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Caverna Filosófica Night Pub

  • Líryan Umbria (liryan)
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28 Out 2013 20:52 #20979 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Como está no texto, a humanidade curte uma violência, sempre curtiu! A única diferença é que agora a estão colocando como justificada, benéfica, útil, razoável... Se bem que no nazismo... E tudo o mais. Acredito que o ponto seja este. E não uma defesa a outras pessoas que realizam outras formas de violência.

Claro que cada um interpreta como pode, mas, o caso, é que o texto é um crítica a violência, e não uma defesa a ela. Puxar a sardinha para outras formas de violência para tentar justificar outras formas de violência e nisso buscar desacreditar o teor que critica a violência, é... sei lá, "delicado" penso eu.

Aliás, esta é a grande noção comum da violência: sempre válida desde que eu esteja no lado certo, ou seja, manifestantes violentos podem, policiais violentos não. E nisso o "gigante acordou". Ai se inicia aquele vasto argumentativo de defesas ideológicas, e se perde o principal: a crítica crua à violência.

Entram os prós, os contras... Criam-se questionamentos: seriam os policiais violentos sem a violência da manifestação? Seriam violentos sem a violência na periferia, pois, sim, periferia sempre respirou e transpirou violência, aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Claro que no lado oposto da periferia também há violência, respirando e transpirando, mas como é em menor em escala, o pessoal se esquece.

Assaltante baleado, se de fato assaltante, então é uma boa notícia! Sinal que alguém ainda reprime esta gente. E não adianta apelar para toda aquela construção pejorativa socio-cultural justificando o assalto. O assalto é uma violência, e como dizem aqueles "sábios filósofos orientais" - uma vida violenta leva a uma morte violenta. Inclusive, de uma maneira ou de outra.

E se vamos falar de vídeos, vai ficar feia a coisa, há vídeos de todo tipo de violência neste mundo, de pessoas contra pessoas, de bandidos contra policiais, de policiais contra bandidos, de pessoas contra animais, contra mulheres, videos de violência contra o patrimônio, contra a inteligência, contra o bom gosto...

Por fim, "Pondé". Quem diabos é "Pondé"? Eu não faço idéia de quem seja este tal Pondé, não sei se é belo ou feio, se é inteligente ou burro, se verde ou rosa. Tudo que sei, e que me interessa saber, é que li dois textos, que por meus motivos os considerei razoáveis e que possuem a assinatura de um tal "Pondé". É tudo que sei. E que me importa saber, alias, parte mais importante do caso. :D

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28 Out 2013 21:27 #20980 por Marlon Bionaz (marlon)
Respondido por Marlon Bionaz (marlon) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Bom, daí já tem haver com a minha formação essa relação com qualquer discurso: buscar saber quem o faz, aonde faz, quando faz, quais já fez e outros "arredores".

A coluna dele surge exatamente após a polícia classificar a tática blac bloc como organização criminosa, após o vídeo do espancamento de um coronel ganhar uma repercussão tão grande que faz com que até mesmo a presidência da República se manifeste e após uma pesquisa Datafolha solta após estes dois eventos dizer que 95% dos paulistanos abomina a ação do blac bloc.

Ele esperou caprichosamente os eventos da última semana para se manifestar contra o culto da violência. Também acho que bandidos armados, portanto dispostos a matar, precisam ser coibidos do jeito que for necessário, mas fazer todo um ritual de comemoração e celebração, como ocorreu nas redes sociais a pouquíssimo tempo é tão bárbaro quanto o que o Milton Neves da filosofia critica.

Esse texto será tão defesa da não violência quanto textos que defendiam a inquisição como instituição que fazia a função de Justiça numa sociedade feudal onde crimes podiam ou ficar completamente impunes ou causarem lixamentos ou outros distúrbios sociais.

Eu senti na pele o que é uma repressão gratuita da Polícia, alteza. Eu vivo numa periferia. Já fui detido em protesto porque corri de tiros dados pela PM. Já cansei de ver professor apanhando gratuitamente de policial aqui em São Paulo.

Esse manto de crítica a uma ideia pura da violência ou algo do gênero não se sustenta em qualquer texto de um filósofo como Pondé. Absolutamente ninguém fala de uma posição neutra, e a deste senhor é marcadamente favorável a estagnação e ao estar geral das coisas, ou conservadorismo, se você preferir. Outros assumem outras posições, favoráveis a mudanças e questionando a ordem. Daí sempre surgem os desonestos, que nunca assumem o lado em que estão e dão uma vestimenta etérea/alienígena ao próprio discurso.

Vamos ao texto do Pondé:

O Brasil, que sempre foi violento, agora tem uma nova forma de violência, aquela "do bem".


De cara ele escolhe cravar a tradição "brasileira" de vivência violenta, mas omite valor quanto a ela e parte imediatamente pra analisar o que, segundo ele, é a modalidade nova de violência, ignorando que a cultura é tão violenta justamente porque sempre se fez valor por aqui que violência é boa, principalmente quando a serviço do Estado (é só olhar as medalhas e estrelas das corporações militares do país, que vão desde de a caça de escravos e indígenas até o Golpe Militar de 64).

Impressiona-me a face de muitos desses ativistas que encheram a mídia nas ultimas semanas. Olhar duro, sem piedade, movido pela certeza moral de que são representantes "do bem".


É a face dos ativistas que lhe chama a atenção, não a dos policias militares. Se eu citasse essa frase em qualquer escola aqui do Capão Redondo eu veria o brilho de medo nos olhinhos dos alunos, e não seria medo dos manifestantes...

Mas hoje, como saiu de moda usar os pecados como ferramentas de análise do ser humano e passamos a acreditar em mitos como dialética, povo e outros quebrantos, a vaidade deixou de ser critério para analisarmos os olhos dos vaidosos.


Também é curioso notar que em seu discurso ele opte por chamar apenas ideias da esquerda de mitos. Veja bem que nem os "pecados" merecem essa categoria. Vindo de um sujeito que se formou em Jerusálem é fácil de entender, mas desprezar essa informação faz o leitor comprar a ideia dele como pura e isenta, colocando os pecado e vaidade numa mesma categoria moral mais elevada, e adequada para medir as ações de massas.

Ainda, ao citar Quignard e sua crítica a verdade pura, Pondé cai numa contradição que beira o ridículo, contradição clássica dos seguidores desta escola filosófica, aliás, mas que sempre vão buscar dar alguma volta ou contorno sofistas pra justificar as suas máximas "máximas".

Por fim fica uma pergunta curiosa: Se todos são tortos, e toda ação será não reta e não opressiva, como julga-la?

SERÁ SEMPRE SUBJETIVO!!!!!!!!!

Contudo, aplique-se este subjetivo apenas aos elementos não estatais. Aos elementos a margem dos valores burgueses ou aristocráticos. Aos elementos da esquerda, estes demônios que ousam dizer que é possível sim mudar o mundo.

Sua Grazia Marlon Bionaz
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29 Out 2013 01:17 - 29 Out 2013 01:25 #20986 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Sabe, penso que todos acabam tendo medo daquilo que lhes ataca. Há os que tem medo de policiais pois são estes que atacam, e os que te medo de manifestantes, pois estes é quem são os atacantes em outros contextos.

Temos opiniões absolutamente divergentes aqui, eu vejo a todos como culpados, manifestantes, black bloc, policiais violentos... Minha interpretação disso tudo é uma coisa só: violência gratuita. E estou incluindo propositalmente os manifestantes "pacifistas" pois vejo neles os pilares que proporcionam a atitude dos violentos. É um pouco como também apontar para o "sistema" que permite o policial violento.

Nós sempre vamos em direção a assuntos delicados aqui pois no nosso país desenvolveu uma cultura errada sobre os "direitos humanos" onde estes são sempre utilizados para privilegiar bandidos. Então houve um retrocesso a meu ver. E saímos de uma política violenta pós ditadura para duas polícias: uma brochada e outra miliciante.

Sobre o texto, jamais chegaremos a um acordo, eu o interpreto como simples crítica à violência . Você parece interpretar com elementos de "teorias conspiratórias" onde implicitamente se faz defesa de algumas coisas, que nem sei se precisam ser defendidas ou expostas. Sei lá, bem da verdade.

Eu sinto na pele, a vida toda, o que é uma repressão gratuita da sociedade, das pessoas, no dia a dia. Curiosamente já estive em meios e circunstâncias onde a polícia estava repreendendo. Dei sorte, me trataram sempre muito bem em todas as ocasiões. Seja batidas em ônibus, em batidas noturnas nas épocas de colégio, em batidas em bares cavernosos... Eu, pessoalmente, sempre tive mais problema quando a polícia não estava perto, o que muda muito nossas experiências e novamente nos joga em contra-pontos.

Bom, não são todos tortos, alguns são bem retos! :D E, mudar o mundo? Isso não é possível jovem, pois não é possível mudar as pessoas. Há toda uma história ai para provar.

PS.: Sim, tudo subjetivo! Sempre há de ser subjetivo, se tratando de nós, sujeitos. Por isso eu me ocupo, nos textos, como este ai, mais do que interpreto dele do que pretendo atestar que o autor quis dizer. :D

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Last edit: 29 Out 2013 01:25 by Líryan Umbria (liryan).

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30 Out 2013 16:54 #21003 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Mais um texto que considerei interessante, e faço à colocação do autor apenas duas únicas ressalvas, ei-las:

1 - Pessoalmente não vejo problemas em usar humanos como cobaias, desde que sejam pessoas que cometem crimes hediondos. Inclusive penso que deveria ser pena comum, afinal seria uma forma de dar utilidade social a estas pessoas.

2 - E, se dez milhões de pessoas dependessem da vida de um dos meus gatos, um número expressivo de pessoas iria morrer.

Homens e animais, revisitados
João pereira Coutinho


Jornal Folha de S. Paulo – Caderno Ilustrada (29/10/2013)


Recebi centenas de e-mails na semana passada por causa de um texto sobre os "direitos dos animais" ("Homens e animais", 22/10). Escuso de esclarecer que a maioria não foi simpática.

Com verdadeiro espírito humanista, muitos dos defensores dos animais desejaram-me doenças que eu, um hipocondríaco confesso, nem sabia que existiam. Sem falar das inevitáveis ameaças de morte, sempre antecedidas de tortura (lenta).

Agradeço a gentileza e espero ansiosamente pelo dia em que o mundo será governado pelo espírito tolerante dessa gente. Para os restantes leitores, que insistiram em seis perguntas recorrentes (e civilizadas), aqui vão respostas civilizadas:

1 - Se é possível fazer pesquisa sem animais, como justificar o uso dos bichos?
Infelizmente, não é possível fazer todo o tipo de pesquisas sem usar animais. Verdade que a ciência evoluiu imenso e a pesquisa "in vitro" (usando células em laboratório, algumas das quais humanas) e "in silico" (com computadores) tem ocupado as pesquisas "in vivo". Mas, para certas patologias, e sobretudo para se obterem respostas precisas a farmacologias várias, é necessário o uso de organismos vivos com certo grau de complexidade (o que exclui, por exemplo, moscas ou lesmas). Não usar animais implicaria, em muitos casos, usar seres humanos -- ou, em alternativa, frear o progresso científico.

2 - Os animais dos laboratórios são tratados cruelmente.
Uma absoluta falácia. Os animais domésticos são, muitas vezes, tratados cruelmente. Animais de laboratório são, como o nome indica, seres vivos criados em ambiente controlado (temperatura, som, conforto, comida etc.) de forma a infligir o menor sofrimento possível. É claro que algumas experiências implicam dor ou desconforto. Mas o uso de animais em laboratório está submetido a legislação rigorosa, na qual os "limites de severidade" são cada vez mais apertados.

Dissecar animais em praça pública, como aconteceu no passado para conhecer o sistema circulatório (um feito que fez a medicina avançar vários séculos), seria impensável nos dias de hoje. E ainda bem.

3 - É legítimo usar animais para testar cremes e batons?
Não é legítimo e deve ser severamente punido. Na Europa, já é desde março deste ano. Mas a discussão do artigo lidava com pesquisa médica, não estética. Confundir ambas revela ignorância ou má-fé.

4 - Todos os ativistas dos "direitos dos animais" estão errados?
Pelo contrário: a ciência deve muito aos ativistas razoáveis dos "direitos dos animais", que contribuíram para que a ciência "humanizasse" o seu trato com os bichos.
Os defensores razoáveis dos "direitos dos animais" legaram à ciência o desafio dos "três R's": "to reduce" (reduzir, sempre que possível, o número de animais em laboratório); "to replace" (substituir, sempre que possível, o uso de animais por outra alternativa -- estudo de células ou simulação computacional, por exemplo); e "to refine" (refinar, sempre que possível, a forma como a pesquisa é feita --uso de anestésicos e analgésicos quando o desconforto é previsto; criação de um ambiente confortável e estimulante para os animais etc.). O diálogo entre cientistas e "eticistas" deve por isso continuar.

5 - Você não gosta de animais e por isso defende o uso deles pela ciência?
Não pretendo tornar a discussão pessoal. Mas gosto de animais, tenho animais e até já escrevi sobre todas as lições "filosóficas" que aprendi com o meu gato.

6 - Todas as vidas são sagradas e nenhum animal deve ser sacrificado para nosso benefício.
Quem parte dessa premissa encerra o debate mesmo antes dele começar. Infelizmente, não tenho essas certezas -- e, como onívoro, é evidente que continuo a usar os animais como fonte principal de alimentação. Sobre a "sacralidade" da vida, confesso uma certa paralisia agônica com certos cálculos utilitaristas mesmo em relação à vida humana (para mim, a mais importante).

Se, por hipótese, fosse possível salvar 10 milhões de pessoas gravemente doentes pelo sacrifício em laboratório de dez indivíduos, valeria a pena matar esses dez inocentes?

Instintivamente, direi que não e ficarei feliz com as minhas vaidades deontológicas. Pensando friamente, não sei se diria não -- e que Deus, ou o sr. Kant, me perdoe. Porém, se a vida de 10 milhões de pessoas dependesse da vida do meu gato, não haveria hesitação alguma.


João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na versão impressa de "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, no site.

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02 Nov 2013 00:30 #21068 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Podemos começar a noite assim:


SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini 
Rei da França
Barão de Muggia, etc, etc, etc

Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
Cavaleiro Comendador da Real Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola

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