×
Edite sua assinatura

Para identificação automática em seus posts, use a assinatura do perfil. Para isso vá em Seu Perfil (menu de usuário, a direita no portal) e depois em Editar e Atualizar Perfil. Ali, na guia "Informações de Contato", ao final, há um campo de assinatura. Crie a sua e mantenha ela sempre atualizada!

Se você for um súdito da coroa, use o seguinte formato:

SEU NOME COMPLETO
Súdito da Coroa Italiana.

** Para personalizar sua assinatura, dispomos de um rápido tutorial em "Ajuda" >> "Tutorial Ilustrado", no menu principal do Portal.

Caverna Filosófica Night Pub

  • Líryan Umbria (liryan)
  • Avatar de Líryan Umbria (liryan) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
25 Out 2013 03:16 #20953 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Eu vejo muitas coisas que me indicam esta "auto-destruição", vou tentar enumerar algumas brevemente...

1 - Não há evolução na sociedade humana desde o tempo das cavernas. O que significa que socialmente não evoluímos. O que aconteceu foi progresso e não evolução. Progredimos de forma tecnológica e por isso ter melhorado condições de vida passamos a ter uma noção equivocada de evolução. Mas não se evoluiu socialmente. O que evoco de "prova" para esta alegação é o fato de cometermos exatamente os mesmos crimes hediondos do tempo do "bestialismo cavernoso".

2 - Não limitamos nossa população em função de nossos recursos e espaço geográfico, o que me parece o ponto fundamental da auto-destruição. Simplesmente se reproduz por inércia social "e que se dane que os recursos não comportem continuam reproduzindo".

3 - Pratica-se violência gratuita contra os semelhantes em uma mesma sociedade, quase sempre sem ganhar nada com isso.

4 - Apenas aumentamos em número por sermos mais difíceis de matar que nascer, e isso também ilude em um suposto "progresso".

Enfim, eu sei que é algo utópico, eu precisaria ter poder para promover um genocídio coletivo e seletivo para que alguma coisa de minhas ideias pudesse deixar de ser utopia. Então tenho esta noção e saio fora deste "mundo Woodstock" que realmente acho uma bobagem. Nunca curti os hippies.

Sobre as perguntas, para mim, seria o "primeiro mundo". A primeira sociedade sabe, vinda desta eliminação de dissidências. Mas aqui é importante pensar nos "comos" nos "meios". Ao contrário do que a ideia sugere, o importante não são os fins, e sim os meios! Sempre pensei que o que há de importante são os meios. Fins são meras conseqüências dos meios. O mundo problemático, a meu ver, é um mundo incompetente! Se não tivéssemos que perder horas tentando concertar as coisas poderiamos gastá-las no que seria mais importante, como um progresso realmente eficiente e uma evolução propriamente dita.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Attività
Madre di Famiglia Umbra
Suddita della Corona Italiana
Immortale

Nunca subestime as trevas, nelas as sombras manifestam

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

Mais
25 Out 2013 21:22 #20959 por Marlon Bionaz (marlon)
Respondido por Marlon Bionaz (marlon) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Evolução social no século XXI, Líryan? Seriosamente? Eu tenho uma visão diametralmente oposta de tudo isso. Já não serviria pra sua sociedade ideal. Não há meios de se promover uma evolução social de grande proporção, e para "aprimoramento" da raça humana senão através da luta de classes. Claro que você despreza a teoria marxista, e pra você os meios de produção e circulação dos bens materiais do mundo não implicam mudança nenhuma no sentido de "humanidade" das civilizações.

"Comos e meios" pra alcançar seu ideal de civilização já existem e já foram postos em prática, mas não puderam ir adiante, por que fossem mesmo adiante e levariam a humanidade a extinção.

Agora, seu conceito de evolução também é interessante, porque ela pressupõem uma evolução não natural, mas produzida e arrancada "a força" da natureza. Não consigo visualizar isso de forma alguma.

Sua Grazia Marlon Bionaz
Il Conte d'Assisi
Cavaliere di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
Patriarca della Famiglia Bionaz
Anagrafe Reale
Proprietário da Assisi Sports Investments
"Tempus est optimus judex rerum omnium."

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Líryan Umbria (liryan)
  • Avatar de Líryan Umbria (liryan) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
25 Out 2013 22:13 #20960 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Evolução social na história da humanidade... Não estou falando de algum século em particular. Não houve esta evolução social, e nem teria como haver pois ela seria uma conseqüência da evolução do indivíduo humano em grande escala o que não é possível, hoje, sem um genocídio. Não estou desprezando marxismo, estou apenas dizendo que é outra coisa, é progresso e não evolução. Tiramos o fogo dos gravetos e colocamos dentro dos esqueiros, isso é progresso, não evolução.

Nenhum meio foi realmente posto em prática, o que tivemos historicamente foram umas coisas bastante descontextualizadas e locais com focos limitados. Não é o que estou falando.

Mas de fato, não é natural! Aliás, o que há de natural no humano? Não temos "natural" desde que se misturou carne crua na boca com folhas... E isso provavelmente aconteceu quando ainda nem se andava ereto. Não há nada de natural no ser humano, nossa estética, nossa sociedade, mesmo nosso progresso... Nada há de natural nisso tudo. E precisaria se forçar esta evolução já que o que existe hoje é uma força contrária a ela.

Os humanos não possuem mais "seleção", não possuem mais "inimigos naturais", com isso se quebrou o único ciclo natural que poderia levar a raça a uma evolução. Esta seleção natural ficou restrita a doenças, deformidades e "doenças psicológicas" como o vício. Mas ai fizemos o favor de implementar uma cultura social que salva estas pessoas. Cada viciado que não morre de overdose é a proliferação de genes falhos, corrompidos, que vão seguir. Então não há mais como ter evolução social sem "forçar a barra". Uma vez que as proporções humanas não se modificam. E estas proporções (de grupos) que se mantém impede que "naturalmente" algo mude o rumo da coisa.

Claro que tenho noção do que estou falando e sei que este genocídio não "via rolar" pois ele precisaria ser seletivo, e isso não é possível. E nem será. Minha aposta é que irá continuar como está, até a "quebra" ou seja, esgotamento de recursos (ou seja, a água potável). Então, o de sempre, guerras por água ou o que sobrou dela, e no fim pequenos grupos que vão existir até morrer, por provavelmente não terem como se adaptar rápido o suficiente para acompanhar a mudança no meio.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Attività
Madre di Famiglia Umbra
Suddita della Corona Italiana
Immortale

Nunca subestime as trevas, nelas as sombras manifestam

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Líryan Umbria (liryan)
  • Avatar de Líryan Umbria (liryan) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
28 Out 2013 20:12 - 28 Out 2013 20:13 #20977 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Para os violentos ativistas do pacifismo democrático, que tanto querem paz no grito e na pedrada, e igualdade na depredação.

Especialmente para todos aqueles que curtem falar sobre capas de livros usando o senso coletivo comum para justificar seu quase gosto desgostoso da gama de cores que observou.

De um absolutista meio torto, com carinho e amor.


Da falsidade
Luiz Felipe Pondé


Jornal Folha de S. Paulo – Caderno Ilustrada (28/10/2013 – página E8)

Dias sombrios. Nesses momentos, volto às minhas origens filosóficas, o jansenismo francês do século 17 e seu produto essencial, "les moralistes" (que em filosofia nada tem a ver com "moralista" no senso comum). Os moralistas franceses eram grandes especialistas do comportamento, da alma e da natureza humana. Nietzsche, Camus, Bernanos e Cioran eram leitores desses gênios da psicologia. Pascal, La Rochefoucauld e La Bruyère foram os maiores moralistas.

O Brasil, que sempre foi violento, agora tem uma nova forma de violência, aquela "do bem". E, aparentemente, quase todo mundo supostamente "inteligente" assume que é chegada a hora de quebrar tudo. Nada de novo no fronte: os seres humanos sempre gostaram da violência e alguns inventam justificativas bonitas pra serem violentos.

Impressiona-me a face de muitos desses ativistas que encheram a mídia nas ultimas semanas. Olhar duro, sem piedade, movido pela certeza moral de que são representantes "do bem". Por viver a milhares de anos-luz de qualquer possibilidade de me achar alguém "do bem", desconfio profundamente de qualquer pessoa que se acha "do bem". Quando o país é tomado por arautos do "bem social", suspeito de que chegue a hora em que a única saída seja fugir.

A fuga do mundo ("fuga mundi") sempre foi um tema filosófico, inclusive entre os jansenistas, conhecidos como "les solitaires" por buscarem viver longe do mundo. Eles tinham uma visão da natureza humana pautada pela suspeita da falsidade das virtudes. O nome "jansenista" vem do fato de eles se identificarem com a versão "dura" (sem a graça de Deus, o homem não sai do pecado) da teoria da graça agostiniana feita pelo teólogo Cornelius Jansenius, que viveu no século 16.

Pascal, La Fontaine e Racine eram jansenistas. Aliás, grande parte da elite econômica e intelectual francesa da época foi jansenista. Por isso, apesar de Luís 13 e 14 (e de seus cardeais Richelieu e Mazarin) e da Igreja os perseguirem, nunca conseguiram de fato aniquilá-los.
Hoje, por termos em grande medida escapado das armadilhas morais do cristianismo (não que eu julgue o cristianismo um poço de armadilhas, muito pelo contrário), tais como repressão do outro, puritanismo, intolerância, assumimos que escapamos da natureza humana e de sua vocação irresistível à repressão do outro, ao puritanismo e à intolerância.

Elas apenas trocaram de lugar. A face do ativista trai sua origem no inquisidor.

Uma das maiores obras do jansenismo é "La Fausseté des Vertus Humaines" (a falsidade das virtudes humanas), de Jacques Esprit, do século 17. Ele foi amigo pessoal do Conde de La Rochefoucauld. Alguns especialistas consideram o conde um discípulo de Esprit. A edição da Aubier, de 1996, traz um excelente prefácio do "jansenista contemporâneo" Pascal Quignard.

O pressuposto de Esprit é que toda demonstração de virtude carrega consigo uma mentira e que as pessoas que se julgam virtuosas são na realidade falsas, justamente pela certeza de que são virtuosas.

A certeza acerca da sua retidão moral é sempre uma mistificação de si mesmo. Os jansenistas sempre disseram que os que se julgam virtuosos são na verdade vaidosos. Suspeito que o que vi nos olhos desses ativistas nessas últimas semanas era a boa e velha vaidade.

Mas hoje, como saiu de moda usar os pecados como ferramentas de análise do ser humano e passamos a acreditar em mitos como dialética, povo e outros quebrantos, a vaidade deixou de ser critério para analisarmos os olhos dos vaidosos. Melhor para eles, porque assim podem ser vaidosos sem que ninguém os perceba. Vivemos na época mais vaidosa da história.

"A verdade não é primeira: ela é uma desilusão; ela é sempre uma desmistificação que supõe a mistificação que a funda e que ela (a desmistificação) desnuda", afirma Pascal Quignard no prefácio do livro de Esprit. Eis a ideia de moral no jansenismo: a verdade moral é sempre negativa, sempre ilumina a sombra que se esconde por trás daquele que se julga justo.

Que Deus tenha piedade de nós num mundo tomado por pessoas que se julgam retas.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
Amazon di Gran Croce dell'Ordine di Attività
Madre di Famiglia Umbra
Suddita della Corona Italiana
Immortale

Nunca subestime as trevas, nelas as sombras manifestam
Last edit: 28 Out 2013 20:13 by Líryan Umbria (liryan).

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

Mais
28 Out 2013 20:31 #20978 por Marlon Bionaz (marlon)
Respondido por Marlon Bionaz (marlon) no tópico Caverna Filosófica Night Pub
Sobre a violência policial que massacra milhares nas periferias,
nenhum pio.

Sobre o surto de exultação por causa de um vídeo onde um assaltante é baleado por um policial,
nenhum pio.

Sobre a repercussão de um vídeo de um coronel responsável por uma violentíssima repressão na cidade de São Paulo, tomando um coro de jovens adeptos da tática blac bloc, em circunstancias "esclarecidas" apenas do ponto de vista do coronel,
BARBÁRIE!

-

O Pondé calha bem com o discurso da Folha, que emprestava seus veículos para torturadores do Regime Militar.

Sua Grazia Marlon Bionaz
Il Conte d'Assisi
Cavaliere di Gran Croce dell'Ordine di Palermo
Patriarca della Famiglia Bionaz
Anagrafe Reale
Proprietário da Assisi Sports Investments
"Tempus est optimus judex rerum omnium."

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

Moderadores: Líryan Umbria (liryan)