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Cronache d´Avola - Texto Político

  • Líryan Umbria (liryan)
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20 Mar 2011 01:29 #9933 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Cronache d´Avola - Texto Político

Anexo não encontrado


Compatriotas, como alguns sabe recebi cordial convite a participar do 1º Fórum da Fé em realização da Coroa de Sabald. Convite este feito por Juliana, Condessa del Agave Azul, a quem agradeço. Lá, poste texto reflexivo que visa, não concluir qualquer temática, mas lançar ao assunto tratado novas visões e possibilidades interpretativas. Objetivamente um texto pessoal, que transmite a opinião deste que vos escreve e não verdades imutáveis, repasso-o aqui, para a apreciação de todos.
A concepção de deus pelo intelecto e sua manifestação nas religiões
Texto Filosófico

Nos primórdios, o homem não diferia muito dos demais animais à sua volta, vivendo de coletas e do que conseguia abater ou encontrar pelo caminho. Porém, este ser primitivo passou a desenvolver-se de maneira peculiar, evoluindo o cérebro e com isso ampliando o intelecto. No início existia a caça, a coleta, mas não as crenças, mitos e religiões. Foi com o tempo que o intelecto humano passou a ser complexo o suficiente para elaborar questões, idealizar perguntas e buscar respostas depositando nelas relativa importância. Provável que foi neste momento que surgiu a primeira crença, e dela a primeira religião. Então, a crença num Senhor das Feras, a qual se acredita, manifestava algum tipo de crena em uma criatura, ora representada como um grande Urso, ora representada como um Touro. A crença nesta criatura mitológica, provável, existia para idealizar e esperar melhores caçadas. E era, acredita-se, exclusiva dos homens caçadores!

Posteriormente, com a descoberta de que se poderia cultivar, as mulheres, a quem cabiam esta tarefa por não estarem se movimentando atrás da caça, elaboraram suas crenças, provavelmente reguladas pelo ciclo menstrual e fases da lua. E nestas outras divindades e crenças iam surgindo em função da observação da cultura e da realidade que se desenvolvia ao redor dos primeiros grupos destes seres que evoluíam seus intelectos após começarem a residir em locais determinados, migrando da condição de nômades.

O tempo permitiu a evolução do intelecto, e esta evolução passou a cada vez mais a criar perguntas e buscar respostas, que distantes das possibilidades tecnológicas e intelectuais, foram se manifestando em crenças, mitologias, folclores e mitos. Os humanos passaram a criar religiões mais complexas e a depositar maiores importâncias em seus mitos, que num futuro não imaginado por estes ancestrais, foram chamados por “Seres Supremos”.

No mundo moderno o intelecto do homem criou centenas de crenças e religiões, e manteve a crença, muitas vezes quase imutável, em crenças criadas há milhares de anos. As crenças e as religiões estabeleceram profundos vínculos filosóficos, mesclaram-se à cultura, tornaram parte do homem religioso, e como não poderia deixar de acontecer, os Seres Supremos, então os “deuses” apareceram em centenas de mitologias, com diferentes propósitos e roupagens. Mas sempre criados pelo intelecto e respeitando os limites de criação com base na realidade observada por este intelecto que, constantemente se desenvolve.

Naturalmente a crença nestes Seres Supremos ultrapassou as barreiras da praticidade religiosa e em muitos casos passou a conflitar com a essência das religiões que é, na verdade, não a figura dos Seres Supremos, mas a dualidade entre Sagrado e Profano. Na qual o homem religioso, ciente de sua existência profana, desenvolve meios práticos e filosóficos, na busca de um “eu” melhor, e parte em rumo ao alcance do Sagrado. E a essência das religiões, justamente a busca por se construir um ser Sagrado abdicando-se de sua condição Profana, perdeu espaço em diversas religiões nas quais a ênfase recaiu na crença da existência dos Seres Supremos e na espera de suas manifestações e vontades.

Em diversos fenômenos religiosos apareceram centenas de Seres Supremos, há religiões com dois, com um e sem qualquer Ser Supremo, então, as “religiões sem deus”. Em quase todas, de maneira simplificada, a figura do Ser Supremo, ou Seres Supremos, é uma resposta aos mitos de criação e origem, e muitas vezes, pode ofuscar o propósito real da prática religiosa, o alcance da construção do homem sagrado.

Torna-se importante a nós, contemporâneos, avaliarmos a presença dos Seres Supremos e evitar que sua figuração religiosa dificulte o árduo trabalho do humano religioso, o rompimento com o humano profano e a construção de um humano evoluído, seguro, maduro e sagrado.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
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21 Mar 2011 01:53 #9953 por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco)
Respondido por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco) no tópico Cronache d´Avola - Texto Político
Como de costume, mas um texto formidável e, como bem sei, falando de algo que interessa Vossa Alteza de maneira especial.

É, mantendo aquela nossa promessa, terei de me coçar a produzir novo texto na Folha Peregrina. :)

att


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Protettore della Serenissima Repubblica di San Marino e dell'Ordine di Malta.
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Reggio Calabria, Firenze, Taranto, Perugia, Benevento, Aquila e Cagliari.
Duca di Smirna, in Pathros
Duca di Dumfries, nella Scozia
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Gran Maestro dell'Ordine di Palermo
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Gran Maestro della Reggia Ordine Italiana dell´Attività Micronazionale
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Cavaliere Gran Croce dell'Ordine della Perla Nera, Pathros
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04 Mai 2012 03:19 #14702 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Cronache d´Avola - Texto Político
Cronache d´Avola
Texto Micronacional
A construção do novo.

Desde meu ingresso no micronacionalismo venho observando um erro comum a todas as micronações e que reflete um dos mais graves erros dos países macronacionais: o não desenvolvimento de políticas e estruturas para a formação dos novos micronacionalistas que adentram no país modelismo.

Assim como nos países macronacionais, as nações virtuais se esqueceram, e continuam sustentando o esquecimento, de que é vital, para qualquer meio social, transformar e formar os cidadãos que irão, com o tempo, assumir os cargos políticos e sociais, que irão sustentar a longo prazo o meio em questão. Infelizmente, sempre foi da cultura humana pensar somente na própria geração, não idealizando a sustentabilidade do meio e não conduzindo os novos, os jovens, os recém chegados, a um plano eficiente e prático de orientação para a construção de material humano sustentável. A fim claro de permitir a sustentação do meio, em uma ambientação evolucionista e não só progressista, de maneira realmente eficiente.

Atualmente convivemos com a propagação da internet em nosso meio macronacional, isso, por lógica, afeta o ambiente virtual, no qual atualmente todas as micronações conhecidas residem. A este fenômeno, no macro, damos o nome inclusão, e no micro deveríamos estar chamando de “oportunidade de ouro”!

A inclusão virtual, proporcionada por melhores condições de vida da população, que hoje goza de melhores salários, melhores condições de compra e maior tempo para ter acesso ao que se desenvolve virtualmente, como redes sociais bem como toda a cultura virtual, vem sendo duramente criticada pelos menos favorecidos intelectualmente, que veem, nisso, nesta inclusão, a ruína prática de seus achismos glamorosos. Um meio, anteriormente dominado por meia dúzia de abastados e um dúzia de nerds destemidos, que juntavam suas moedas para poder trocá-las por serviços e produtos de informática, hoje recebe todos os tipos de pessoas, jovens, idosos, abastados, pobres, letrados, completamente ignorantes... Enfim, as terras do mundo voltam a existir para todos que estão no mundo.

Acontece que esta inclusão, um aspecto absolutamente positivo de nosso meio macro, pois revela algum progresso na melhoria das condições de vida da população, e que é duramente criticada por uns, é, na verdade, a galinha dos ovos de ouro de qualquer meio virtual social. Sejam as redes sociais mais comuns, que precisam desta população para quem vão vender seus serviços, sejam as menos comuns, como as micronações que vivem continuamente a carência de fator humano.

De fato, qualquer um entrando em uma micronação, não fará qualquer coisa de produtivo. Mas, qualquer um, adentrando, e recebendo orientações realmente eficientes do funcionamento daquele País Virtual, poderá simplesmente sair ou realizar muitas ciosas de produtivas! No que nos passa a ser vital observar a maneira como devemos abordar um fenômeno que nos pode ser não só produtivo, mas também, vital.

E é vital para todos os micronacionalistas, que gostam e entendem realmente que o micronacionalismo está muito distante de ser apenas uma coleção de títulos virtualizados, refletir em seus meios culturais e empreender esforços para transformar o novo, e construí-lo de maneira que estes novatos que hoje se incluem no virtualismo possam, em um futuro próximo, se tornarem peças fundamentais na sustentação da atividade de país modelismo, elevando de fato ao que ela é: o desenvolvimento de cultura e política experimental. E romper com o que acham que ela seja: o colecionamento de títulos imaginários.

É fundamental que cada micronacionalista reflita, e em seu meio virtual, em sua nação, dentro de sua família, elabore meios de modificar as atuais políticas micronacionais a fim de permitir a estruturação e o desenvolvimento tanto de uma política quanto de uma cultura que permita instruis nossos novatos e transformá-los no que mais precisamos: micronacionalistas.

Por: Líryan Kawsttryänny Umbrio
Em: Avola, 03 de maio do nono ano. - Repostagem

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08 Mai 2012 04:48 #14752 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Cronache d´Avola - Texto Político
Cronache d´Avola

Texto Filosófico
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Vergonha, alheia.

Esta semana algo numa destas redes sociais da qual faço parte me chamou atenção, havia ali uma “direcionada, redirecionada, encaminhada” mensagem de alguém. A origem da coisa já tinha se perdido e de fato nem é importante. O caso que a mensagem, que também não vem ao caso em detalhes, assim como não vem ao caso citar algumas de todas aquelas pessoas participantes, tinha um texto curioso. Curioso, porém, complicado e talvez até mesmo preocupante.

Ali surgia um conceito novo, naquela mensagem. Entre o texto e a foto a mensagem fechava com o autor relatando o sentimento de “vergonha alheia”. Na prática, o autor indicava estar envergonhado por alguém que fazia algo, não muito comum mas em nada agressivo ou ilícito. Acidentalmente, vi ainda, uma cena de novela enquanto passava pela sala onde um dos personagens usava a mesma fala, falava em “vergonha alheia”, criticando uma outra personagem só pelo fato dela estar feliz, se banhando no mar.

Foi quando me peguei pensando: mas que diabo de sentimento é este que as pessoas inventaram agora? “Vergonha alheia”, como seria isso? O que é sentir-se envergonhado pelo fato de ver alguém, se banhando no mar? Pelo fato de ver alguém vestindo uma roupa, ou uma sandália que não custe algumas dezenas de dezenas de reais. Como é isso de sentir-se envergonhado por ver alguém que não se encaixa em um determinado padrão estético cultural, ou por ver alguém, usando um determinado acessório... Como, diabos, pode uma pessoa se envergonhar ao ver uma outra fazer algo que, a ela que faz, não envergonha?

Pode parecer tolice, ou excesso, preocupar-se com isso, com este nova moda sentimental das pessoas. Mas não o é. Não o é pois, na verdade, a raiz disso, a origem desta “vergonha alheia” é a mesma, é exatamente a mesma que faz com que um grupo de pessoas espanque até a morte alguém que está apenas transitando por um parque com um tipo de roupa. É a mesma idéia que existe nas agressões de um grupo de jovens a um outro apenas por ele estar usando certa camisa de time de futebol. E é, exatamente, a mesma idéia por trás de, no passado, ter enviado a campos de concentração milhares de pessoas que apenas proferiam uma religiosidade diferente.

Não existe “vergonha alheia”. Os jovens, tão jovens, e que gostam tanto de serem tão jovens e taxas uns outros de velhos precisam, então e ao menos, romper com idéias velhas. Ser jovem é, talvez, ter idéias novas, e não se apegar a conceitos velhos. Ninguém pode se envergonhar apenas por ver um outro que não lhe é semelhante. Não existe, isso de “vergonha alheia”! O que existe é novamente o ser humano desejando e elevando ao outro aquilo que deseja. O que de fato há são idéias, antigas, onde uma pessoa idealiza o mundo como ela quer ver, com base em sua própria imagem, e extrapola ao outro, e impõe, quando pode, ao outro.

Paremos de desejar, paremos de elevar aos outros os nossos desejos, paremos de construir o mundo com base apenas em nosso reflexo. Há dezenas de centenas de casos, todos os dias, que acontecem continuamente. Existem diversos tipos de violência e desrespeito ao outro, à sua cultural, ao seu gosto, e hoje, nestes tempos modernos, uma das roupas que esta violência usa é a tal “vergonha alheia”.

Sim, é uma violência! Parece brincadeira, parece diversão de novela, está nos mais nobres canais, mas não se iludam. E pura e destilada violência! Violência cultural, social, filosófica. Atentado à liberdade, ao gosto, à intimidade. Desrespeito ao outro, sua cultura, sua liberdade de manifestar-se culturalmente enquanto indivíduo.

Abortemos a tal da “vergonha alheia”...

Por: Líryan Kawsttryänny
Em: Castelo de Avola

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13 Jul 2012 04:17 #15771 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico Cronache d´Avola - Texto Político

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Texto Político
Ensaio
A democracia micronacional.

Um dos aspectos mais excitantes do micronacionalismo, a meu ver, se encontra na liberdade que temos em exercermos nossas pretensões. O micronacionalismo, enquanto a atividade literal de país-modelismo, nos permite a liberdade, não só de criar, como também de questionar e elaborar pensamentos e considerações sobre os aspectos por nós aqui observados. Não só criação cultural ou representação política, aqui somos, igualmente, capazes de analisarmos o ambiente à nossa volta e teorizar sobre ele.

Claro, não significa que no ambiente macronacional não possamos fazê-lo, mas, a maneira como podemos vir a público elaborar e propagar nossas idéias e reflexões é, aqui, distinta. Partindo disso, desta liberdade nata que o micronacionalismo disponibiliza a seus praticantes, o que torna esta atividade tão interessante e completa, me atrevo a compor este pequeno ensaio sobre um tema que vemos em destaque o tempo todo, mas que, raramente o percebemos assim: a democracia. Em especial, aqui, obviamente, democracia macronacional.

E assim, me atrevendo, começo afirmando que, assim como no macromundo, no micronacionalismo a democracia falha, miseravelmente! E, desde que somos uma democracia, venho observando esta falha, e como ela é, muitas vezes, um reflexo do que somos no mundo real e aqui transpassamos para o virtualismo.

Mas por que falha nossa democracia? Em princípio por um aspecto simples, porém, estruturado de maneira complexa. Falha nossa democracia pois, assim como no macromundo, ela, pela sua estruturação de ilusória liberdade inclusiva, não consegue a rigor estabelecer uma espiral evolutiva. Nossa democracia se limita, na verdade, a sustentar ciclos progressistas. Mas o que seriam estes dois aspectos, suas causas e as ramificações que estruturam as raízes de um sistema estagnado e pouco funcional naquilo que se lança pretendente: o desenvolvimento de uma melhor administração pública voltada para o desenvolvimento social.

Primeiro vou esclarecer os dois conceitos lançados acima, para não nos perdermos futuramente, quando falo em ciclos progressistas, digo que a estrutura atual de nosso sistema político se dá em um ciclo da atos que buscam progredir com base naquilo que é observado e tido como obsoleto. Ou seja, é a busca constante de soluções imediatas para problemas imediatos sem considerar, quase sempre, o futuro. Quando falo em espiral evolutiva, quero idealizar um conjunto de atitudes que transformem o ciclo em espiral para que as atitudes deixem de lado o progresso e possibilitem a evolução como um todo, visando o futuro, o que significa ter estruturado o conhecimento do passado por base do estudo e executar o exercício do presente observando-o e compreendendo-o e objetivando construir meios de continuar a evolução do sistema, e não a solução imediata de seus impasses.

No que falha nossa democracia?

Basicamente, como venho defender, no ato de se limitar a ser um ciclo de realizações que visa o progresso ao invés de se estruturar como uma espiral de soluções a longo prazo que objetivem a evolução do meio. E fragmento esta teia complexa que originará o ciclo vamos ter:

a) Falha a nossa democracia em manter a linha que separa os que podem votar dos que não podem votar como uma reta delimitada pelo tempo de vida, o que é obviamente improdutivo. E neste ponto temos no virtualismo exatamente o mesmo problema da realidade: em função da crença em uma má interpretação da liberdade separamos os votantes dos não votantes apenas em função do tempo em que existem no Estado. No micro, alguns meses, no macro, dezesseis anos, ou dezoito no caso da obrigatoriedade.
b) Falha, também, em não cobrar dos elegíveis que estes possuam um mínimo de conhecimento sobre a administração pública. Assim como falha em não cobrar dos eleitores em não possuírem um mínimo de conhecimento sobre a escolha daqueles que, versados em administração pública, possam desenvolver uma melhor administração. E aqui evoco divertidamente as palavras de Douglas Adams, quando ironiza: “Qualquer um capaz de se eleger para um cargo político jamais poderia estar em um.”
c) Falha, ainda, em não estabelecer uma linha de soluções evolucionárias. O que acontece em grande parte devido à toda estruturação politica e o despreparo, tanto dos votantes quanto dos votáveis. Esta linha de soluções a que me refiro, seria, obviamente, um plano que estabelecesse a solução dos assuntos. Sem isso vivemos, como vemos, um eterno ciclo onde recursos são gastos em modificações de leis, quase sempre sem uma modificação enfática e tendo mudanças geralmente meramente estéticas. Bem como a criação de leis “mortas”. Ou seja, aquelas que já surgem sem uma utilidade prática.
d) Falha, nossa democracia, em não politizar sua sociedade e em insistir em confundir-se com liberdade. O que a faz contar com um corpo de votantes e votáveis desconexo às necessidades e objetivos políticos e confusos sobre os limites entre liberdade e exercício de administração pública.
e) E por fim, falha, miseravelmente, a democracia, em, se limitar a ser meramente “democracia”.

Basicamente democracia significa, em prática, que o exercício do poder político é executado pela maioria do povo. Ou pelo povo como preferem os romancistas. Acontece que, no ponto histórico em que vivemos, já nos é possível perceber que, nem sempre, as diretrizes defendidas pela maioria se mostram efetivas e corretas. E isso se torna ainda mais visível quando observa-se que esta maioria é composta por pessoas despolitizadas, que se limitam à transferir todas as culpas à figura central do sistema político, esperando dele as soluções requeridas por todos.

Pois bem, eis um grande impasse gerado pela democracia exercida por um povo pouco instruído em política, povo este que observamos hoje no virtualismo, em nossa nação: é o povo que exerce o poder, mas este povo espera, quase sempre, que algum presidente, ou monarca, ou senador, surja de alguma profundeza ácida e gasosa a fim de solucionar todos os problemas do povo. Problemas estes que muitas vezes o próprio povo ignora, e claro, por não se ocupar em se politizar, em conhecer sobre administração pública em função do equívoco que se sustenta sobre a liberdade e a democracia.

Acredita o povo que democracia é liberdade, equivoca-se. Democracia é meramente o exercício político sendo exercido pelo povo, caso o povo seja incompetente politicamente, é claro que se terá um política incompetente que levará ao povo medidas incompetentes em sua manutenção. E eis que é meramente isso que observamos tanto no macro quanto no micro: somos democratas, damos ao povo o poder para que o povo exerça o poder, mas o povo não é competente para executar o poder.

Então o princípio de nossa solução política, se pretendemos nos manter democratas, é a efetiva modificação do nosso povo. Ou ao menos do povo votante e do povo votável. O que nos traz nossa primeira dificuldade pois, em uma democracia somente o povo pode modificar o povo!

Mas o que fazer, então?

Como venho insistindo, é necessário uma modificação do cenário cultural e social do povo! E em reflexo uma modificação do cenário cultural e social de nossa democracia, especialmente nos aspectos:

a) Na linha que separa votantes de não votantes. É vital que se busque uma politização do povo, e nisso se estabeleça um mínimo de conhecimento necessário para o exercício do voto. Em outras palavras, uma troca: trocar o limite, a linha, que separa os que podem votar para os que não pode votar do tempo de existência no Estado para o conhecimento sobre administração pública. Mas sempre que se fala em algo semelhante a isso as pessoas já começam defendendo que a liberdade não pode ser perdida! Oras, pensemos, limite já existe! Apenas o tornaremos produtivo! Limite sempre terá que existir...
b) O estabelecimento que elegíveis possuam um mínimo de competência, ou ao menos conhecimento teórico, sobre administração pública, conhecimento de leis, e demais aspectos inerentes. Atualmente, tanto micro ou macronacionalmente, qualquer um que tenha tempo suficiente de existência no Estado, pode se lançar candidato a algum tipo de cargo. E ao longo do tempo temos observado a improdutividade disso. Nisso nos faz necessário a criação de curso específico ao campo político e a exigência de se possuir tais cursos para que os elegíveis tenham, ao menos, conhecimento teórico do que viria a ser o exercício da administração pública.
c) Construindo um sistema que nos possibilite cobrar, ao menos em teoria, em princípio, o conhecimento teórico sobre administração pública, poderemos estabelecer uma espiral evolucionária. Ou seja, uma cultura política onde as leis não retrocedam, onde as diretrizes estejam focadas na evolução da sociedade como um todo e não somente em seu progresso imediato. E como isso economizar recursos, e temos que ter sempre em mente que o tempo é um recurso limitado, para direcionar os esforços a aqueles pontos fundamentais e necessários a serem solucionados a fim de permitir o desenrolar da espiral.
d) Com uma imediata politização do povo no tocante da exigência de apresentar conhecimento, ao menos teórico, dos votantes e votáveis, poder-se-á iniciar um processo de politização de todo o povo. Tendo desta maneira um povo votante, separado pela capacidade de poder discernir e escolher entre os votáveis previamente preparados. Para tanto nos seria necessário a criação de curso básico para instruir a população nas diretrizes políticas e, assim, futuramente, fazer uma separação em função da capacitação teórica e não do tempo de Existência. Permitindo o início de uma espiral onde o desenvolvimento político micronacional se dê de maneira linear e progressista.
e) E por fim, fazer que a democracia evolua de meramente “democracia”! Precisamos compreender que meramente a maior parte não traduz todas as necessidades de uma sociedade complexa e diversificada. Assim, democracia deixa de ser meramente democracia, para ser além disso um sistema que, exercido pela “maioria melhor capacitada” possa observar também o lado de grupos minoritários. Permitindo a estes grupos não só a existência como também a manifestação de suas idéias, necessidades e objetivos.

Por fim, é necessário refletirmos sobre o ciclo progressista que insistimos em limitar nossas democracias e debater, mas sobretudo executar, meios de modificar este cenário em função da construção de uma espiral evolucionária. A fim de construirmos melhores eleitores e elegíveis para que possamos evoluir enquanto sociedade política. Para que possamos construir enquanto sociedade uma política efetiva que possa através de si mesma, e não de salvadores da pátria, conseguir solucionar seus problemas. Para que possamos construir um povo engajado politicamente, e consciente de que, democracia se realiza com a participação do povo e que uma boa democracia se executa através da participação de um povo preparado e politizado.

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