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Santo do dia

  • nei.bionaz (nei.bionaz)
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22 Out 2015 00:26 #28004 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico Santo do dia
Júlio,

É muito vê-lo por aqui. Vou tentar esclarecer sua dúvida. Antes de tudo, vamos distinguir entre santos canonizados e não canonizados. Tanto estes como aqueles estão no céu.

- Santo canonizado é aquele sobre quem o Papa, baseado em depoimentos, declara oficialmente que está no céu e pode ser venerado publicamente.
- Canonizar não é fazer alguém "virar" santo, porque esse alguém já era santo quando morreu. É colocar alguém na lista (cânone) dos santos.
- Santo não canonizado é aquele que está no céu mas não houve nenhum pronunciamento oficial da Igreja sobre ele (ex. Pe. Cícero).


BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

O que é Beatificação? É a inclusão de alguém na lista dos Beatos ou Bem-aventurados.

O que é Canonização? Repetindo: é a inclusão de alguém na lista (cânone) dos santos. - Esse processo caminha por etapas. Concedida a licença de Roma para abrir o processo, o candidato recebe automaticamente o titulo de Servo de Deus. Antigamente os santos eram canonizados pelo povo.

Quando morria uma pessoa com fama de santa, o povo comentava: "Era um santo". Esta aclamação popular era confirmada pelo Papa. Estava canonizado, isto é, entrou na lista dos santos do céu. Este modo democrático de canonizar vigorou até o século XII.


A CANONIZAÇÃO COMO UM PROCESSO ESTRUTURAL

Mas com o aumento de candidatos à canonização, foram surgindo vários perigos. Num momento de euforia coletiva, podia acontecer de se proclamar santa uma pessoa que não foi tão santa. Ou foi só para alguns. Outras vezes, para facilitar o andamento do processo, criavam-se lendas piedosas sobre eles, exagerando as suas virtudes. Portanto, era preciso haver um certo controle para evitar abusos e precipitações.

Pouco a pouco os bispos, e finalmente, os Papas tomaram sobre si o controle das canonizações. Com o correr do séculos foram surgindo várias normas, cada vez mais rigorosas. Em 1983 o Papa João Paulo II achou bom amenizar e simplificar essas normas.

Vejamos como ficou agora: O processo já pode ser aberto cinco anos após a morte do candidato. Quem foi seu bispo, consulta o povo sobre a vida e as obras do candidato e encaminha o pedido para a Santa Sé. Ela verifica se "nada consta contra ele", e autoriza a abertura do processo. Começam as etapas:


Primeira etapa: VENERÁVEL

Consiste em provar através de depoimentos que o candidato à beatificação praticou em grau heroico todas as virtudes cristãs. Esta primeira etapa é como o alicerce de um edifício. Sobre ela vão assentar-se os outras andares do edifício ou etapas do processo. Essa etapa é decisiva para o prosseguimento do processo.

O arcebispo ou bispo instaura um tribunal nomeia seus membros (juiz, promotor, notário). Convocam-se testemunhas que, sob juramento de dizer a verdade, são interrogadas sobre a vida, as obras e virtudes e os defeitos do candidato. O que é contado pelas testemunhas durante as sessões, não pode ser publicado ainda. O papel do vice postulador é convocar testemunhas, estabelecer contatos entre uns e outros. Mas habitualmente não participa das sessões. A cerimônia da abertura do processo constitui-se a 1a. sessão. As sessões se sucedem. Cada uma delas é formada pelos membros do tribunal e a pessoa convocada. Os depoimentos, fechados e lacrados, vão para Roma, onde são analisados pelos peritos. Se o parecer for favorável, o candidato é declarado VENERÁVEL.


Segunda etapa: BEATO

A Igreja pede a apresentação de um milagre comprovado, alcançado através da intercessão do candidato à beatificação. Só valem milagres acontecidos após a morte dele.No decorrer da primeira etapa, recolhem-se graças ou curas extraordinárias. Forma-se outro tribunal canônico. Convocam-se testemunhas e médicos, para examinar as curas apresentadas.

No caso dos mártires não se exige nenhum milagre. Para os mártires o processo é mais simples. Basta provar que morreram pela Fé. O derramamento do seu sangue vale por muitos milagres.

Por que a Igreja exige este milagre? Depoimentos podem incorrer em algum engano, mas os milagres não, porque são realizados por Deus, através da intercessão do candidato à beatificação. O milagre, portanto, vem confirmar a santidade do candidato. Se uma cura for declarada inexplicável pela medicina atual e aprovada pela comissão dos teólogos, o candidato pode ser proclamado BEATO ou Bem-aventurado e ser venerado na região onde viveu. Atualmente basta um milagre para a beatificação.


Terceira etapa: SANTO

Sendo constatado mais um milagre, o candidato é canonizado, isto é, incluído no cânone ou lista dos santos. Esta proclamação do papa significa que o candidato levou vida santa aqui na terra, está no céu e pode ser cultuado no mundo inteiro como SANTO. A festa é maior e mais solene do que a festa da beatificação.

Geralmente acontece na Praça de São Pedro em Roma, na presença de grande multidão de fiéis. Os papas Bento XVI e Francisco decidiram que elas podem acontecer no local onde o candidato a santo viveu.

Canonizar não é fazer de alguém um santo, pois já era santo aqui na terra. Canonizar é declarar publica e oficialmente que essa pessoa está no céu, e goza de uma predileção especial de Deus, devido à vida santa que levou na terra.

Por que um processo de canonização demora tanto? Já que a proclamação de um santo é uma sentença irrevogável, a Igreja age com muita prudência. O processo exige pesquisa e tempo. A demora é relativa. Alguns santos esperaram alguns séculos. Outros, trinta, cinqüenta anos ou menos. Santa Paulina demorou quase cinqüenta anos. Santo Antônio foi canonizado apenas onze meses após a sua morte.

As causas dessa demora são muitas. Referem-se a nós e não ao candidato, que já está bem tranqüilo no céu. Vejamos algumas:

- Falta de documentação sobre a vida do candidato.
- Falta de um milagre comprobatório e documentado.
- Falta de acompanhamento junto aos departamentos da Santa Sé.
- Falta de dinheiro. Qualquer processo ou campanha envolve gastos.
- Descuido em seguir direitinho as leis canônicas.Dá para simplificar o processo?

João Paulo II simplificou bastante o processo das canonizações, mas continuam valendo as três etapas principais. Façamos uma comparação com a criança que estuda para se formar em alguma coisa. Várias etapas devem ser cumpridas. Vários anos devem ser empregados no estudo até que surja o diploma. Assim acontece com o candidato à canonização.

Quanto custa um processo desses? Existem as despesas necessárias e as despesas supérfluas. Basta aquele mínimo de despesas necessárias em papéis e peritos, para o candidato ser beatificado. O grau de beatificação não muda, quer se gaste muito ou pouco.

É idolatria ter estátuas ou imagens dos santos? Você tem retratos de entes queridos na sua carteira, na sua casa ou no carro. Porque você carrega tais retratos? Certamente para se lembrar daqueles que você ama, para substituir de algum modo sua ausência. Ninguém irá dizer que você os está adorando. Os mesmos motivos nos levam a ter imagens e quadros de santos. Olhando, por exemplo, para a imagem de Santa Teresinha, que perdeu a mãe quando ainda era pequena, sentimo-nos menos sozinhos no meio do sofrimento. Um quadro de S. Francisco de Assis nos faz lembrar seu amor para com as criaturas de Deus e nos torna mais atentos ao que acontece ao nosso redor. Imagem, portanto, é a imaginação de alguma pessoa ou objeto que a gente não está vendo pessoalmente.

Podemos rezar para os santos? Nós rezamos com os santos, e não para os santos. Você já pediu a alguém que rezasse por você quando estava passando por momentos difíceis? Por que escolheu aquela determinada pessoa para rezar por você? Porque confiava nela ou porque compreendia melhor seu problema, ou ainda porque estava unida com Deus. São também estes os motivos que nos levam a invocar os santos em nossas dificuldades. Já que os santos levaram vida pura e agora estão unidos com Deus no céu, sentimos que suas preces têm um efeito maior. Às vezes recorremos a certos santos porque sabemos que eles têm interesse especial pelo nosso problema. Muitos, p. ex., lembram-se de Santa Mônica quando suas preces parecem não estar sendo atendidas, porque Mônica rezou durante vinte anos pela conversão do filho Agostinho e conseguiu. Santa Rita é invocada nos problemas familiares, porque sofreu muito por causa do marido e dos filhos.


Desde quando a Igreja presta culto aos santos?

A veneração aos santos vem desde o século I. Existem inscrições nas catacumbas de Roma, nas quais se pede a intercessão dos mártires lá sepultados. Já os judeus costumavam honrar seus profetas e santos. Existe uma festa para cada santo durante o ano?A Liturgia poderia ter diariamente dezenas de santos para comemorar. Mas deve priorizar as celebrações do ciclo litúrgico. Por exemplo: Tempo do Advento, do Natal, Quaresma, Páscoa etc.

Já que não é possível celebrar todos, abre espaço para os que têm uma mensagem atual ou fama internacional, etc. Aliás, existe um livro oficial denominado “Martirológio onde estão registrados os nomes de todos os santos e mártires.Por outro lado cada região, ordem religiosa, diocese ou paróquia pode livremente celebrar os santos não incluídos na relação oficial, mas que têm grande importância para eles: São Sebastião, São Cristóvão, São Benedito e muitos padroeiros da respectiva região.

O que é ser santo? Ser santo é viver em estado de graça, isto é, viver na amizade com Deus no céu e nossos irmãos na terra. Portanto, obedecer aos seus mandamentos.

Existem graus de santidade, como em tudo (no estudo, nos títulos etc.). Este é santo, aquele é mais santo, porque segue mais fielmente a Lei de Deus, tem mais amor. Existem os santos comuns e os santos heróis.

A quem podemos chamar santo? Por nossa conta, podemos chamar santo a quem acharmos que merece, quer vivo ou morto. "Minha mãe é uma santa". “Meu avô era um santo".

Nos primeiros séculos do Cristianismo o título de santo era dado somente aos mártires, isto é, àqueles que deram a vida por Jesus Cristo. Mártir significa testemunha.

A partir do século IV o nome de santo começou a ser aplicado aos que sobressaiam na prática de todas as virtudes. Seus nomes eram lembrados cada ano por ocasião do aniversário da morte.

O próprio povo apresentava aos bispos, os candidatos à canonização. Eles confirmavam, após um processo muito sumário. Hoje são os Papas que ratificam e proclamam, mas depois de um processo longo e rigoroso. Estão no céu somente os que a Igreja canoniza? É claro que não. Todo aquele que vive e morre na amizade com Deus, é santo. Portanto, no céu deve existir uma multidão incontável de santos.

Muitos poderiam ser canonizados; faltou alguém para promover a causa deles. Talvez estejam mais alto no céu, do que muitos santos que foram canonizados.

Que lição podemos receber dos santos? A melhor lição que podemos receber dos santos, quer canonizados, quer não, é esta: "Sede santos como vosso Pai é santo!" (1 Ts 4.3) - Se estes e estas puderam, por que não tu, o' Agostinho - exclamava o santo bispo de Hipona. Existem livros que contam a vida dos santos. Cada dia é apresentado mais de um para a gente conhecer, venerar e imitar. Por isso recomenda-se a sua leitora freqüente.

E por fim, sobre a castidade: todos somos convidados a castidade, indiferente de nosso estado de vida, solteiro ou casado. O significado de castidade não deve ser confundido com não praticar o ato sexual. Os casais cristãos, homem e mulher, tem por missão especial dada por Deus de multiplicar-se de gerar sempre mais vida, por isso, o sexo quando é feito por amor e para o amor, significa dom de Deus.

A Palavra de Deus convida os casais a castidade para que os mantenha firmes no caminho de Deus, mas que devem se unir de tempos em tempos para acolhimento da vida nos filhos que são gerados e para manterem o amor.

Em relação aos santos, muitos deles foram castos pela seu estado de vida. Muitos foram sacerdotes, outros religiosos e religiosas de ordens onde a castidade é um requisito para vivência de uma regra de vida monástica ou nas congregações religiosas de vida ativa que atuam no mundo, nas mais diversas situações de cuidado do povo de Deus.

No último domingo o papa Francisco canonizou o pai e a mãe de Santa Teresinha Lisieux. Exemplo de casal que tentou viver segundo a vontade de Deus e se santificou na família. Já publicamos a biografia de Santa Teresinha n o início do mês, lá relata alguns aspectos de sua família.

Espero ter ajudado. Abbracci!

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22 Out 2015 00:40 #28005 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico Santo do dia
21 de Outubro - Santa Úrsula e companheiras
Mártires (século IV)


Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo os princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza espalhou-se, e logo os pedidos de casamento surgiram. Mas, por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo.

Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência a seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos, período que achou suficiente para o duque converter-se ou desistir da aliança. Para isso, rezava muito junto com suas damas da Corte.

Este parecia ser um matrimônio inevitável. Na época acertada, uma expedição com dois navios partiu levando Úrsula e suas damas. Eram jovens virgens como ela e se casariam, também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus. As lendas e tradições falam em 11 mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram 11 meninas. O fato real e trágico foi que, navegando pelo rio Reno, quando chegaram a Colônia, na Alemanha, a cidade estava sob o domínio do exército de Átila, rei dos hunos, povo bárbaro e pagão.

Logo os soldados hunos mataram todos da comitiva e, das virgens, apenas Úrsula escapou, pois Átila ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. A custo da própria vida, Úrsula recusou-o, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio, ele mesmo a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383.

Em Colônia, uma linda igreja guarda o túmulo de santa Úrsula e suas companheiras.

Na Idade Média a italiana Ângela de Mérici, leiga e terciária franciscana, fundou uma Congregação de religiosas chamada Companhia de Santa Úrsula, destinada à formação cristã das famílias através da educação das meninas, futuras mães em potencial. Um avanço para as mulheres, pois até então só os homens eram contemplados com a instrução. A fundadora escolheu santa Úrsula como padroeira após uma visão que teve. Atualmente, as irmãs ursulinas, como são chamadas as filhas de santa Ângela, celebrada em 27 de janeiro, estão presentes nos cinco continentes. Com isso, a festa de santa Úrsula, no dia 21 de outubro, mantém-se sedimentada e muito robusta em todo o mundo católico.


Texto: Paulinas Internet

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22 Out 2015 12:50 #28006 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico Santo do dia
Ajudou sim, pelo que entendi então a castidade em si não é um requisito certo?


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
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22 Out 2015 13:23 #28008 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico Santo do dia
22 de outubro - São João Paulo II
Papa



João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadovice na Polônia sob o nome de Karol Wojtyla. Sua história está totalmente ligada a história do seu país, oprimido até a 1ª Guerra Mundial e em sua grande maioria católico. A Polônia era praticamente uma vitoriosa em meio a tantos países vizinhos protestantes e ortodoxos. Ali, ser católico era motivo de orgulho a pátria e o nosso papa João Paulo II, desde criança, foi um católico fervoroso e muito nacionalista.

Tinha o sonho de ser ator e aos 19 anos seu maior sonho era ajudar a Polônia a vencer a guerra e queria fazer isso através do teatro, utilizando-o como "arma" para "ganhar espíritos". A Polônia tinha sido invadida por Hitler e os nazistas haviam proibido qualquer tipo de missa ou seminário mas em 1942, com 22 anos, entrou para o seminário “clandestinamente” e surpreendeu a todos quando anunciou que queria ser padre. A intenção continuava a mesma, mas agora tinha o propósito da Igreja Católica por trás de dela.

João Paulo II manteve-se firme e tranquilo durante todo o processo principalmente contra os comunistas que eram contra o catolicismo e com seu carisma e diplomacia conseguiu subir rapidamente na hierarquia da Igreja Católica. No dia 1º de novembro de 1946 aconteceu a sua ordenação sacerdotal na Cracóvia e em 1948 após a sua graduação como doutor, voltou a Polônia onde foi vigário e capelão dos Universitários.

Em 1960, a Igreja Católica na Polônia vivia o momento oposto da Igreja Católica no Ocidente. Enquanto uma era muito respeitada e admirada a outra ia de mal a pior. Por conta disso, em 1962 o Papa João XXIII convocou o “Concílio do Vaticano” com o intuito de modernizar o catolicismo e reverter a atual situação que a Igreja se encontrava.

João Paulo II, recém promovido a bispo, foi um dos convidados do Concílio e sua participação foi muito firme e discreta, fato que despertou o interesse do Papa VI (sucessor de João XXIII) em querer escutar mais as suas propostas e ideias. Karol foi responsável por influenciar muitas realizações na Igreja até a morte do Papa VI e a fatídica morte do Papa João Paulo I (seu sucessor) que morreu após 33 dias no cargo. Diante dessa situação, houve uma votação e com 99 votos de 108 era eleito como novo papa, Karol Wojtyla, que escolheu o nome de João Paulo II em homenagem aos seus 3 antecessores.

Na missa inaugural, João Paulo II declarou publicamente a sua vontade de estar com os poloneses. Nunca um Papa tinha entrado em um bloco comunista, mas sob ameaça de revolta, o dirigente na época foi obrigado a ceder e proporcionar ao povo uma visita de 8 dias a sua terra Natal sendo recebido pelo grito “queremos Deus”.

Em 1981, sofreu um atentado onde levou dois tiros e por pouco não morreu. Até hoje não se sabe quem foram os responsáveis, mas desconfia-se da participação de algum governo comunista. Mesmo depois disso, o Papa seguiu firme nos seus propósitos e continuou criticando os comunistas e usava suas armas mais fortes: diplomacia agressiva, espionagem e encontros secretos. Prova de seu carisma e popularidade foi o encontro de diversos líderes religiosos em 1986 onde a seu pedido houve uma trégua mundial que foi respeitada em várias nações em guerra. Inclusive, foi um dos grandes responsáveis pela queda do comunismo.

Em 1991, lutou contra a queda dos costumes da Igreja e também contra os escândalos de pedofilia na igreja americana além de lutar também dentro da própria Igreja onde acusou muitos clérigos e teólogos que defendiam casamento de padres, ordenação de mulheres e outras teses polêmicas.

No final de seu pontificado, já estava com a saúde bem debilitada e sofrendo do mal de Parkinson e com dificuldades para falar, respirar e andar teve que parar com as viagens que lhe renderam o carinhoso título de “grande missionário” e também com as aparições em público.

A trajetória do Papa João Paulo II até o pontificado é cheia de fé, coragem e determinação e não podemos deixar de exaltar esses elementos como fatores essenciais para a sua canonização e popularidade até nos dias de hoje.

(Uma biografia bem mais detalhada: SÃO JOÃO PAULO II )

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24 Out 2015 02:30 #28009 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico Santo do dia
23 de Outubro - São João de Capistrano
Presbítero (1386-1456)


Filho de um barão alemão com uma italiana dos Abruzos, João resumia em si a tenacidade da gente germânica e a desenvoltura dos mediterrâneos. Foi infatigável organizador de obras de caridade, mensageiro de paz, mas também animador das tropas cristãs que combatiam, às portas de Belgrado, contra os invasores turcos.

“Seja avançando, seja retrocedendo, seja golpeando ou sendo golpeados”, gritava, com sua voz estentórica e sua longa cabeleira loira, que “fazia uma bela dança”, “invocai o nome de Jesus. Só nele há salvação!”

Em razão de sua origem e de seu aspecto nórdico, chamavam-no Giantudesco. * Doutorou-se 'in utroque iure' em Perúgia, e foi logo nomeado juiz e governador da capital da Úmbria. Havia-se casado, mas com a conquista de Perúgia pelos Malatesta, perdeu a mulher, o alto cargo e a própria liberdade.

Foi parar na prisão, onde teve todo o tempo para meditar sobre a vaidade e a fugacidade das honras mundanas. Saiu transformado interiormente, mas não enfraquecido nas forças nem no desejo de trabalhar pelo bem da Igreja.

Visto seu casamento ter sido declarado nulo, foi acolhido no convento franciscano dos observantes — frades que haviam acolhido a reforma propugnada por são Bernardino de Sena, do qual João se tornaria amigo e fiel discípulo.

Passou o resto da vida como legado papal em vários Estados, da Palestina à Silésia e à Boêmia, onde entrou em choque com o movimento hussita. Os papas, que o tiveram como conselheiro, confiaram-lhe repetidas missões diplomáticas em toda a Europa. Sua ordem o enviou à Terra Santa e aos Países Baixos, como visitador.

O imperador Fernando III chamou-o à Áustria para organizar a cruzada contra os turcos e o enviou à Hungria e aos Bálcãs. Surpreende a rapidez com que comparecia aos pontos mais remotos do velho continente, levando-se em conta que o único meio de locomoção era o lombo de mula.

Principal inspirador da heroica resistência dos húngaros contra a ameaça turca, morreu no cumprimento de sua tarefa, em Ilok. Foi canonizado em 1724.


Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora.

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Moderadores: Willian Milet Aldobrandeschi (WillianMilet)