Pensadores Universais

NICOLAU MAQUIAVEL


Parte 1

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469 numa antiga família cidadã.

Pouco se sabe de sua vida até 1498, quando ele foi nomeado secretário e segundo chanceler da República Florentina.

Durante sua permanência no cargo, viajou em missão à corte de Luís XII e à do Imperador Maximiliano; esteve com César Bórgia na Romanha e, tendo observado a eleição papal de 1503, acompanhou Júlio II em sua primeira campanha de conquista.

Em 1507, na qualidade de chanceler dos recém-nomeados Nove di Milizia, organizou uma força de infantaria que participou da captura de Pisa em 1509.

Três anos mais tarde, ela foi derrotada pela Liga Santa em Prato, os Médici retornaram a Florença, e Maquiavel viu-se excluído da vida Pública. Depois de sofrer prisão e tortura, recolheu-se em sua propriedade rural nas imediações de San Casciano, onde em companhia da esposa e dos seis filhos, se dedicou a estudar e escrever.

Entre suas obras figuram O Príncipe; Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio; A arte da guerra e a comédia, A mandágora, uma sátira sobre a sedução.

Em 1520, o cardeal Giulio de Médici encomendou-lhe uma história de Florença, que ele concluiu em 1525. Após um breve retorno à vida pública, Maquiavel faleceu em 1527.


Na segunda parte iremos apresentar a obra O Príncipe de Maquiavel.

NICOLAU MAQUIAVEL


Parte 2


Obra - O Príncipe


Dos Principados:

Todos os Estados, todos os domínios que tiveram e têm poder sobre os homens foram e são Repúblicas ou Principados. E os Principados são ou Hereditários ou novos de todo. Ou, também, constituídos de membros agregados ao Estado hereditário do Príncipe que os conquista.

Nos principados herdados e sujeitos ao sangue de seus príncipes as dificuldades em mantê-los são bem menores que nos Estados novos, porque basta não preterir a ordem sucessória da estirpe e contemporizar com os imprevistos, de modo que, se tal príncipe for dotado de um engenho mediano, sempre se manterá no poder, a menos que uma força desmedida e excessiva o prive dele; e, uma vez privado de seu Estado, ao primeiro revés sofrido pelo usurpador, logo o reconquistará.

Porque o soberano natural tem menores motivos e menos necessidade de ofender, donde é mais fácil que seja querido; e, se extraordinários vícios não o tornem odiado, é razoável que naturalmente, ele seja benquisto pelos seus.

Mas é no principado novo que consistem as dificuldades.
O novo príncipe sempre precisará oprimir os novos súditos, seja com tropas, seja com infinitas violações que uma conquista recente implica: de modo que se transformam em inimigos todos aqueles que o novo príncipe ofendeu ao ocupar aquele domínio, sem que seja possível manter a amizade dos que o ajudaram a conquistá-lo, haja vista que é impossível satisfazer todas as suas pretensões; mas também não se pode lançar mão de medidas enérgicas contra estes, posto que se tem uma dívida com eles; isso porque, ainda que seus exércitos sejam poderosíssimos, sempre será necessário o favor dos provincianos para se entrar numa província.

Estados conquistados e anexados por outro, mais antigo, podem pertencer ao mesmo país e à mesma língua ou não. Quando pertencem, é muito mais fácil dominá-los, sobretudo se não estiverem habituados a viver livres: para possuí-los com segurança, basta extinguir a linhagem do príncipe que os governava, pois quanto ao resto, preservando-se as antigas condições e não havendo contrastes de costume, os homens vivem pacificamente.


Continua.........

Eis que das profundezas sulfurosas das masmorras de Avola eu surjo empunhando a Élfica Umbria para me apoderar deste projeto que, penso cá comigo e depois de discutido com Noiva, projeto este que tem potencial.

Seu idealizador original tornou-se apátrida, mas não impede que reformulemos o projeto para aproveitar seu potencial. Neste sentido o novo “Pensadores Universais” contará com este novo logo apresentado nesta postagem, e a próxima conterá sua versão resumida para que possa ser utilizada nas postagens, opcional é claro. Apensa penso gentilmente que, aqueles que queiram utilizá-lo copiem o endereço da imagem do logo menor para que não fiquemos sobrecarregando o portal com postagens de uma mesma imagem repetidas vezes.

Nesta nova roupagem o Pensadores Universais trará textos bibliográficos, de opinião e vídeos sobre pensadores. Assim como vídeos de filósofos e pensadores atuais.

Convidamos a todos a participar do projeto, ver os vídeos, comentar, interagir, pedir filósofos, abordagens e tudo o mais!

Pensadores Universais Apresenta
Roger Scruton

Roger Vernon Scruton é um filósofos inglês especializado em Estética, ainda, é um filósofo que se destaca como um defensor do conservadorismo. O que não impede de torna-lo, para mim, um filósofo notável. Tendemos a ver o conservadorismo como algo apenas ruim, o que na cultura brasileira é, no mínimo, “incoerente” pois nos faz conviver com pensamentos que se baseiam no coronelismo mas tendem a se dizer contrários ao conservadorismo. Mas não é isso que nos interessa aqui, aqui nos interessa Roger Scruton, e um pouco do que ele tem a dizer sobre como ele percebe o pensamento conservador e sobre como podemos repensar o que pode vir a ser “conservadorismo” e como ele pode ser melhorado. Ou quem sabe, melhor aproveitado.

Segue uma pequena entrevista:



Não percam o próximo programa, ele falará do melhor programa de tv já feito.

Pensadores Universais Apresenta
Um dos melhores programas televisivos já feitos: Van De Schoonheid en de Troost

A série, holandesa, foi produzida por Vera de Vries, apresentada pelo jornalista, cineasta e escritor Wim Kayzer, foi originalmente para o canal holandês VPRO. Em si o programa é uma série de entrevistas a filósofos, historiadores, escritores, músicos, psiquiatras, neurologistas, cientistas... sobre o tema de seu título que para o inglês foi traduzido para “Of Beauty and Consolation”, sendo traduzido para o português de Portugal para “O Belo e a Consolação” e que, em minha opinião, seria mais interessante para o português do Brasil como “A Consolação através do Belo”.

São várias entrevistas, alguma não são exatamente boas, são cansativas, mas a grande maioria delas é incrível! Eu indico de início a do filósofo Roger Scruton, a filósofa Martha Nussbaum (que deixo de indicação aqui – apesar da do Scruton ser uma das melhores), do poeta e psiquiatra Rutger Koplan, só para começar com três...

Os vídeos estão no Youtube e Vimeo, as legendas em português estão bem razoáveis, valem a pena serem vistos e a lista de participantes pode ser facilmente encontrada, então, segue esta que talvez seja a melhor indicação que eu já dei neste Reino!