movimentos são autoritários, inclusive porque trabalham também com a intimidação e difamação dos colegas não crentes. Pura truculência ideológica.
Como estes não crentes não formam um grupo, não são articulados nem têm tempo para sê-lo, a truculência dos autoritários faz um estrago diante da inexistência de uma resistência organizada.

Recebo muitos e-mails desses jovens. Um deles, especificamente, já desistiu de dois cursos de humanas por não aceitar a pregação. Uma vergonha para nós.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
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07 Nov 2013 14:12 #21114 por Marlon Bionaz (marlon)
Respondido por Marlon Bionaz (marlon) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Falar mal da esquerda foi sempre tão fácil... Ver uma dominação do marxismo no meio acadêmico também...

Mas o próprio Pondé se forma numa faculdade onde a maioria dos professores ou é marxista ou bebe muito nesta água. Mas como ele resistiu a lavagem cerebral de doutrinação malvada e autoritária, ele sofreu a terrível sanção de ser excluído do meio acadêmico. Correto?

Errado.

Ele e todos os colunistas da sessão em que ele publica na Folha não são marxistas, muito pelo contrário, e o próprio ainda é diretor de cursos em algumas das principais faculdades privadas de São Paulo.

O autoritário é sempre o outro, e a recíproca vale pro Pondé.

Sua Grazia Marlon Bionaz
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07 Nov 2013 14:26 #21116 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Convenhamos, falar mal de qualquer coisa é fácil! E é óbvio que o "autoritário" sempre é o outro, raríssimos os casos onde as unidades de carbono, como eu, são eloqüentes o suficiente para se assumirem egoístas, autoritárias, narcisistas, megalomaníacas e egocêntricas. E geralmente tendemos a ver isso tudo apenas como qualidades, o que é mais interessante.

Mas, mais uma vez, há um conflito interpretativo aqui. Aliás, vejo que em nos nossos "conflitos" de ideias nada há de conflito político, sócio-cultural, ético ou de sistemas... É apenas conflito interpretativo.

A meu ver o texto não objetiva falar das dificuldades do autor em se manter num meio difícil ou de não ter conseguido se incluir uma sociedade a qual não pertence, e sim, uma crítica a um sistema que existe e geralmente passa despercebido (para muitos). E por passar despercebido e existir, escreve-se sobre para trazer à tona e provocar pensamentos. Mas é como eu vejo, não posso dizer nem que é o que o autor quis.

Aliás, pretendo, em breve, postar algo meu. Talvez eu me torne um "Edmundo da Filosofia", e postando algo meu eu poderei realmente falar o que o autor realmente pretendeu :D

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07 Nov 2013 18:54 #21117 por Marli Bionaz (Marli)
Respondido por Marli Bionaz (Marli) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Hoje li um texto que me fez lembrar desse espaço. Então resolvi compartilhar, apenas.


'A doutrinação marxista na escola brasileira'
Paulo Ghiraldelli


Karl Marx era contrário ao ensino da filosofia e outras disciplinas de humanidades na escola básica. Ele entendia que o ensino básico tinha de se ater aos assuntos menos sujeitos aos comprometimentos de interesses doutrinários, devia ficar com as ciências mais “neutras”.

Meu amigo Luís Felipe Pondé é um marxista, ao menos quanto ao ensino. Ele não pede a exclusão de disciplinas, mas, em seu artigo “Eu acuso” (Folha de S. Paulo 04/11/2013) ele exige que o professor (inclusive o universitário) não empurre o estudante para o endosso de qualquer posição, digamos, diante de uma concepção de mundo. Paradoxalmente, são justamente os professores marxistas que o incomodam.

Pondé reclama de uma suposta coerção subjetiva que estaria havendo no Brasil todo. A nossa população jovem estaria sendo obrigada a fingir-se marxista para poder passar nas provas. Até para entrar na universidade, via Enem, haveria a necessidade de se fingir marxista, dado que a prova estaria comprometida ideologicamente.

Não vou me fixar aqui no que Pondé disse do Enem. A maioria dos especialistas foi unânime em dizer que o Enem deste ano se pareceu muito com o vestibular tradicional. Poucas questões provocaram polêmicas. Creio que, quanto a esse assunto, Pondé simplesmente errou, talvez por causa de falta de tempo para checar o Enem. Vamos adiante.

Parece que Pondé caiu em uma armadilha que ele mesmo construiu. Ele se informa sobre as salas de aula do país, e inclusive sobre educação em geral, pelo que escuta de alunos que escrevem para ele. Ora, esse aluno que manda e-mail para o Pondé reclamando do professor que ensina Marx, certamente é um aluno afinado com ele. Todavia, muito provavelmente, trata-se de um amante dos exageros e rompantes de Pondé, que não raro prefere “jogar para a plateia”. O aluno que chama Pondé é o tipo de aluno que, justamente por ficar com as frases de efeito que qualquer outra coisa, acaba não entendendo a diferença entre um clássico e outra obra. Não raro, revolta-se com o professor não por ser “perseguido”, ainda que possa estar sendo fustigado, mas porque não quer ler Marx.

Esse aluno acredita na lição meio que folclórica do próprio Pondé, de que tudo que vem “da esquerda” é utópico e que o que é utopia é ingenuidade que nos levará antes para o inferno que para o céu prometido. Acredita em textos em que Pondé fala coisas como “Marx é marqueteiro”. Ora, em um Brasil que está repetidamente nos últimos lugares dos exames internacionais, um Brasil em que leitores da Folha de S.Paulo não conseguem distinguir que Antônio Prata fez um texto de ironia ao se dizer de direita, é bem possível que Pondé receba e-mails de jovens confusos com tal linguajar, e que ficam ainda mais despreparados para entender a importância de parte da literatura marxista.

Isso ficou evidente em um e-mail publicado na imprensa recentemente, de um garoto que se dizia “liberal” e que, portanto, se acreditava no direito de não querer ler Marx na faculdade. Foi explicado para ele que, entre outros clássicos, Marx era também um clássico - e muito importante para quem quer traçar um retrato da modernidade. Foi explicado para ele o que é um clássico. Foi explicado para ele que um clássico nós levamos anos de estudos para começarmos a achar que podemos criticar. Mas ele não entendeu. Era mais cômodo para ele basear-se em jornalistas de direita, e talvez até subsumir Pondé a essa categoria, e então escapar de ter de enfrentar o calhamaço "O Capital". Sabemos bem o quanto a mediocridade encontra razões nobres para se sustentar.

Isso que eu digo endossa a tese de que a nossa universidade e o nosso ensino médio não têm professores cabeças de bagre, que são marxistas antes por não terem lido outra coisa que Marx, e talvez nem Marx? Ora, eu conheço bem a universidade - aqui e no exterior. Há professores, e não são poucos, que são marxistas exatamente por nunca terem lido Marx, e que querem enfiar o marxismo vindo de “cartilha de partido” goela abaixo dos alunos. Mas, na universidade isso não se dá só com Marx, embora o marxismo ainda tenha lá seus fanáticos de carteirinha, cuja estupidez nos faz realmente sentir vergonha alheia. Toda faculdade tem professores que não entendem que aquilo que eles estudaram no mestrado e doutorado talvez não seja o que há de mais importante no mundo. Esses professores, não raro, dão aulas um tanto fanáticas a respeito do “seu assunto”.

Todavia, não estamos mais em uma época em que esse tipo de professor reina incólume. Aliás, estamos em uma época que nenhum professor reina, ao contrário, a maioria acaba cedendo a tudo que o aluno pede. Vivemos em uma situação deplorável do ponto de vista do respeito ao professor, tanto no ensino médio quanto na universidade. Há na mão do aluno um volume tão imenso de mecanismos contra o professor, hoje em dia, que chega até ser ridículo que alguém venha reclamar na imprensa de estar sendo coibido ideologicamente em nossas escolas. Por muito menos os alunos recorrem a todo tipo de denúncia com respaldo legal, e talvez por isso mesmo muitos estejam saindo da escola do mesmo modo que entraram, ou seja, sem saber sequer distinguir que Marx faz parte, sim, da galeria de filósofos que, como Platão, é de conhecimento necessário.

Que fique claro: não adianta o aluno escrever na prova que ele não concorda com a “teoria da mais-valia de Marx”, e se mantenha sem saber explicar tal teoria. Muitos alunos simplesmente acham que podem ser “críticos” se mantendo na ignorância do que criticam. Muitos desses alunos, contestados, não admitem ignorância, e escrevem para Pondé. Acolher esse tipo de aluno vai levar Pondé a ter uma legião de imbecis como leitores, ou melhor, seguidores. Leitor mesmo, esse pessoal não é.


MARLI BIONAZ
Ex-Presidente da Associação Feminina de Micronacionalistas
Ex-Amazona da Real Ordem da Atividade
Sempre Súdita da Coroa Italiana :D
Comuna de Treviso
"Vita, pax et virtuti"

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